Como forma de dar a conhecer um bocadinho mais acerca desta editora sediada em Lisboa, aqui ficam umas pequenas reviews de três dos principais lançamentos da Mbari Música deste ano: Pop é o Contrário de Pop d'Os Quais, Mel Azul de Norberto Lobo e Os Sobreviventes de B Fachada, Minta e João Correia.
disco
Ícones da música alternativa e independente, os My Bloody Valentine são vistos por muitos como autênticos paladinos do experimentalismo, algo que se deve ao papel que os seminais Isn’t Anything (1988) e Loveless (1991) desempenharam na génese e evolução do Shoegaze. Depois de um interregno discográfico de 22 anos que envolveu o fim do grupo, rumores de insanidade, algum eremitismo e horas de gravações deitadas para o lixo, o grupo encabeçado por Kevin Shields decidiu-se a lançar, através da internet, o seu terceiro LP. Posto à venda no passado dia 2, o disco tem o título de m b v e é dele que vamos falar hoje.
Como forma de celebrar a importância da Lovers & Lollypops na música portuguesa, o Espalhha Factos decidiu compilar estas pequenas reviews de três dos mais recentes lançamentos da editora nortenha: Rockuduro dos Throes + The Shine, Titans dos Black Bombaim e o homónimo dos Alto!.
Enquanto Surma apresentava de forma quase angelical Antwerpen, o seu primeiro disco, no Musicbox, em Lisboa, e agradecia de forma...
Ao segundo álbum, os portugueses Paus trazem-nos uma exemplar prova de audácia ao apresentarem-nos Clarão, um disco que mostra uma banda sem medo de arriscar nas suas fórmulas e que nos presenteia com uma experimentação mirabolante e grooves peganhentos, que se colam ao nosso corpo e nos impelem a dançar.
Embora sejam contemporâneos da “cena” Indie e Post-Punk Revival norte-americana do início do século que viu nascer nomes como The National ou Interpol, os The Walkmen nunca conseguiram, contudo, afirmar-se como “pontas-de-lança” desse movimento, assumindo por sua vez um estatuto intermédio entre a banda “de culto” e o grupo “de Coliseu” que serve que nem uma luva à sua sonoridade. Depois de terem passado por aumento considerável de popularidade, graças ao agridoce Lisbon (2010), o quinteto liderado por Hamilton Leithauser lançou, a 29 de Maio deste ano, Heaven, o seu sexto disco de originais e que vai ser hoje aqui analisado.
Uma das principais bandas da Cafetra Records (a par d’Os Passos Em Volta, grupo do qual também fazem parte), as Pega Monstro são um duo de Lo-Fi composto por Maria e Júlia Reis, duas irmãs que ganharam fama no início do ano passado com o lançamento do EP O Juno-60 Nunca Teve Fita (e a estrondosa Paredes de Coura). Agora, passado um ano e pouco, chega-nos o seu álbum de estreia, Pega Monstro, lançado a 9 de Março e que será hoje revisto aqui.
Quinteto londrino formado em 2005, os The Maccabees foram, ao longo dos últimos seis anos, criando algum burburinho na cena Indie/Alternative,...
Depois de se terem apresentado ao mundo em 2011, com o incendiário New Brigade, os dinamarqueses Iceage conseguiram gerar burburinho suficiente para garantir um contrato com a Matador Records, respeitável casa norte-americana de música independente, e o estatuto de jovens promessas da cena alternativa. Agora, 2 anos após a estreia, eis que nos chega às mãos o segundo capítulo da saga discográfica deste quarteto nórdico. O LP, baptizado de You’re Nothing, foi lançado a 18 de Fevereiro, e é dele que vamos falar hoje.
Com os pés em New Mexico, mas com o coração em cada um dos cinco continentes, Zach Condon decidiu começar, em 2006,...
Formados em Coimbra em 1999, os Wraygunn são um grupo liderado por Paul Furtado (aka The Legendary Tigerman), Selma Uamusse e Raquel Ralha (Belle Chase Hotel), e que desde o seu início que se dedica à criação de uma sonoridade com base numa agradável fusão do Rock, da Soul e do Blues. Cinco anos depois do muito bem-sucedido terceiro LP, Shangri-La (2007), chega-nos a quarta obra do grupo, L’Art Brut, nas lojas desde 12 de Março.
O título que dá início a este texto podia ser diferente de muitas formas ou fazer referência a muitas outras coisas. No entanto, decidi que era interessante ligar a banda em si, os Dead Sara, com um estilo muito próximo que os caracteriza e que faz a ligação para uma era musical que todos nós podemos identificar, gostando ou não.