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Dino d'Santiago
Fotografia: Sony Music / Divulgação

À Escuta. Dino d’Santiago, Chico da Tina e MIRAI animam a semana

À Escuta, a rubrica semanal do Espalha-Factos, traz-te as novidades mais quentes da música portuguesa. Nesta semana, destacamos o lançamento do novo single de Dino d’Santiago e a sua presença no COLORS, o novo single do fenómeno Chico da Tina e a estreia oficial de MIRAI.

Dino d’Santiago apresenta ‘Morna’ com presença inédita no COLORS

Morna’ é o nome do novo single de Dino d’Santiago, e o artista levou-a ao COLORS, um dos programas de música urbana online mais prestigiados da atualidade. Corresponde à primeira atuação de um músico português na plataforma, um “sonho que foi projectado desde o Mundu Nôbu… e hoje Portugal pode afirmar que estar no Colorsxstudios #NÃOÉSONHONENHUM“, afirmou o artista ao Rimas e Batidas. O cantor luso-cabo-verdiano interpretou ainda ‘Brava, faixa do seu EP de 2019, SOTAVENTO.

O mais próximo que um artista português havia estado de atuar no COLORS foi quando Pierre Kwenders interpretou Amours d’Éténa sua atuação, faixa que conta com produção de Branko. Também a cabo-verdiana Mayra Andrade já teve o privilégio de atuar no programa, com ‘Tan Kalakatan.

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É o primeiro single que Dino d’Santiago revela depois de ter lançado em abril, sem qualquer aviso prévio, KRIOLA. A faixa vê o artista abraçar, mais uma vez, as suas raízes cabo-verdianas, juntando a morna, género musical oriundo de Cabo Verde e considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, e a língua crioula à eletrónica contemporânea.

A interpretação emocional de Dino d’Santiago é o grande destaque, com o seu uso exímio de autotune, em junção à instrumentação sempre crescente no número de camadas que vamos encontrando e descobrindo neste mundo que, todo ele, pertence ao artista luso-cabo-verdiano.

O regresso do fenómeno Chico da Tina com ‘Resort’

Tentar explicar quem é Chico da Tina é desafiante. Talvez, a forma mais simples seja a seguinte: é um artista português que junta a música trap ao universo popular e tradicional minhoto. Natural de Viana do Castelo, diminutivo de Francisco da Concertina, o artista que conta com um longa-duração (Minho Trapstar) e um EP (Trapalhadas) debaixo da sua alça é um dos maiores fenómenos da música portuguesa atual.

O seu novo single, ‘Resort‘, que conta com produção de GUIRE, vê Francisco criar o que pode ser descrito como um hino para os jovens skaters que por aí andam, entre rimas bastante provocadoras e um flow rápido e imersivo que contribui muito para a estética da sua música e para o quão cativante soa o trapper português.

A estreia oficial de MIRAI com ‘Mordomo’

Depois dos temas ‘Meu Momento’ e ‘Cima‘, ‘Mordomo’ é a estreia oficial do rapper MIRAI pela Universal Music Portugal. Uma das grandes promessas do hip hop nacional, ‘Mordomo’ vê MIRAI explorar uma veia mais intimista e confessional, utilizando toda a sua versatilidade como cantor e rapper por cima de um beat que junta inflûencias de trap à sonoridade característica do hip hop português.

Comecei a fazer música por influência de um amigo meu que também cantava [Lostnot]. Tinha 23 anos e estava no último ano da Faculdade, no curso de Gestão de Marketing no IPAM. Fazia música, mas escondia-me de toda a gente. Eu próprio não sabia o que aquilo haveria de dar“, comenta o rapper cujo nome artístico significa “futuro” em japonês. E, com certeza, MIRAI será dos nomes que mais iremos ouvir falar no futuro muito próximo na música portuguesa.

BLI —  Belladonna or the Ouroboric Melody of One’s Self

BLI
Fotografia: Divulgação

BLI é o projeto musical do madeirense Afonso Vieira. Belladonna or the Ouroboric Melody of One’s Self é o nome do seu terceiro disco. Corresponde a uma viagem conceptual pela mente de um protagonista que se vê preso num ciclo infinito de enganar-se a si mesmo. Tenta acreditar que tudo está bem na sua vida, mas acaba sempre por voltar a cair num poço infinito de tristeza e mágoa provocado por apenas e só uma pessoa: ele mesmo.

O domínio da arte do sampling acaba por ser um dos pontos fortes do artista. Existe uma exploração de vários elementos psicadélicos na música, mas que ao mesmo tempo soam minimalistas, fazendo-nos lembrar artistas como Aphex Twin ou Four Tet. Existe, porém, um toque de nostalgia e uma ansiedade sempre presente nos seus sintetizadores e guitarras que nos transportam pelas incertezas que se vive na cabeça da personagem principal desta odisseia cósmica por uma escuridão imensa onde encontramos, por vezes, uma pequena estrela que nela brilha.

Bardino — ‘Baleia’

A antecipação do disco de estreia dos Bardino prossegue, agora com o lançamento do último avanço antes da sua libertação para o mundo na forma de ‘Baleia‘. O psicadélico e progressivo continuam a encontrar-se entre os sintetizadores e baixo bem pontuado da banda, que tem caracterizado os seus avanços para este disco de estreia. “Mais novidades para o final do querido mês de Agosto“, revelou a banda nas redes sociais. A faixa conta com a participação especial do guitarrista Pedro Cardoso.

DEUSA —  DEUSA

Os lisboetas DEUSA revelam ao mundo o seu álbum homónimo de estreia. Construído pelo vocalista João Rocha Afonso, com Henrique e António Carvalhal na guitarra e bateria respetivamente, Pedro Jónatas no baixo e Bernardo Cruz como o teclista do grupo, é um disco que revela uma banda com bastante potencial a explorar e ainda muito a evoluir.

As inflûencias do funk e do rock alternativo, com um toque ligeiramente progressivo, são usadas para criar um pop rock que, em muito, nos faz lembrar os míticos Ornatos Violeta. Para um disco de estreia, nota-se uma maturidade bastante notável, tanto em termos de escrita como em composição musical. Um dos nomes a ter em conta para o futuro do rock português.

Grutera — ‘Para Mim És Assim’

Grutera é o nome artístico de Guilherme Efe, guitarrista português. Apesar de ter começado a sua carreira musical inserido no seio do metal português, Guilherme trocou a música pesada pelo seu dedicado e pouco ortodoxo dedilhar de uma guitarra clássica. O seu objetivo como músico é simples: “fazer música que o emocione e que melhore alguns minutos da vida de alguém que a ouça“. É ele próprio que o diz.

Para Mim És Assim‘ é o segundo avanço do seu quarta longa duração, intitulado de Aconteceu, que tem data prevista de lançamento no dia 11 de setembro. É uma faixa que retrata a sensação de pensar que “conhecemos alguém ainda sem a termos conhecido e idealizamos como será essa pessoa na nossa cabeça“. É bela, é distante, é um olhar introspetivo para um passado de um futuro que, talvez, já tenha acontecido.

Lázaro — ‘Hosoi’

Lázaro é o projeto musical a solo de Pedro Geraldes, guitarrista dos Linda Martini. Depois de ‘Almada’ e ‘Darque (no chão da Califórnia)‘, duas faixas catárticas e hipnóticas, Lázaro volta à vida com ‘Hosoi’, uma música de homenagem a um dos skaters favoritos do músico, o americano Christian Hosoi. Visa “honrar o power e inspiração que o skate sempre deu” à vida do artista português através de um som para “aquecer o verão”.

As guitarras são algo funky e dissonantes, dançáveis e nostálgicas, com um toque experimental que tem caracterizado todo o trabalho que Pedro Geraldes desenvolveu enquanto artista. Os samples usados complementam a homenagem ao skater e à sua arte. Com músicas destas, torna-se mais fácil ganhar vontade de agarrar no skate mais próximo e ir aprender a fazer até os truques mais simples. Ainda bem que estamos em pleno verão.

Päzmonstro — ‘Sete Palmos de Terra’

Os Päzmonstro não são nenhuns novatos. Bem pelo contrário. O quinteto lisboeta é constituído por nomes com uma ligação bastante profunda e já longa à música portuguesa: Rui CamõesMário Castro na guitarra, Nuno Vicente no baixo, o baterista Raul Carvalho e o vocalista Cláudio Anibal. 

Sete Palmos de Terra‘ é o quarto single daquele que será o seu EP homónimo de estreia, que será lançado ainda em 2020. A banda mistura inflûencias de post rockhardcore punkpost punk para criar uma sonoridade cuja comparação mais próxima que podemos encontrar por terras lusitanas são os Linda Martini.

Wild Maui — ‘Bones

Bones’ é o terceiro single do EP de estreia de Wild Maui, Magnetic Solitude. O projeto musical de André Ferreira explora uma sonoridade gótica, juntando uma sensibilidade pop ao new wave e ao witch house.

Em ‘Bones’, o artista português tenta mostrar a “representação de um estado de espírito e da visão” do mundo que vislumbra. É uma faixa que conta com um instrumental pujante e polido e com um refrão cativante criado pela voz potente de André, que sobressai no meio de todo o universo musical criado.

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