As vendas de livros aumentaram 17,2% no segundo trimestre deste ano (entre abril e junho), em comparação com o ano de 2021. Os dados foram revelados esta sexta-feira (15) pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
De acordo com a APEL, foram vendidos cerca de 2,8 milhões de livros, o que corresponde a um valor total de 37 mihões de euros. Trata-se assim de um aumento de 19%, quando se fala em vendas, face ao segundo trimestre de 2021. O preço médio do livro durante este período situou-se nos 13,46 euros, 1,2% mais caro do que o segundo trimestre de 2021.
Quanto aos pontos de venda, 68,8% dos livros foram comprados em livrarias, enquanto 31,2% foram vendidos em hipermercados. Os valores de venda têm uma distribuição semelhante: 77,8% dos valores foi para livrarias e 22,2% para os hipermercados.
A categoria mais vendida no segundo trimestre foi literatura juvenil (36% do total), seguindo-se os livros de ficção (30,7%), os de não ficção (29,7%) e as campanhas/exclusivos (3,6%). Porém, e ao contrário da análise anterior, a categoria que mais lucrou não foi a mais vendida. Os livros de não ficção ocupam o primeiro lugar quando se fala em valores de receitas (36,4% do total), aos quais se seguem os de ficção (35%), os de literatura infanto-juvenil (27,6%) e, por fim, os de campanhas/exclusivos (0,9%).
Esta diferença entre as categorias mais vendidas e os valores de venda de cada categoria explica-se através da diferenciação de preços. Por exemplo, enquanto num livro de não ficção o preço médio de venda foi de 16,51 euros, o preço médio de um livro infanto-juvenil era de 10,33 euros.
Em 2021, a venda de livros a nível nacional cresceu 16,6% face a 2020. Portugal foi um dos países que mais subiu no ranking do estudo que incluiu nove países, acerca da evolução do mercado do livro. Em oitavo lugar, é ultrapassado pela Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda e Itália, estando abaixo a Suíça.