Depois de “meio século comido pela traça” (Sérgio Godinho), desabrochou, a mando dos cidadãos, a Revolução dos Cravos, proclamada em ombros, pelas ruas e campos da pátria, guiada pelos coros de Grândola Vila Morena, Milho Verde ou Venham Mais Cinco. A torrente de mudança não se confina, no entanto, à sua prévia proclamação na melodiosa voz de Zeca Afonso, nem às radicalizações supérfluas do Período Revolucionário em Curso. A revolução consciencializante fazia-se no exílio, nos estúdios improvisados, na voz surda de quem não consente.
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