Mais um sábado no Espalha-Factos, mais um número do À Escuta, a rubrica semanal sobre os mais recentes lançamentos da música portuguesa. Hoje, o destaque é dado ao novo disco de Stereossauro, ao longa-duração de estreia de Bárbara Tinoco e ao regresso do Conjunto Corona.
Além disso, falamos dos novos singles de Ana Bacalhau, AVAN GRA, BANDUA, Castilho, Fura Olhos, Leema, Nenny, Orfélia, Rei Marte, Tiago e os Tintos, Xinobi e da colaboração surpreendente entre os SAL e Carlão, e de novos trabalhos de crwdcntrl e Joana Alegre.
Stereossauro regressa como o orquestrador de uma lista de convidados extensa em Desghosts & Arrayolos
Stereossauro está de regresso com um novo disco e uma lista de convidados extensa a acompanhar o criativo produtor, DJ, autor e compositor. Intitulado de Desghosts & Arrayolos, este é um disco duplo que representa “uma dualidade de estados de espírito, fiel à própria experiência humana”.
Do lado de Arrayolos, encontramos canções pop muitíssimos bem construídas e executadas, onde Stereossauro atua como uma espécie de orquestrador para os convidados, conseguindo criar faixas que extraem o máximo destes, soando cada uma única e orelhuda à sua maneira. No fundo, é o cruzamento entre a identidade própria de cada artista e o universo de Stereossauro a acontecer e que prossegue no lado de Desghosts, onde podemos encontrar o lado mais introspetivo e contemplativo do álbum.
Para um disco duplo com duas facetas, Desghosts & Arrayolos complementa-se muito bem, mesmo com as várias sonoridades que vamos encontrando ao longo deste trabalho, que variam entre o fado, a eletrónica, o rock, a pop e o hip-hop. Parte disso parte exatamente da sensação de que Stereossauro funciona como a “cola” no disco e parte também da opção do artista de apresentar neste trabalho, ao contrário do que se passou com Bairro da Ponte, uma instrumentação muito mais orgânica, fugindo muito à arte do sample que podíamos encontrar no disco anterior de Stereossauro. É uma espécie de uma dupla epopeia eclética pelo reino da música portuguesa, e uma que é extremamente bem conseguida por todos os envolvidos neste projeto.
Bárbara é o disco de estreia de Bárbara Tinoco
Bárbara, é o nome do disco de estreia de Bárbara Tinoco, que conta com dez faixas originais da artista. Das dez faixas, quatro já haviam sido dadas a conhecer ao grande público, enquanto que as restantes seis são novas cantigas da artista lisboeta.

É notório que a qualidade de Bárbara Tinoco enquanto cantautora é inegável. Ela sabe escrever uma boa história e torná-la relacionável para o seu público. Soam plausíveis para terem acontecer a todos. Além disso, a jovem artista sabe criar melodias pop para encantar o público, criando instrumentais que soam refrescantes no mundo da pop portuguesa.
A junção destes dois elementos é a chave do sucesso de Bárbara Tinoco e Bárbara, soa a um resumo de quem é Tinoco, a artista, mas também a pessoa. Por um lado, é um disco pessoal que conta muita da sua história, e por outro, é um disco que revela muitas das suas influências, que vão desde António Zambujo ou Miguel Araújo até Cláudia Pascoal ou Ana Bacalhau. Tinoco sabe usar as suas influências para criar a sua própria identidade e isso sobressai em praticamente todas as faixas de Bárbara, que, na realidade, é um disco conciso e consistente de pop portuguesa para as massas mas que também consegue piscar o olho à malta mais alternativa.
Conjunto Corona entra ‘Sempre a Riffar’ na antecipação de G de Gandim
Dos anúncios que gostamos sempre de fazer e que nos aquece o coração e nos prepara para deliciar os ouvidos: Conjunto Corona está de regresso. Desta vez, dB, Logos e o Homem do Robe transportam Corona, a personagem cuja histórias já fomos conhecendo ao longo dos quatro discos anteriores do grupo, para a “naite” portuense, numa homenagem à vida noturna da zona industrial da cidade Invicta.
Essa homenagem será concentrada em G de Gandim, o próximo disco do grupo, e cujo primeiro avanço conhecemos esta semana, ‘Sempre a Riffar’. Neste seu novo tema, o grupo apresenta uma sonoridade que ainda não havíamos encontrado na sua discografia: um reggaeton com toques de dancehall potentíssimo, a fazer lembrar artistas como J Balvin ou Daddy Yankee.
A capacidade de dB enquanto beat maker sobressai mais uma vez nesta faixa, estabelecendo o objetivo logo desde da abertura da faixa que nos vai colocar a dançar na pista de dança, e consegue-o com a mestria e surpresa que nos tem habituado ao longo dos últimos anos. Para Logos, as suas barras são essenciais para que Corona funcione, e ‘Sempre a Riffar’ tem um Logos em grande nível, tanto ao nível dos versos, como ao nível do refrão, cantando um dos melhores hooks que Conjunto Corona já ofereceu na sua discografia. Com ‘Sempre a Riffar, Corona entra a driftar em grande nível depois de sair da rotunda de Santa Rita e coloca-nos desejosos para ouvir o que o resto da história de G de Gandim nos vai oferecer a 12 de novembro.
Ana Bacalhau dá o último passo para o lançamento do seu próximo disco com ‘Que Me Interessa A Mim’
Ana Bacalhau encontra-se prestes a lançar o sucessor de Nome Próprio. Quatro anos depois, a ex-vocalista dos Deolinda irá trazer ao seu público Além da Curta Imaginação do qual foi esta semana retirado o último avanço antes do lançamento do disco, Que Me Interessa A Mim, que conta com letra e música da artista e com produção de Luis “Twins” Pereira.

Sobre esta sua nova faixa, Ana Bacalhau refere o seguinte, em nota enviada à imprensa. “Eu sou maior do que o meu medo. Eu sei o meu caminho. Lanço-me e na queda acredito que vou chegar bem. Vou chegar melhor. Vou chegar mais alto. Mesmo que ninguém acredite, eu sei que consigo e vou. Principalmente se ninguém acreditar. Aí é que vou mesmo com todas as forças. E venham as nódoas negras, as feridas, as mossas pelas quedas mal amparadas. São medalhas que, no futuro, usarei para contar a história de como eu cheguei ao sítio que era meu. De como eu cheguei ao sítio que era eu”.
Neste seu novo single, Ana Bacalhau apresenta-se num tom introspetivo, prosseguindo os temas que têm assolado os singles para este disco. A sua voz ecoa pelo espaço da faixa, apresentando sempre um tom de dúvida, bastante emocional diga-se de passagem, que se enquadra no instrumental da canção. É um instrumental que foge muito para o lado da pop eletrónica moderna, mas que sabe soar minimalista para aumentar a emoção da canção, assentando muito em toques de chamber pop para fazer-se funcionar, com as suas cordas cintilantes a embelezarem toda a canção, assente num piano bonito que vai sendo rodeado pelos vários elementos da cantiga.
Além da Curta Imaginação tem data de lançamento marcada para a semana, no dia 29 de outubro.
AVAN GRA mostram os seus dotes em ‘Ibis Freestyle’
É numa ida a Bragança que nasce a nova faixa dos AVAN GRA, duo constituído por 90’s Kid e Carracha. Gravada num quarto de hotel na cidade de Trás-os-Montes, ‘Ibis Freestyle’ é o resultado de uma sessão de improviso entre os dois membros do grupo, resultando na faixa mais longa do grupo até ao momento.
Se alguém tivesse dúvidas do potencial dos AVAN GRA enquanto MCs (alguém tinha?), ‘Ibis Freestyle’ esmaga toda essas dúvidas. É uma odisseia de barras e estórias contadas por 90’s Kid e Carracha, que se entrelaçam pela química entre os dois artistas. Os beats que vão acompanhando as várias secções – se lhe podemos chamar secções – seguem a linha do trabalho apresentado pelo grupo até ao momento. Capturam uma essência old school mas atualizada para o moderno, sempre pronta a alterar-se de forma suave para preparar a próxima mudança de beat, que nos deixa encantados e surpreendidos sempre que acontece. É um ciclo vicioso que se repete ao longo dos mais de 8 minutos de ‘Ibis Freestyle’, mas é um ciclo para o qual queremos sempre regressar para ouvir 90’s Kid e Carracha mais uma vez.
‘Macelada’ é a primeira amostra dos BANDUA, dupla de Tempura e Edgar Valente
É com ‘Macelada’ que os BANDUA, dupla constituída por Tempura e Edgar Valente, se estreia e começa a preparar o lançamento do seu álbum de estreia em janeiro do próximo ano.
A faixa, que corresponde a uma reinterpretação de um clássico da música tradicional portuguesa, é uma audição verdadeiramente fascinante. Por um lado, somos apresentados com uma componente vocal que invoca a componente tradicional portuguesa (misturada com toques de tradições pagãs, para uma atmosfera algo sinistra). Por outro, temos um instrumental influenciado pelo trip hop e eletrónica de artistas como Nicolas Jaar ou Massive Attack, que nos faz transcender em toda a sua extensão. A forma como o baixo nos transporta pela música é deveras brilhante, posicionando-nos em primeira pessoa ao centro de uma roda de pessoas a dançar e a cantar, com os sintetizadores e guitarras a servirem de espectadores e participantes de todo este ritual do qual nem queremos sair e para o qual queremos rapidamente voltar.
butoh é a estreia pujante do techno industrial de crwdcntrl pela Rotten \ Fresh
Começar um trabalho com um poema de José Régio não é para qualquer um. É um statement. Fazê-lo como introdução para um trabalho de techno industrial ultra pujante é muito mais que um mero statement – é uma afirmação de que vamos ouvir algo verdadeiramente especial (porque ‘Cântico Negro’, é de facto, uma faixazona de introdução, pronta a rasgar as conceções do que uma faixa de techno pode e deve de ser). E especial é uma palavra que faz jus – talvez não o suficiente – a butoh, o disco de estreia de crwdcntrl pela Rotten \ Fresh.

butoh não abranda em nenhum dos segundos que constituem o disco. Ou melhor, abranda até, mas é apenas para preparar o próximo drop que nos vai colar ao assento. Isto é, se não estivermos em pé a dançar numa rave algures, que é o habitat natural destas faixas. As texturas que podemos encontrar nas faixas de butoh até podem ser abrasivas, mas encontram-se recheadas de melodias e grooves feitos para nos colocarem a dançar. É uma relação brutalmente interessante e um feito notório que crwdcntrl tenha conseguido criar um casamento entre essas duas componentes, fazendo lembrar artistas como Ansome ou Orphx nesse campo, com um toque bem presente de uns Throbbing Gristle à mistura.
Pujante ao longo de toda a sua duração, punk como só os lançamentos da Rotten \ Fresh conseguem ser no mundo da eletrónica portuguesa, butoh é uma coleção de bangers pronto a arrebatar os nossos ouvidos com as suas melodias e os nossos corpos com as suas batidas. Um must-listen para os fãs de música eletrónica.
‘Looking For Ways’ é o novo single de Castilho
Castilho revelou esta semana o seu terceiro single de 2021. Intitulado de ‘Looking for Ways’, a faixa estará incluída no disco de estreia do artista, que será lançado no início de 2022. Esta é uma canção de pop psicadélico extremamente bem conseguida pelo artista, recheadas de harmonias estilo The Beach Boys com uma componente psicadélica que faz lembrar Foxygen ou Arcade Fire.
O refrão de ‘Looking for Ways’ é orelhudo e impossível de ignorar, mas são os versos e a voz sonhadora de Castilho que nos captura verdadeiramente a atenção para a faixa, com a sua instrumentação grandiosa a transportar-nos para um mundo de pop sonhadora pronta a brotar. A faixa conta com colaboração de Inês Almeida no violino, José Crespo nas teclas e coros, Luís Medeiros na guitarra e coros, Miguel Vilhena na bateria, guitarra, coros e mixagem, Sofia Brás na viola e Tiago Paulos no violoncelo.
‘Quando’ é o segundo single transcendente de Fura Olhos
Fura Olhos é o projeto que junta duas gerações da música bracarense – de um lado, o veterano Miguel Pedro, membro fundador dos Mão Morta, e do outro, a jovem Inês Malheiro. O duo lança agora o segundo single do seu disco de estreia homónimo, ‘Quando’.
Em ‘Quando’, a voz de Inês é manipulada como se fosse um instrumento, imiscuindo-se nas experimentações sonoras do instrumental, influenciadas pelo drone e música ambiente de artistas como Brian Eno ou John Cage, misturado com toques de eletrónica que tornam a faixa numa experiência transcendente. A experiência de ouvir esta faixa é sentirmo-nos como se estivéssemos a ser embalados pelas ondas do oceano à medida que a noite cai, levando-nos simplesmente levar pela experiência da situação (e da faixa), que nos envolve de forma progressivamente nas suas camadas.
O disco de estreia homónimo de Fura Olhos tem data de lançamento marcada no próximo dia 29 de outubro, com selo Revolve.
Centro é o segundo disco de originais eclético de Joana Alegre
Joana Alegre revelou esta semana o seu segundo disco de originais, Centro. Com produção de Luísa Sobral, Centro é descrito pela artista como “um álbum de encontro e afirmação, e também de cura. Cada canção, sempre escrita em português, alude a um processo natural de cicatrização e pretende mostrar-nos como somos, com toda a serenidade e certeza, e em paz com todas as nossas imperfeições”.

Centro é um disco com uma sonoridade eclética, em que cada faixa apresenta uma pequena surpresa para o ouvinte. Há faixas que tendem para o indie pop, outras para uma pop mais barroca e outras que apontam para o lado de cantautora de Joana Alegre. O que une estas faixas todas acaba por ser a voz da artista, que nos apresenta sempre de forma calorosa as histórias de cada faixa, como se nos estivesse a abrir portas para um novo mundo a cada faixa. A instrumentação de cada faixa é extremamente orgânica e bem conseguida, soando num misto entre etérea, grandiosa e sensível, capturando as pequenas nuances de emoção que vão surgindo ao longo das faixas.
É essa a magia de Centro, sempre pronto a transportar-nos pelas ondas do seu universo adentro, “um centro que floresce e onde se renasce nesse espaço-tempo e lugar onde podemos habitar o que somos, plenamente livres e em paz”.
Leema estreia-se com o hyperpop de ‘lucky charm’
É com ‘lucky charm’ que Leema, produtor com base na cidade do Porto, se estreia oficialmente. Depois de vários remixes e beats lançados no Soundcloud, agora podemos finalmente ouvir o artista a sentir-se que está preparado para iniciar o seu caminho no mundo da música.
Em ‘lucky charm’, Leema apresenta uma faixa que gira em torno de manipulações de vocais de Charli XCX, usadas como uma espécie de instrumento extra para adicionar camadas extra a um instrumental que faz lembrar as experimentações sonoras de A.G. Cook misturadas com toques de música house e EDM do início da década de 2010. O resultado da mistura destas componentes todas é uma faixa super dançável, nostálgica e sonhadora, que coloca Leema como um produtor a observar para o futuro breve da eletrónica portuguesa.
Nenny apresenta ‘Do You Care’, o seu novo single em colaboração com a H&M
‘Do You Care’ é o nome do novo single de Nenny, o seu primeiro lançamento depois de ter-se estreado ao vivo no passado dia 9 de outubro no Festival Iminente, para grande celebração da artista e do público.
Nesta sua nova faixa, que surge de uma colaboração com a marca sueca H&M e que conta com produção de i.M e mixagem e masterização de Charlie Beats, Nenny transporta-nos para um mundo de neo soul. O instrumental é suave e assenta perfeitamente à performance vocal da artista, que nos premeia com versos sensíveis quase a fazer lembrar Cleo Sol e um refrão orelhudo, que simplesmente não conseguimos tirar da cabeça depois de o ouvirmos.
Orfélia lançam ‘Divina Força’, primeiro single do disco de estreia do duo
Anaïs Thinon e Filipe Mattos são quem dá voz a Orfélia, um projeto musical de inspiração luso-brasileira que se prepara para lançar o seu disco de estreia – Tudo o Que Move – em breve. O primeiro single a ser retirado desse disco é intitulado de ‘Divina Força’ e vê o duo abraçar uma sonoridade de indie psicadélico que soa a um cruzamento entre o psicadélico de grupos como Boogarins ou Carne Doce com as melodias pop que Mallu Magalhães ou YMA conseguem criar.
A evolução de ‘Divina Força‘ é impecável de se ouvir. Há uma sensibilidade de clima tropical que premeia a faixa, por entre os seus sintetizadores psicadélicos e baterias jazz-y, capazes de encantar qualquer um quando associados à voz de Anaïs. É uma faixa sonhadora, orelhuda, incrivelmente bem construída, que demonstra que vamos ter de ouvir o que os Orfélia oferecem no seu disco de estreia.
Rei Marte regressa com ‘Mais Uma Metáfora’
Quase um ano depois do seu último lançamento, Rei Marte está de regresso com uma nova cantiga, ‘Mais Uma Metáfora’. Gravada por Simão Reis e JAntónio Silva, e com produção de André Isidro no Duck Tape Melodies, ‘Mais Uma Metáfora‘ é talvez a canção mais pop friendly que o projeto lançou até ao momento.
Na suavidade das melodias das guitarras extremamente melosas deste single, influenciadas pelo slacker rock de uns Pavement e pelo garage rock de uns The Strokes, encontramos uma nostalgia que nos aquece o coração, transportando-nos para um final de tarde à beira rio em que simplesmente sentimos o tempo a passar e decidimos contemplar o que nos rodeia. Com uma refrão orelhudo para nos encantar, e a entrega muito característica de Simão Reis a arrebatar-nos a cada momento, ‘Mais Uma Metáfora‘ é uma canção que nos relembra porque é que o À Escuta elegeu a banda como uma melhores descobertas do ano de 2020.
Carlão junta-se aos SAL para ‘Não Sou da Paz’
É com uma colaboração surpreendente com Carlão que os SAL antecipam Passo Forte, o seu disco de estreia que irá ser lançado no próximo dia 29 de outubro.
Nesta canção que soa a um hino, a banda de Sérgio Pires (voz e braguesa), João Pinheiro (bateria), Daniel Mestre (guitarras) e João Gil (baixo), todos ex-Diabos na Cruz, e Vicente Santos (teclas) vai fazendo-a crescer em tom e força, juntando as influências de música tradicional portuguesa com o mundo do rock, como o grupo nos habituou nos seus dois singles anteriores.
Sobre este novo single, o grupo indica o seguinte em nota enviada à imprensa: “Esta canção, escrita com a intenção clara de fechar o nosso disco de estreia, pretende explorar a ideia de que a paz, em todas as suas formas, não é possível enquanto a sociedade moderna se sustentar no desequilíbrio, na iniquidade. Apenas a luta e a ação podem sossegar essa vontade de progresso, de mudança, de justiça“.
Tiago e os Tintos revelam ‘Sofia’, novo avanço do disco de estreia do grupo portuense
Para quem habita os círculos da música do Porto, o nome de Tiago e os Tintos é um que tem ecoado ao longo dos últimos anos pelos ouvidos desse lobby. O quarteto constituído por Bruno Duarte (baixo), Luís Gigante (guitarras), Miguel Ferreira (bateria e vozes) e Tiago Faria (guitarra e voz) parece estar cada vez mais perto de satisfazer a curiosidade de quem os já viu ao vivo, com a aproximação do lançamento do seu disco de estreia, O ecoar d’uma sirene.
Depois de terem lançado em julho deste ano ‘Veludo Negro’ como primeiro avanço desse trabalho, agora o grupo coloca cá fora ‘Sofia’, segundo single do grupo que agora faz parte da Saliva Diva. Com o seu post-hardcore ruidoso e melódico influenciado por grupos como Sonic Youth ou Drive Like Jehu, ‘Sofia‘ é um faixa orelhuda e crua, pronta a ser cantada a altos pulmões nas salas da cidade portuense e que aumenta a antecipação em torno daquilo que poderá ser a estreia do grupo, que estará para ser lançada brevemente.
Xinobi faz a ponte para 2022 com ‘Helium’
Xinobi prepara-se para iniciar a transição para a sua próxima fase criativa. Depois de um ano repleto de novos lançamento, o produtor começa a preparar o ano de 2022, em que lançará o seu próximo longa-duração, com o libertar de uma nova faixa ao mundo na forma de ‘Helium‘.
Esta é uma faixa que junta a escola de house que tanto Xinobi nos habituou com toques de minimal, pronta a colocar-nos a dançar sempre que ela pede (que, na realidade, é mesmo sempre). A atmosfera da faixa é inquietante e fantasmagórica, mas extremamente agradável ao ouvido, pronta sempre a largar melodias que nos encantam e nos transportam para o próximo momento que se segue na pista de dança.