Os norte-americanos A Place to Bury Strangers regressam a Portugal em dose dupla, com concertos agendados para os dias 29 e 30 de março.
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Noise-Rock
Nomes nunca antes ouvidos, boa música e artistas promissores. Esta é a trilogia perfeita que o Casulo pretende demonstrar semana após semana.
A barba parece-nos crescer enquanto os ouvimos; tornamo-nos, em cerca de uma hora, em homens encorpados, de mais de cento e noventa centímetros de altura, de barba de meio metro, rija que nem pedra, enquanto a vontade de sabe-lá-o-quê nos consome – há vontade em desatar ao pontapé àquilo que nos vai aparecendo à frente, há vontade em mandar tudo à merda; de assumir a irresponsabilidade e de sermos aquilo que sentimos que queremos ser ao ouvir este disco dos KEN Mode. Se formos mulheres, a barba certamente não crescerá… nem, por certo, nos sentiremos brutas bezerras de quase dois metros, mas certamente temos os mesmos sentimentos: o desprezo pelo ser eticamente correcto, o apreço pela rebeldia.
Ícones da música alternativa e independente, os My Bloody Valentine são vistos por muitos como autênticos paladinos do experimentalismo, algo que se deve ao papel que os seminais Isn’t Anything (1988) e Loveless (1991) desempenharam na génese e evolução do Shoegaze. Depois de um interregno discográfico de 22 anos que envolveu o fim do grupo, rumores de insanidade, algum eremitismo e horas de gravações deitadas para o lixo, o grupo encabeçado por Kevin Shields decidiu-se a lançar, através da internet, o seu terceiro LP. Posto à venda no passado dia 2, o disco tem o título de m b v e é dele que vamos falar hoje.
Estreando-se nos LP’s em 2010, com Turning On, os Cloud Nothings só chegariam a atingir uma maior exposição no ano...