O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
Daniel Oliveira Alta Definição
Fotografia: Festival Grants True Tales / Divulgação

Daniel Oliveira reage à morte de Rogério Samora: Um ano de “tragédia” para a SIC

Daniel Oliveira, diretor-geral de Entretenimento da Impresa, reagiu à morte de Rogério Samora em direto no programa Júlia, emitido pela SIC. Recordou o temperamento do ator e notou que este ano, em que também faleceu Maria João Abreu, foi trágico para o canal de televisão.

Depois do trauma que tivemos com a Maria João, este ano tem sido, de facto, uma tragédia a esse nível, e a perda do Rogério, embora nós pudéssemos, durante estes meses, antecipar um desfecho como este, é sempre difícil e duro para nós, é um dos nossos, é uma perda para nós e para as artes em Portugal“, afirma.

Em conversa com Júlia Pinheiro, o responsável pela programação do canal, sublinhou ainda a forma “apaixonada, obsessiva em alguns casos” como Rogério Samora via a profissão de ator. Detalha que o intérprete fazia “de cada personagem a sua única prioridade de vida“.

Isso deixa uma mensagem para as novas gerações, de alguém que vive apaixonadamente cada trabalho e cada personagem“, realça.

No trato pessoal o Rogério era de alguma forma também intenso, nessa forma aguerrida como lidava com tudo. Tudo ou nada, como ele dizia. Guardo boas memórias dessa partilha permanente, do facto de ele ser um ator nosso e vestir a camisola a sério e querer fazer sempre melhor“, evidencia por fim.

“Queria ser sempre o melhor possível”

Cajó, a personagem que interpretava em Amor Amor, mais cómica e caricatural, gerou entusiasmo no intérprete.

Nesta segunda temporada [de Amor Amor], que ele também gravou alguns episódios, ele já estava mais à vontade na personagem, ele ainda conseguiu ir mais longe. Sentia-se que ele estava totalmente confortável, e estava muito entusiasmado com este personagem“, conta Daniel Oliveira.

Ele alinhava em coisas como A Máscara, era o ananás. Estava sempre empenhado em fazer bem aquilo que fazia. Ele quando foi o Ananás, queria ser o melhor possível“, relata.

Adriano Luz, também a participar no programa Júlia, conta que “ele dava tudo a representar, e eu constatei isso em vários projetos que fiz com ele, inclusivamente para a SP, que ainda chegámos a fazer novelas juntos, e ele, entre o ação e o corta, era uma pessoa que dava 200%, se é que isso existe. Depois, no corta, era um tipo muito reservado“.