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lisbon film orchestra
Catarina Alves

A Lisbon Film Orchestra deu banda sonora ao Campo Pequeno

São já dez anos de Lisbon Film Orchestra (LFO). No passado domingo, 9 de dezembro, tivemos oportunidade de aprovar a consistência de um trabalho notável que superou expetativas e engrandeceu algumas das melhores bandas sonoras que todos conhecemos.

Em boa verdade, já tínhamos tido a oportunidade de saborear o potencial deste projeto na Comic Con Portugal. Queríamos ter uma nova oportunidade para desfrutar esse momento. Como seria de esperar, a orquestra não falhou. E o espetáculo foi grande.

A LFO esgotou o Campo Pequeno e as cinco mil pessoas esperavam ansiosamente pelo início do espetáculo de uma orquestra composta por 60 músicos e dirigia pelo maestro Nuno de Sá.

Star Wars

Poucos minutos depois da hora marca, começam as surgir as primeiras imagens na tela por detrás dos músicos e a intensidade musical quase que fez estremecer o Campo Pequeno. Apelou-se a que fossem acendidas as lanternas dos telemóveis e iniciou-se a festa com o tema de Star Wars.

Com o mesmo critério musical e visual, deu-se início ao clássico Indiana Jones, seguido de Regresso ao Futuro. Audition foi o tema escolhido da galardoada banda sonora de La La Land, escrita por Justin Hurwitz, e interpretado pela voz tanto poderosa como melodiosa de Diana Lucas.

Audition, interpretada por Diana Lucas

Depois de Senhor dos Anéis, tivemos um momento bem português, com a representação de Lamento do filme Amália, escrita pelo Nuno Maló, com interpretação de Abel Gomes, no violoncelo.

Em apenas 30 minutos de espetáculo a LFO já nos tinha conquistado, mas o melhor ainda estava para vir. Foi altura de prestar tributo a Hans Zimmer, com Time, de Inception.

Após uma breve pausa para um pequeno momento de humor por parte de Nuno de Sá, eis que a batuta é trocada pela guitarra e se iniciou My Life Is Going On, da famosa série A Casa de Papel, interpretada por Patrícia Duarte.

My Life Is Going On, Casa de Papel

Por esta altura, a arena do campo pequeno tornou-se numa extasiada manifestação de aplausos, que não acalmou com o tema de Harry Potter.

Seguiram-se os temas dos filmes Cinema Paraíso, interpretado novamente por Diana Lucas, e também do Batman (de Danny Elfman). Patrícia Duarte voltou a subir a palco para dar voz (e que voz) ao tema Skyfall, de 007, seguida do icónico tema de Guerra dos Tronos. A reação na sala fez voltar-se a perceber que estavam ali milhares de pessoas.

Skyfall, interpretado por Patrícia Duarte

Por fim, o espetáculo terminou em grande com a representação do tema de Piratas da Caraíbas. O maestro Nuno de Sá agradeceu, garantindo que em 2019 haverá mais espetáculos (e que nós estejamos lá para ver!). Seguiu-se um encore composto pela Marcha Imperial (de Star Wars), finalizando (desta vez, de verdade) com o tema de Missão Impossível, com um palco carregado de chamas de fogo que nos aqueceram por dentro e por fora.

Duas horas de espetáculo e quatro décadas de história cinematográfica depois, o campo já nos pareceu demasiado pequeno para receber esta orquestra que aqueceu a alma dos presentes, recordando aquelas músicas que todos conhecemos e a que ninguém é indiferente, nem que seja para apenas abanar o pezinho.

Texto de Francisco Carriço