Há quem lhe chame “agonia literária”. Com uma capacidade de desbravar as emoções humanas e torna-las traduzíveis em palavras, José Luís Peixoto partilha, na sua obra Morreste-me, de forma despudorada, despida de preconceitos e de vergonha, o que é, para um filho, perder o pai. O luto, o vazio, e, em simultâneo, a necessidade (mesmo sem vontade) de continuar, de viver. Porque o mundo existe e não mudou, embora tudo esteja paradoxalmente diferente.
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Morreste-me
Em 'Morreste-me', em cena no Teatro do Bairro, as caixas de cartão empilham-se, em jeito de muralha, como se guardassem no seu interior recordações de momentos felizes. Dá-se agora o regresso à casa onde se cresceu. Mas, pela primeira vez, o pai não está lá. A ausência é definitiva.