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Radiohead, Arlindo Camacho AJC 9496
Arlindo Camacho

NOS Alive, dia 8 de Julho: o trono dos Radiohead

O segundo dia da 10.ª edição do NOS Alive, à semelhança de ontem, esteve recheado de nomes de relevo do panorama musical da actualidade, assumindo os Radiohead um papel de maior destaque.

Numa tarde com um calor abrasador, o palco principal do NOS Alive iniciou a sua actividade com os britânicos Years & Years. Take Shelter abriu o espetáculo que assinalou a estreia em absoluto da banda em Portugal. Cedo perguntaram como se estava a sentir o público e manifestaram o seu contentamento por marcarem presença no festival.

Sob o comando do jovem e irrequieto vocalista Olly Alexander, que mostrou possuir alguma aptidão para a pole dance, tocaram Shine, Worship e, depois de apresentar cada um dos membros do colectivo, Border. “This is the most beautiful place we ever played”, foi a frase que introduziu See Me Now, com Olly no piano.

Seguiu-se uma cover de Katy Perry com Dark Horse, e uma inesperada transição para Hotline Bling, de Drake, momentos antes de Ties. Depois, foi tempo de Gold enquanto o público entoava cânticos dirigidos a Olly, I Want to Love e Real. No fim, o frontman desceu a escadaria do palco para cantar, em colaboração com o público, Desire e, depois de rasgados elogios ao cartaz do festival, admitiram humildemente que provavelmente não voltariam a tocar num festão tão cool novamente. Com uma multidão de gente a saltitar, encerraram um concerto morno com King.

Foals com direito a moche (contido)

Pelas 19h30, subiram ao palco NOS Alive os Foals, iniciando a sua atuação com Snake Oil e cumprimentando a plateia (“Olá, Lisboa!”). “Let’s have a fuckin’ good time” foi a promessa feita por Yannis Philippakis, que foi totalmente cumprida. Após Olympic Airways, o orelhudo single My Number pareceu despertar os espectadores que pouco se foram movimentando até então.

Depois,  Providence foi brindada com um tímido moche, antes da agradável Spanish Sahara e de Red Socks Pugie. Late Night antecedeu uma Mountain At My Gates que, para além de muita cantoria, recolheu enormes aplausos. Momentos depois de A Knife In The Ocean, Yannis questionou “Are you ready?”, antevendo Inhaler e terminou o espectáculo fazendo crowdsurf por um mar de gente em What Went Down.

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Vimos demasiadas coisas em Tame Impala

Foi a vez de os australianos Tame Impala servirem uma dose contagiante de psicadelismo. Começando com a questão “But is there something more than that?” em loop, com Nangs, rapidamente fizeram a ponte para a uma Let it Happen cheia de vivacidade, na qual Kevin Parker exigiu que público acompanhasse o tema com as mãos no ar sobre uma explosão de confettis multicolor.

“Thank you so much guys… such a beautiful evening”, sentenciou Kevin antes uma bela Mind Mischief, que antecedeu Why Won’t You Make Up Your Mind? e The Moment. Para loucura da plateia tocaram Elephant e The Less I Know the Better. Interagindo com o público, Parker, atento aos peitos despidos que chegaram a ser exibidos nos dois ecrãs gigantes,  afirmou em tom jocoso, depois de Daffodils, de Mark Ronson, “I see you taking off your clothes! I’m kidding, just do whatever you want!”.

Com uma iluminação pouco atractiva, que não ajudou a realçar a tela destinada às projecções, os Tame Impala apressaram-se com Feels Like We Only Go Backwards e New Person, Same Old Mistakes, que tiveram igualmente direito a  uma dupla explosão de confettis. Kevin Parker agradeceu a presença dos espectadores, elogiou o lineup do NOS Alive e garantiu que voltariam a terras lusas em breve.

Voltem sempre, Radiohead

No momento mais esperado da noite, “Stay in the shadows, cheer at the gallows, this is a round up” foram as palavras que deram o mote para o início do espectáculo dos Radiohead. Apresentando o seu aclamado novo álbum, A Moon Shaped Pool, tocaram, para além de Burn the Witch, Daydreaming, Decks Dark, Desert Island Desk e a excelente Ful Stop.

Para deleite de muitos, foi tocado o tema My Iron Lung, a brilhante Talk Show Host e Lotus Flower, com todos os movimentos corporais ímpares de Thom Yorke. Depois, houve Exit Music (for a Film), The Numbers e Identikit, tocada irrepreensivelmente.

“Thank you very much”, agradeceu Thom, antes da bem recebida Reckoner e, com uma breve passagem por Kid A, tocaram Everything in its Right Place e a vigorosa Idioteque. Bodysnatchers deixou o público em êxtase e foi com Street Spirit (Fade Out) que os britânicos abandonaram pela primeira vez o palco. No primeiro encore, houve tempo para Bloom, Paranoid Android, Nude, 2+2=5 e There There. A dispensável Creep surgiu no segundo encore e Karma Police fechou definitivamente, com mestria, um espectáculo memorável.

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Todos ao Heineken

No palco Heineken, o pop alegre de Two Door Cinema Club animou o público, alternando entre temas do seu álbum de estreia, Tourist History, Beacon e de Gameshow, que será editado pela Parlophone em outubro do presente ano. What You Know, I Can Talk, Stay, Next Year e Eat That Up, It’s Good For You foram algumas das canções que fizeram parte do alinhamento e Alex Trimble não ocultou a sua felicidade por terem voltado a Portugal.

Para o remate final, os Hot Chip apresentaram um espectáculo muito agradável, percorrendo diversos temas da sua discografia como Don’t Deny Your Heart, Huarache Lights, e os êxitos Need You Know, Ready for the Floor e I Feel Better.

Fotografias: NOS Alive, Arlindo Camacho.

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