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MOTELX Divulgação

Um livro e muito cinema de terror português no próximo MOTELX

A apresentação da edição 2022 do festival de cinema de terror, no Cinema São Jorge, desvendou o que podemos esperar desta edição

Esta terça-feira (19) o Cinema São Jorge, com obras de restauro em curso, abriu as portas para acolher a imprensa e os convidados para juntos ouvirem o que poderemos esperar da 16ª edição do MOTELX, Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, a acontecer de 6 a 12 de setembro. São muitos filmes, cineconcertos, o lançamento de um livre e sessões especiais de warm-up no primeiro fim de semana do mês.

Ainda não se sabe tudo sobre a próxima edição mas a sessão de antevisão já deixou prever os principais focos, do festival que volta a preencher maioritariamente as salas do Cinema São Jorge e que este ano salta ainda por outros espaços, como o Teatro Municipal São Luiz, o Convento São Pedro de Alcântara e o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta.

Na sala 3 do Cinema São Jorge, Pedro Souto e João Monteiro, diretores do festival de cinema, apresentaram as primeiras novidades, quando falta mais de um mês para o MOTELX.

Pedro Souto começou por apresentar aquela que é a imagem e spot desta edição, pensados e criados pela agência WYcreative, com o conceito de “enganar o espectador”.

De seguida agradeceu a todos os patrocinadores, apoios e parceiros e afirmou estarem “quase prontos”, com destaque para a parceria artística da Santa Casa da Misericórdia, que este ano financia na totalidade o Prémio Santa Casa da Misericórdia MOTELX para melhor curta portuguesa 2022, n valor de 5000€.

Presente também na sessão esteve Nuno Pires, diretor de patrocínios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que salientou que apoiar o MOTELX “só se tornou mais fácil graças à qualidade dos técnicos, dos produtores, da direção criativa e todas as pessoas que compõem esta família e que aligeiraram e desmitificaram o apoio a este festival que já não é de nicho”. O apoio da santa casa parte do mote “apoiar a cultura não nos assusta”.

O que foi e o que poderá ser o cinema de terror português

O cinema português está em destaque não só nesta competição, que conta com 12 filmes de cineastas portugueses, como em toda a programação e ainda na grande novidade para este ano, o evento especial de lançamento do livro O Quarto Perdido do MOTELX – Os Filmes do Terror Português (1911-2006).

Ao longo de 16 edições, já ninguém nega a importância do MOTELX para conhecer e promover um vasto espólio de cinema de terror internacional mas também nacional. E este trabalho de pesquisa, análise e divulgação ganha agora um novo corpo através do livro que se sustenta como a grande novidade desta edição.

João Monteiro revelou que este trabalho surge como “resultado do que tem vindo a ser feito na secção Quarto Perdido” e acrescentou que o mais “curioso deste livro é que começa em 1911, com Os Crimes de Diogo Alves (o serial killer do Aqueduto das Águas Livres) e termina em 2006 com Coisa Ruim, que é curiosamente aquele que na altura foi considerado o primeiro filme de terror português”.

No programa divulgado online pela organização do festival, é mencionado que fazem parte desta lista também “o primeiro filme (de terror) português realizado por uma mulher ocorreu nos anos 40, em pleno Estado Novo, pelas mãos de uma jovem de 22 anos chamada Bárbara Virgínia” e que toda a lista do livro procura fornecer “o elo perdido entre o passado e o emergente cinema de terror português”.

São poucos os filmes listados e que não tiveram exibição prévia no MOTELX, as excepções serão exibidas nesta 16ª edição: O Convento (1995), de Manoel de Oliveira; O Fascínio (2003), de José Fonseca e Costa e Coisa Ruim (2006), de Frederico Serra e Tiago Guedes. Em comum têm a produção por Paulo Branco, identificado assim como o produtor do terror português e em destaque nesta edição.

Há ainda lugar para uma sessão especial com os 23 minutos disponíveis de Os Crimes de Diogo Alves, em parceria com o Teatro São Luiz, Casa Bernard Sassetti e Escola Superior de Música de Lisboa. Esta sessão marca também os dez anos de falecimento de Bernardo Sassetti e vai ser acompanhada por uma partitura original da autoria do compositor. “este cineconcerto vai ser especial porque para além da exibição deste filme muito raro vai ter essa banda sonora que vai ser recuperada”, sublinha João Monteiro.

O centenário de Nosferatu não foi esquecido

De 1 a 3 de setembro, também com o apoio do parceiro cultural  Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que cederá alguns dos seus espaços culturais na cidade, duas sessões irão comemorar o centenário do filme de F.W. Murnau. Pedro Souto confirmou que “A Sinfonia das Trevas vai tomar conta do Convento de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto”, com uma cineperformance sobre a qual conheceremos mais detalhes em breve. No dia 2 de setembro tem lugar uma sessão de cinema ao ar livre dee What We Do in the Shadows, um mockumentary neozelandês sobre “um grupo de vampiros que vive em Wellington e um deles é o Nosferatu”.

O último dia de warmup tem uma sessão muito especial, o filme O Fauno das Montanhas (1926), de Manuel Luís Vieira, será exibido no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, acompanhado com música ao vivo da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Esta sessão surge em colaboração com o Projeto FILMar da Cinemateca Portuguesa e como parte integrante do evento EGEAC Lisboa na Rua.

Estão assim reunidos muitos motivos para voltar a encher as salas da 16ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. Todo o programa conhecido até à data está disponível online e mais detalhes deverão ser divulgados durante as próximas semanas, até ao início de setembro.

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