A pandemia continua a ameaçar e a restringir a realização dos festivais de cinema mais famosos do mundo. Berlinale reabre ao público a partir desta quinta-feira (10) e durante sete dias. Com menos dias e com as salas com apenas 50% da lotação, o festival vai contar, sempre que possível, com a presença da equipa e elenco dos filmes em destaque nesta edição, para a apresentação.
O festival de cinema procura diferenciar-se de outros de referência europeus, como Cannes ou Veneza, ao apostar em novos valores desde o ano de 1951 e distribuir os famosos Urso de Ouro e Urso de Prata, que distinguem para sempre qualquer obra cinematográfica. A ocorrer tradicionalmente em fevereiro, o certame viu a última edição presencial realizar-se em 2020, poucos dias antes de o mundo fechar. Em 2021, o festival ocorreu em formato totalmente virtual e está agora finalmente de volta.
No anúncio da edição de 2022, o diretor artístico Carlo Chatrian, no cargo desde 2018, alerta: “nunca havíamos visto tantas histórias de amor como este ano: loucas, improváveis, inesperadas e inebriantes”. Chatrian acredita então que, como todos os anos, esta volta a ser “uma boa descrição do mundo no seu atual estágio de mutação, mas também falam de como o mundo era e como deveria ser”.
A lutar pelos prémios que podem definir o sucesso cinematográfico de uma produção, estão dois filmes espanhóis e uma produção mexicano-argentina, ao lado de outras 18 longas-metragens. A sessão de abertura vai estar entregue a François Ozon, com o filme Peter von Kant, uma adaptação livre de As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder. Destacam-se ainda Avec Amoour et Acharnement, de Claire Denis, La Ligne, de Ursula Meier, e So-seol-ga-ui Yeong-hwa, da sul-coreana Hong Sangsoo.
A representar Portugal vai estar By Flavio, de Pedro Cabeleireira, a lutar pela distinção entre as curta-metragens a concurso. A 16 de fevereiro serão conhecidos todos os premiados da 72.ª edição do festival Berlinale.
