Chega ao fim mais um ciclo do The Daily Show. Trevor Noah anunciou esta sexta-feira (30) que vai deixar o programa do Comedy Central, com o objetivo de regressar ao formato stand-up comedy. O humorista era a cara da produção há sete anos.
“Rimos juntos, choramos juntos. Mas depois de sete anos sinto que chegou a hora”, confessou durante as gravações do programa. Mais tarde, partilhou a notícia nas redes sociais, embora sem revelar a data concreta da despedida.
No discurso de pouco mais de cinco minutos, o comediante fez um balanço positivo dos últimos anos. “Adorei apresentar o programa. Foi um dos meus maiores desafios e uma das minhas maiores alegrias”, partilhou. Aproveitou para agradecer ao público, à sua equipa e retratou como a sua prestação tem sido uma “viagem” e uma “aventura”.
Por outro lado, revelou a sua vontade em voltar a fazer digressões mundiais e as saudades de visitar outros países. “Há outra parte da minha vida que eu quero continuar a explorar”, frisou. “Tenho saudades de aprender outras línguas, de ir a outros países e de montar espetáculos. Estar em todos os lugares fazer tudo”, explicou.
O início desta fase da carreira de Trevor Noah remete-nos para o ano de 2016. O jovem sucedeu a Jon Stewart, anfitrião do The Daily Show durante os 16 anos anteriores, tornando-se o terceiro apresentador do talk show. A nomeação do humorista foi interpretada com surpresa pelos espectadores do programa. Apesar de algumas aparições enquanto colaborador, Trevor Noah não era uma cara familiar da televisão americana.
O profissional, agora reconhecido além-fronteiras, abriu a sua carreira como ator, e só mais tarde passou para a rádio e então para os palcos. A comédia surge em 2012 quando se estreou no mercado norte-americano, apresentando-se no The Tonight Show. Apenas um ano mais tarde, marcou presença noutro programa popular, Late Show with David Letterman.
Consta também do seu currículo o lançamento de um livro. Sou um Crime – Nascer e Crescer no Apartheid é uma história inspirada na sua própria vida. Trevor Noah nasceu em Joanesburgo, em 1984, em pleno apartheid, fruto de uma relação que, na época, era ilegal.