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Foto: divulgação/HBO Max

Crítica. ‘Pretty Little Liars: the Original Sin’ acrescenta um toque de terror ao mistério e suspense iniciados por ‘Pretty Little Liars’

Pretty Little Liars: The Original Sin chegou ao catálogo da HBO Max no dia 28 de julho. O spin off de Pretty Little Liars, baseada na saga literária homónima de Sara Shepard, junta-se a Ravenswood Pretty Little Liars: the Perfectionists, mas será que tem os “ingredientes” necessários para acompanhar o sucesso da série criada por Marlene King ou, tais como os outros spin off, acabará por ficar pelo caminho?

Depois de assistir aos primeiros cinco episódios disponíveis na plataforma de streaming, o Espalha-Factos pode dizer-te que podemos encontrar em Pretty Little Liars: The Original Sin algumas semelhanças com Pretty Little Liars. A primeira é a abertura da série com o clássico genérico dos The Pierces, Secrets, que qualquer fã da série original vibra a ouvir. Mas aviso prévio: não esperem pelo “shh” no final por uma das protagonistas.

Assim como em Pretty Little Liars, Pretty Little Liars: The Original Sin, desenvolve-se numa pequena cidade localizada no estado da Pensilvânia, Millwood. Mas, em vez de termos apenas cinco little liars, somos presenteados com duas gerações delas. O primeiro episódio começa por nos apresentar a primeira geração, composta por Davie Adams (Carly Pope) – a nossa nova Alison DiLaurentis (Sasha Pieterse) -, Sidney Hayworthe (Sharon Leal), Marjorie Olivar (Elena Goode),  Ellodie Honrada (Lea Salonga) e Corey Bryant (Zakiya Young), todas elas mães daquelas que serão as protagonistas e personagens que compõem a segunda geração de liarsImogen Adams (Bailee Madison), Tabitha ‘Taby’ Hayworthe (Chandler Kinney), Noa Olivar (Maia Reffico), Minnie ‘Mouse’ Honrada (Malia Pyles), e Faran Bryant (Zaria Simone).

Girando a série à volta dos segredos, claro que esta primeira geração tem um segredo que as une, e que remonta a uma festa clandestina cheia de adolescentes em 1999, que termina numa tragédia. Tragédia essa que, 22 anos mais tarde, vem atormentar a segunda geração (e, de certa maneira, a primeira). Mas, ao contrário do que sucedia em Pretty Little Liars, em que os primeiros segredos de Aria (Lucy Hale), Emilly (Shay Mitchell)Hannah (Ashley Benson) e Spencer (Troian Belissario) começam a ser revelados logo no primeiro episódio, este segredo – talvez até seja mais apropriado chamar-lhe de “pecado original” (‘original sin’) -, acaba por ser revelado de forma mais lenta. Tão lenta que só a partir do quarto episódio é que começamos a obter algumas respostas.

E não só as perguntas quanto à primeira geração começam a ser respondidas no quarto episódio. Ao longo de três episódios, alguns comportamentos e aspetos físicos das cinco protagonistas da série começam por suscitar algumas dúvidas: a gravidez misteriosa de Imogen, os traumas por que Taby Mouse passaram, e ainda o segredo que acabou por virar a vida de Noa do avesso.

Foto: divulgação/HBO Max

A narrativa de Pretty Little Liars: the Original Sin, à semelhança de Pretty Little Liars, é construída à volta do mistério e suspense. No entanto, o spin off acaba por acrescentar um toque de terror, o que acaba por se refletir, não só nas várias (talvez demasiadas) referências a filmes de terror feitas por Taby e no cenário mais sombrio em que se desenrola a série, mas também na personagem mistério da sérieA.

“Quem é o/a A?” é a pergunta clássica de Pretty Little Liars. Na série original, esta personagem surgia toda vestida de preto e com uma máscara da mesma cor, e comunicava com as protagonistas através de mensagens anónimas nas quais mostrava conhecer todos os seus passos. Em Pretty Little Liars: the Original Sinsurge com um outfit mais assustador, mais sede de vingança do que o original e com comportamentos mais agressivos do que o original. Para além disto, contrariamente do que sucedia na série original, o facto de a narrativa da série ser tão lenta acaba por dificultar a tarefa de descobrir um suspeito.

Confessamos que não pusemos, desde logo, as mãos no fogo por esta série. Em primeiro lugar porque, tal como já foi referido, os dois spin off de Pretty Little LiarsRavenswood Pretty Little Liars: the perfectionists ficaram aquém daquelas que seriam as expectativas. E, por último, porque um dos criadores de Pretty Little Liars: the Original SinRoberto Aguirre-Sacasa, é também criador de Riverdale, série que, ao início, começou por cativar o público mas, depois, se foi perdendo na narrativa.

Felizmente, não foi isso que sucedeu com esta série, cujo início pareceu abrir caminho para um futuro bastante promissor. O mistério da história de ambas as gerações de liars acaba, na nossa opinião, por chamar a atenção os fãs da série original e a maneira como as personagens estão construídas e são exploradas torna todo o mistério bastante mais atrativo. Esperemos que, contrariamente a Riverdale e dos spin off anteriores, Pretty Little Liars: the Original Sin não se perca pelo caminho e na sua própria narrativa.

7.5

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