As vozes irrompem no escuro proferindo textos sem nexo, murmúrios repetidos e ofegantes. A câmara, o nosso próprio olhar exterior submergido na tela, segue entre portas, janelas e fechaduras as silhuetas e sombras de sujeitos que deambulam pelas salas vazias. Ao mesmo compasso, os seus pensamentos frenéticos correm sem limites como cavalos desprovidos de amarras, vagueando à deriva da realidade. Este é o ínicio de uma das mais belas longas-metragens em competição nacional no DocLisboa'14.
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