Dêem-lhe um piano, um órgão, uma flauta, uma guitarra acústica, uma guitarra eléctrica, um xilofone, os pedais da guitarra, uma bateria siamesa (garanto-vos que ele se consegue partir em dois e tocar em ambas), um baixo e um saxofone (esta lista não ia ter fim, achei por bem ficar-me por aqui) que garanto-vos que com toda esta panóplia o Noiserv consegue escrever uma canção com (demasiados) pés e cabeça, de corpo simples e com uma beleza que dói.
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Whenever, If Ever, uma tentativa bem sucedida de mostrar o que os The World Is a Beautiful Place & I Am No Longer Afraid to Die conseguem fazer num registo mais largo, sem caírem em heroísmos insípidos. Portam-se bem, mas sem grande alarido. São miúdos dos subúrbios que não se levam a sério.
Volvidos três anos sobre o lançamento de Casa Ocupada (2010), disco que catapultou o grupo lisboeta para o topo da pirâmide alternativa nacional, eis que nos chega às mãos o terceiro LP dos Linda Martini. Com o título paradoxal de Turbo Lento, o mais recente trabalho do projecto formado por Hélio Morais (bateria/voz), Cláudia Guerreiro (baixo/voz), André Henriques (voz/guitarra) e Pedro Geraldes (guitarra/voz) foi para as lojas a 30 de Setembro, com o selo da Universal.
Não se deixem enganar: o AM é simplesmente horrível e os Arctic Monkeys não assim tão geniais.
"Physic" ou "um dos melhores discos de dança que vão ouvir nos próximos tempos". O dedo é do Nicolas Jaar e de um amigo, a festa é toda nossa.
Mago da folk instrumental e autêntico virtuoso da guitarra, Norberto Lobo tem vindo a construir, ao longo dos últimos seis anos, uma das mais consistentes carreiras da música nacional, alicerçada pelos magníficos Mudar de Bina (2007), Pata Lenta (2009), Fala Mansa (2011) e Mel Azul (2012). Agora, após o reconhecimento a título individual, o guitarrista decidiu juntar-se ao baterista João Lobo, colaborador de longa data (a homonímia é mera coincidência), para criar, a quatro mãos, um novo disco; de seu título Mogul de Jade, a obra foi lançada pela Mbari Música a 19 de Julho.
A procura, a descoberta, a exploração, o fascínio, o orgasmo, a exploração, a descoberta e a procura. Música que vive consoante esta sequência não é uma música qualquer, é algo único, desafiante, inovador e arriscado; os Fuck Buttons, dupla de música electrónica de origem britânica, são uma banda que habita num universo bem distante de todas as outras. Slow Focus, o terceiro LP da sua obra discográfica, só vem comprovar isso mesmo.
Formados em Cincinatti, Ohio, em 1999 pelas mãos de Matt Berninger, em conjunto com Aaron e Bryce Dessner e Scott e Bryan Devendorf, os The National são um dos grupos que mais amores desperta nos corações dos fãs da música independente, fenómeno directamente relacionado com o estrondoso sucesso de Alligator (2005) e Boxer (2007), excelentes obras-primas de um alternative rock apaixonante, semi-alinhado com o post-punk revival de meados da década passada. Passados 3 anos de espera pelo sucessor de High Violet (2010), quinto disco de originais do grupo, o quinteto está de volta com um novo registo; intitulado de Trouble Will Find Me, o LP foi lançado a 17 de Maio e conta com o mui nobre selo da 4AD.
Jon Hopkins nunca foi, até agora, um nome da IDM que despertasse uma curiosidade instantânea em ir mais além do que uma, duas audições dos seus registos. Agora, em Immunity, lançado recentemente Domino Recording Co Ltd., o caso ganhou novos contornos: Hopkins traz frescura, dinâmica e uma genialidade estonteante à música electrónica. É impossível, para qualquer ser humano que tenha os ouvidos sãos, sair daqui imune a toda a experiência sónica que aqui podemos viver.
O dia começa mais fresco que o de quinta-feira, todavia com mais calor de humano, enchente notada na entrada pelo lado do campismo, onde invadimos a casa dos festivaleiros, uns vindos do banho e outros de panelas na mão para o prato do dia – esparguete com atum.
Depois de um primeiro dia repleto de altos e baixos, dignos de uma montanha russa, foi já com algum cansaço nas pernas e muita ânsia de boa música que a equipa do Espalha Factos voltou ontem ao Passeio Marítimo de Algés, a fim de fazer a cobertura do segundo dia do Optimus Alive’13. Fica aqui a reportagem possível.