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Os melhores álbuns de música alternativa de 2016

Estamos quase, quase no final do ano e é sempre hora de fazer o balanço daquilo que ouvimos durante 2016. Como gostamos é de recordar aquilo que nos aquece o coração, aqui ficam alguns daqueles que consideramos como os melhores no género mais alternativo.

Antes de passarmos à ação, uma aviso à navegação: sim, dividimos por géneros, mas não são divisões à risca. Afinal, gostamos todos de música e sabemos o quão difícil é segmentar as coisas por género musical. Pensemos, então, neste título como um grande “chapéu” para albergar esta lista.

Em segundo lugar, apesar de sermos uma equipa composta por várias pessoas, obviamente que não conseguimos ouvir tantos álbuns quanto gostaríamos. Logo, é provável que alguns dos teus favoritos fiquem de fora desta lista. Mas claro que gostaríamos de os saber nos comentários!

Por fim, há uma razão para não haver álbuns portugueses nesta lista. Estamos a guardá-los para uma selecção exclusivamente nacional. Depois contamos-te mais. Caso queiras, podes também ver as nossas escolhas nos melhores do ano em hip hop. Ora vamos lá às escolhas – sem qualquer ordem em particular.

Luís Pereira

Ritual Spirit – Massive Attack & Young Fathers – janeiro

O melhor EP deste ano, e o que me levou a ficar atento ao concerto dos Massive Attack & Young Fathers no Super Bock Super Rock. O eletrónico dark e sombrio vem na medida certa. A aliança Escócia-Inglaterra mostra que a música nunca irá sucumbir a Brexit’s.

Light Upon the Lake – Whitney – junho

Talvez o álbum mais underrated do ano. Os Whitney lançaram o melhor álbum para se ouvir no verão. É fresco, doce e tudo o que se precisa para se descontrair ao pôr-do-sol.

Teens of Denial – Car Seat Headrest – maio

Deram um dos melhores concertos que vi este ano. Mas continuam a não reunir consenso. Muitos acham-nos extremamente overrated, outros olham para Will Toledo como a salvação do indie rock. Para mim, Teens of Denial vem na medida certa.

Roosevelt – Roosevelt – agosto

Um dos melhores álbuns de eletrónica pop deste ano, mas também ele não passou por debaixo da atenção mediática. Infelizmente não o consegui ver no NOS Primavera Sound deste ano, e vou-me culpar disso para sempre (ou até vir cá parar outra vez).
Cátia Rocha

Hopelessness – Anohni – maio

Um álbum que valeu umas boas reproduções no primeiro semestre de 2016. É forte, a digestão é tudo menos fácil e há ali muita crítica social envolvida. Um abanar de consciência e de necessidade de intervenção pelas mãos e voz de Anohni.

The Colour In Anything – James Blake – maio

James Blake já habituou o seu público a discos coesos e que se mantém fiel àquilo que é o seu peculiar estilo. Mas The Colour In Anything saiu ainda melhor do que a encomenda. A colaboração com Bon Iver, em I Need a Forest Fire, é genial.

A Moon Shaped Pool – Radiohead – junho

Seria praticamente impossível não colocar Radiohead nesta lista. Um belíssimo disco, com temas bem orquestrados e que tão bem conseguem ser executados ao vivo. Um lugar garantido pelas facetas mais tranquilas (em Daydreaming ou Glass Eyes) e também pelos temas mais incendiários, como Ful Stop. E, obrigada, do fundo do coração, por uma gravação de estúdio da belíssima True Love Waits. Lágrima mínima garantida.

Blonde – Frank Ocean – agosto

Durante meses (anos, até) aguardamos em ânsia pela nova obra de Frank Ocean. Na realidade, veio a dobrar, já que o vídeo álbum Endless também tem algumas maravilhas pelo meio. Seja a contar uma Facebook Story, a mostrar que qualquer pessoa pode querer uns Nike e muito mais, Frank Ocean voltou a fazer das suas. E que bela brincadeira.

22, A Million – Bon Iver – setembro

Se passaram demasiado tempo com Kanye West? Dá um cheirinho que sim. O mundo sonoro criado pelos Bon Iver já não é igual, isso é certo, mas continua com tudo no sítio. Uma viagem sonora que tem zero de monotonia e que cria dependência com faixas como 33 “GOD”.

99,9% – KAYTRANADA – maio

O finca pé de KAYTRANADA como um nome a ser levado a sério. Lite Spots e o seu gostinho a Brasil deixam qualquer um “completamente contente”, BADBADNOTGOOD abrilhantam como ninguém Weight Off e Craig David coloca Got it Good em muita playlist de Netflix and Chill... Uma estreia em grande do produtor nos longa-duração.

Gonçalo Almeida

Badbadnottogood – IV – julho

Este será, sem sombra de dúvida, o meu álbum favorito do ano que agora finda. Os canadianos contam com colaborações de KAYTRANADA, Charlotte Day Wilson e Samuel T. Herring – membro dos Future Islands -, entre outras. Curiosamente é também dentro deste álbum que está a minha música favorita do ano: Time Moves Slow. Apesar disto a heterogeneidade musical que apresenta faz deste não só o melhor disco como um dos mais completos.
P.S. A ouvir também: In your eyes e Cashmere.

Devendra Banhart – Ape In Pink Marble – setembro

Devendra por si só devia estar todos os anos que lançasse algo novo junto dos melhores. Depois de ter revelado Saturday Night e Middle Names antes de revelar todo o álbum, as expectativas estavam do mais elevado possível. Apesar de não ter propriamente mantido a qualidade, o cantor tem em Ape In Pink Marble um dos álbuns de 2016.

Angel Olsen – My Woman

Angelical e cuidadosamente despenteada: esta é a primeira imagem que tenho assim que o nome da norte-americana surge. O seu novo disco, My Woman, tem a doçura certa para não se enjoar e o poder certo para deixar qualquer amante deste tipo de sonoridade apaixonado. As músicas Those Were The Days, Never Be Mine, My Woman e Shut Up Kiss Me figuram entre as minhas favoritas.

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