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Taylor Swift. Os 13 momentos mais icónicos da carreira

Taylor Swift completa 32 anos com uma vida e uma carreira cheias de momentos icónicos. Desde prémios memoráveis, a momentos nunca mais esquecidos pela cultura pop, até performances lendárias, juntámos 13 destes momentos neste dia 13 para celebrar o aniversário desta artista que já é intemporal.

1. Recordista do ‘Álbum do Ano’ nos Grammys

Os prémios são uma ocorrência muito comum na carreira da Taylor. Entre todas as cerimónias de prémios, os Grammys Awards são os mais prestigiados do mundo da música, entregues pela Recording Academy desde 1959. À data, a Taylor já alcançou 11 vitórias.

Da cerimónia anual, destaca-se o gramofone mais importante: Álbum do Ano. A Taylor ganhou o primeiro prémio desta categoria em 2010, ano em que foi nomeada pela primeira vez e saiu da gala com quatro galardões, incluindo Melhor Álbum Country, Melhor Música Country e Melhor Performance Vocal Feminina Country. Ao vencer o prémio mais relevante da noite aos 20 anos, tornou-se a artista mais jovem de sempre a alcançar tal feito.

Em 2016, Taylor Swift voltou a fazer História nos Grammys, vencendo pela segunda vez Álbum do Ano com o seu icónico 1989 e tornando-se a primeira mulher a vencer duas vezes essa categoria. Para além desse facto, prova que o seu talento é transversal a géneros musicais, tornando-se a primeira artista a vencê-lo com álbuns em dois géneros diferentes: o álbum country Fearless em 2010 e o seu primeiro álbum pop 1989 em 2016.

Enquanto recebeu o desejado gramofone, Taylor proferiu um discurso marcante, transmitindo uma mensagem de esperança, que também respondia a uma polémica que a envolvia, sem que em momento algum a mencionasse diretamente. As suas palavras foram decoradas pelos fãs e até replicadas em anúncios.

Não há duas sem três e, em 2021, Taylor Swift volta a receber o mais cobiçado prémio da indústria musical com ‘folklore’, um álbum indie folk lançado de surpresa em 2020, concebido durante a quarentena. Vencendo o prémio pela terceira vez, e em três géneros musicais diferentes, a cantora torna-se uma das únicas quatro pessoas que conseugiram vencer três vezes, juntamente com Frank Sinatra, Stevie Wonder e Paul Simon.

Se Taylor Swift vencer novamente na categoria ‘Álbum do Ano’ dos Grammys, torna-se a primeira e única artista a alcançar quatro troféus. Isso já pôde ter estado mais longe de acontecer. É já no dia 31 de janeiro de 2022 que se entregam os próximos gramofones e Taylor está nomeada na categoria com evermore.

2. Transição do country para a pop

Em 2014, Taylor Swift tem um dos momentos mais decisivos da carreira, ao mudar radicalmente de estilo musical. Em adolescente, a artista mudou-se para Nashville, capital da música country, para seguir o seu sonho de se tornar uma estrela no género musical. Lançou quatro álbuns country de sucesso, Taylor Swift (2006), Fearless (2008), Speak Now (2010) e RED (2012), e a tendência era crescer.

No entanto, a 18 de agosto de 2014, a cantora organizou um evento em Nova Iorque transmitido em livestream no Yahoo!, onde anunciou de surpresa que o seu quinto álbum seria completamente pop. Revelou também o título ‘1989’, a capa, o primeiro single ‘Shake It Off’ e o respetivo videoclip. A música foi um êxito e o vídeo ainda hoje é dos que mais visualizações tem no YouTube (3,1 mil milhões), mas o segundo single do álbum, ‘Blank Space’ não ficou atrás. Todos os singles seguintes do álbum foram bem-sucedidos, destacando-se ‘Bad Blood’, que bateu o recorde de vídeo mais visto nas primeiras 24 horas e venceu prémios de melhor vídeo, tanto nos VMAs como nos Grammys.

O álbum 1989 tornou-se o álbum pop mais premiado de todos os tempos, com 158 prémios desde AMAs, VMAs, BBMAs a Grammys, mantendo o título até hoje. Vendeu 1 milhão e 287 mil cópias só na primeira semana, contra todas as expectativas.

O quinto álbum de Swift tornou-se um dos maiores álbuns da década, mesmo sendo uma arriscada experiência em terrenos musicais novos. Taylor aventurou-se no pop, sem referências anteriores, traçando o seu próprio caminho e fazendo as suas próprias regras. Mantendo a sua veia de storyteller, mas abandonando o género country onde tinha uma comunidade que a adorava, Taylor Swift conseguiu reinventar-se e passar a sua carreira para outro nível.

Taylor-Swift-1989

3. Secret Sessions

Em 2014, antecedendo o lançamento do álbum ‘1989’, Taylor Swift criou um conceito a que chamou ‘secret sessions’, que repetiu para os álbuns seguintes. Fãs selecionados a dedo pela própria Taylor, que assume estar sempre atenta ao que eles publicam nas redes sociais, foram convidados para a sua casa, onde puderam ouvir em primeira mão o novo álbum.

Taylor Nation, a equipa da Taylor, contacta os fãs via Tumblr ou Twitter, normalmente, pedindo dados como data de nascimento, contacto telefónico e morada, para posteriormente os contactar a convidar para uma das sessões. Estas têm lugar em Nashville, Londres, Rhode Island e Los Angeles, onde a artista tem casas. A confidencialidade é um critério essencial. Os fãs não podem partilhar a mensagem que recebem, nem contar nada do que acontece, nem obviamente comentar as músicas do álbum antes do seu lançamento.

Para além de ouvir as músicas novas, os Swifties convivem com a cantora, posam para fotos com os seus prémios ou os seus gatos e comem bolachas caseiras feitas pela própria Taylor.

As secret sessions tornaram-se uma tradição e repetiram-se nos álbuns seguintes (reputation e Lover)

Vê o behind-the-scenes das 1989 Secret Sessions:

4. ‘Mean’: a atuação mais country de sempre

Entre a longa lista de atuações icónicas de Taylor Swift, é impossível não relembrar ‘Mean’, nos Grammys 2012. Numa performance que grita country por todo o lado, Taylor apresentou-se em palco com uma trança no cabelo, um vestido florido folgado, segurando um banjo e cantando para um microfone estilo vintage. Acompanhada por um conjunto de músicos também vestidos ao estilo campestre e num cenário de estábulo, Taylor canta “Someday I’ll be living in a big ol’city”.

A canção, um hino contra o bullying, é um dos exemplos de uma capacidade única de Swift: cantar sobre temas duros com melodias alegres, que nos devolvem a esperança e o sonho.

“Someday I’ll be big enough so you can’t hit me and all you’re ever gonna be is Mean”

5. Miss Americana

Num documentário da Netflix de 2020, realizado por Lana Wilson, Taylor Swift revela detalhes íntimos sobre a sua vida nos últimos tempos, enquanto também podemos assistir a vários momentos em concerto e nos bastidores. Com toda a sua vida em retrospetiva, Miss Americana dá-nos uma perspetiva muito próxima da vida da artista, com foco nas eras reputation e Lover.

O filme também aborda mais a fundo as visões políticas de Swift. Após anos sem comentar o que pensava sobre o tema, Taylor desabafou pela primeira vez sobre política no outono de 2018, num longo e expositivo texto em que apoia os democratas nas eleições intercalares do Tennessee, e retirando a esperança aos republicanos, que suspeitavam que tinham a artista do seu lado. Em Miss Americana, assistimos ao momento em que Taylor clica para publicar o texto, rodeada de nervosismo e dúvidas, mas com vontade de se afirmar e ultrapassar a necessidade de agradar a todos.

O filme mostra-nos o quanto Taylor valorizava a opinião dos outros a seu respeito e os seus esforços para ir ao seu encontro, mas também o seu crescimento e libertação desse peso e pressão, sobretudo com o álbum reputation, após ter visto a sua imagem pública desmoronar-se em 2016. Também no contexto do caso de tribunal em que Taylor acusou um ex-DJ de assédio sexual, a artista coloca as suas convicções como prioridade. Ao pedir apenas um dólar de indeminização, Taylor Swift demonstra a sua intenção: provar o crime de que foi vítima, e alertar para os casos que não são denunciados e as dificuldades que as vítimas atravessam ao expor. É de notar que o momento em que Taylor foi apalpada foi capturado em foto.

No documentário acompanhamos a Taylor enquanto abraça causas como o feminismo e a comunidade LGBTQ+, como a sua luta pelo Equality Act, pelo qual escreveu uma carta aberta em maio de 2019 e lançou uma petição para o Senado passar o projeto lei.

Taylor assume pela primeira vez que sofreu de uma desordem alimentar, abrindo-se sobre o que sentia quando deixava de comer para tentar ir de encontro aos padrões de beleza e como a superou e se sente melhor.

 

6. Sisters albums: folklore e evermore

À meia-noite de 23 para 24 de julho, Taylor Swift lançou o seu oitavo álbum de estúdio, folklore, apenas 11 meses depois do último, Lover. É um álbum surpresa, anunciado horas antes do lançamento, numa altura em que a cantora norte-americana planeava estar em digressão (nomeadamente por Portugal no NOS Alive)… se o coronavírus não tivesse mudado os planos de toda a gente.

Apesar da rápida produção, folklore é um álbum de melodias calmas, surpreendendo o público também nesse sentido, dado que Taylor seguia na direção do pop, com ritmos cada vez mais upbeat. Concebido inteiramente durante a pandemia de Covid-19, este projeto volta a sublinhar a versatilidade de Swift e também numa vertente mais alternativa, levando a sua capacidade de storytelling ao máximo.

Este seu trabalho discográfico teve sucesso imediato – mais de 1,3 milhões de cópias nas primeiras 24 horas e recordes de streaming batidos no Spotify e Apple Music.

O álbum contou com a ajuda, no processo de songwritting e produção, de Aaron Dessner, guitarrista da banda indie rock The National, e de Jack Antonoff, colaborador de longa data de Swift, além de um dueto com Bon Iver. A par do álbum foi lançado também o videoclipe do single ‘cardigan’.

Se o lançamento de deste álbum apanhou os fãs de surpresa, evermore não foi para menos. Não esperávamos todo um álbum com a carga emocional de folklore 11 meses depois do agitado Lover, tal como não esperávamos evermore, um sister album de folklore cinco meses depois.

Enquanto a quarentena foi tempo de angústia e tédio para alguns, de desespero até, para Taylor foi tempo de aproveitar para engenhar não um, mas dois excelentes álbuns, explorando novas musicalidades. Foi uma forma de presentear de surpresa os fãs, que não a puderam ver ao vivo, como seria possível antes da propagação do vírus.

7. Carta para a Apple Music

Em 2015, Taylor Swift escreveu uma carta destinada à Apple Music, onde explicava o porquê de não colocar o seu então recente álbum 1989 na plataforma de streaming. Ao que consta, a empresa não queria pagar aos artistas e às suas gravadoras as royalties a que estes têm direito durante os três meses de free-trial dos novos usuários.

A artista explicou que não estava preocupada com a sua situação financeira, mas que esta privação de pagamento poderia ser prejudicial para novos artistas que, na altura, estivessem a ter o seu primeiro grande hit. Um dia após a publicação da carta, a Apple Music mudou as suas políticas quanto aos pagamentos dos artistas. Esta foi uma das muitas vezes em que podemos ver Taylor Swift a lutar pelos direitos dos artistas, pelos direitos dos novos artistas e pelo justo pagamento destes.

Nós sabemos que esta incrível empresa tem dinheiro para pagar aos artistas, aos escritores, aos produtores pelo período dos três meses de free-trial… mesmo que os fãs os experimentem de graça“, disse a cantora.

Podes ler a carta na sua íntegra:

8. SNL de 2009

Em novembro de 2009, Taylor Swift apresentou um episódio do conhecido Saturday Night Live. Foi a primeira vez que foi anfitriã do programa. Foi também, pela segunda vez, convidada musical, interpretando ‘You Belong With Me‘ e um cover de ‘Untouchable’, uma música da banda Luna Halo.

O que se destaca desta noite, até hoje, não são as suas performances musicais, mas sim o seu monólogo, após ter tido uma relação em 2008 com Joe Jonas, tendo sido esta escrutinada pelos tablóides antes e depois do término, e depois do incidente com Kanye West nos VMA.

 

9. O ‘Prémio Taylor Swift’

Em 2016, Taylor Swift recebeu um prémio literalmente com o seu nome, ou seja, o Taylor Swift Award. Este prémio foi elaborado e dado pela Broadcast Music, Inc. (BMI) durante os BMI Pop Awards. Quem é galardoado nestes prémios são os escritores de canções, quando as suas obras merecem este prestígio. Até hoje, ainda só outro artista conseguiu o mesmo feito que Taylor ao ter um prémio com o seu nome: Michael Jackson, em 1990.

Neste ano levou para casa também o prémio de Pop Songwritter of the Year.

10. O tempo de voltar a gravar o que lhe pertence

Em 2018, Taylor Swift acabou o seu contrato com a Big Machine Records, onde tinha gravado os seus primeiros álbuns, e não lhe foi dada a oportunidade de comprar os seus masters. Já em 2019, foi descoberto que a pessoa a quem tinham sido vendidos os direitos de autor das suas músicas que escreveu sobre a sua própria vida desde a sua adolescência pertenciam a Scooter Braun, agente de Justin Bieber e amigo de Kanye West. Este foi também um dos indivíduos que fez cyberbullying a Taylor durante toda a confusão com o Kanye.

Revoltada com a situação, especialmente por saber pelas redes sociais a quem a sua carreira musical tinha sido “vendida”, a artista ficou bastante perturbada e expôs a situação nas suas páginas e pediu ajuda aos seus fãs.

Contudo, como maneira de voltar a ter mão naquilo que é seu, Taylor começou a regravar todos os seus seis primeiros álbuns, apesar de estar legalmente proibida de regravar reputation até novembro de 2022, visto que só o poderá fazer após cinco anos do lançamento do álbum.

Até agora, já lançou Fearless (Taylor’s Version) e Red (Taylor’s Version), onde também podemos encontrar canções que não tinham sido colocadas nas antigas versões, chamadas From The Vault. Entre estas está a tão aguardada e favorita dos fãs versão de 10 minutos de ‘All Too Well’.

11. Performance nos AMA 2019

Nos American Music Awards de 2019, Taylor Swift recebeu prémio de Artista da Década e, com este prémio, veio um medley de alguns dos seus maiores hits ao longo dos anos de carreira. A performance iniciou logo com a canção ‘The Man‘, em que a letra tem uma clara mensagem feminista, enquanto Swift tinha um casaco branco com os títulos dos seus seis primeiros álbuns, com as letras numa fonte a relembrar as prisões. Este foi um enorme statement para toda a situação que se estava a desenrolar sobre os direitos de autor dos seus álbuns.

A performance continuou ainda com os seus hits ‘Love Story’, ‘I Knew You Were Trouble’, ‘Blank Space’, ‘Shake It Off’ e fechou tocando ‘Lover‘, na sua totalidade, mas numa versão mais orquestral, mais “despida”, ao piano, enquanto dois bailarinos atuavam ao som desta canção amorosa.

 

12. Como se evaporou das redes sociais

Em agosto de 2017, após todas as críticas que recebeu em 2016, Taylor Swift apagou todos os posts em todas as suas redes sociais, removeu todas as fotos e todas as biografias. Houve um blackout nas páginas da cantora. Após imensa especulação sobre o que estava a acontecer, imensas teorias feitas pelos fãs, três vídeos, que ao todo faziam um só, foram publicados, com um dia de intervalo entre cada. Estes mostrariam no final uma cobra, a alcunha que Taylor tinha ganho em 2016.

Ao tomar conta da narrativa, Taylor Swift virou o jogo e anunciou o seu álbum reputation e o lead-single, ‘Look What You Made Me Do‘. Um comeback icónico… e, a partir daí, fazer blackout às redes sociais tornou-se tendência para anunciar um novo álbum.

13. História nos VMA 2009

Como todos já sabemos, os MTV Video Music Awards são eventos exorbitantes e espalhafatosos (pun intended), mas são também locais para se fazer história e quebrar recordes. Em 2009, Taylor Swift esteve nomeada para Best Female Video, com ‘You Belong With Me’, e venceu. Com este feito, a cantora tornou-se a primeira artista country a ganhar um moonman.

Após esse, Taylor voltou a ser nomeada e a ganhar vários VMA’s, incluindo Video of the Year, o maior prémio da noite, com ‘You Need To Calm Down’ e ‘Bad Blood’. Estamos só à espera do seu Vanguard Award.

Pedro Cardoso e Bruno de Azevedo
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