A rentrée chegou com toda a força em setembro e a TVI foi o canal que mais saiu beneficiado. Queluz teve a maior subida do mês e viu a diferença face à SIC reduzir-se para o valor mais baixo desde março de 2019.
TVI recupera e reduz para metade a distância face à SIC
De acordo com os dados totais do dia (Live+VOSDAL), da responsabilidade da GfK/CAEM, a TVI protagonizou a maior subida deste mês de setembro. Apoiado pelo regresso do Big Brother, a conclusão da primeira temporada de Festa é Festa e a exibição de jogos da Liga dos Campeões, o canal de Queluz de Baixo, subiu um ponto percentual. Assim, dos 16,4% de share obtidos em agosto, a Quatro sobe para os 17,4% de quota de mercado em setembro. A TVI liderou quatro dias do mês, dois dos quais acima dos 20%.
Em comunicado, a TVI sublinha a subida de 6% do share de agosto para setembro, um valor que cresce 5% dentro do target ABCD 15/54. Queluz dá nota ainda da liderança de Festa é Festa, que se assume como a novela mais vista em Portugal. Da mesma forma, também Amar Demais, que terminou em setembro, foi líder no seu horário.
A rentrée não foi tão simpática para a SIC. Em sentido contrário com o que aconteceu no ano de 2020, a evolução de agosto para setembro foi negativa, com Paço de Arcos a deslizar 0,3 pontos percentuais, um recuo que atira o canal dos 19,0% para os 18,7% de quota de mercado. Este resultado do mês é mesmo o pior do ano para Daniel Oliveira, que atinge um mínimo mensal desde dezembro de 2020.
Em comunicado, a SIC destaca que esta foi a sua 32.ª vitória mensal consecutiva, enaltecendo a liderança no horário nobre, a vitória dos talk-shows Casa Feliz e Júlia e o primeiro lugar no acesso ao horário nobre.
Importa sublinhar que a distância entre as duas privadas passou assim por uma significativa redução. Dos 2,6 p.p. de diferença em agosto, passamos para 1,3 p.p. em setembro, ou seja, metade.
Tal como é possível analisar no quadro abaixo, a distância entre SIC e TVI atingiu o seu valor mais baixo de 2021. Aliás, já não se via uma diferença tão magra entre os dois canais desde março de 2019. Esse era apenas o segundo mês da sequência de vitórias mensais da SIC, altura em que venceu a TVI por uma diferença de 1,1 p.p.
Mês | Share da SIC | Share da TVI | Diferença entre SIC e TVI em pontos percentuais |
---|---|---|---|
Janeiro | 19,0% | 16,8% | 2,2 pp |
Fevereiro | 19,2% | 17,5% | 1,7 pp |
Março | 19,5% | 17,8% | 1,7 pp |
Abril | 20,2% | 17,5% | 2,7 pp |
Maio | 20,2% | 17,2% | 3,0 pp |
Junho | 20,4% | 17,3% | 3,1 pp |
Julho | 19,1% | 16,2% | 2,9 pp |
Agosto | 19,0% | 16,4% | 2,6 pp |
Setembro | 18,7% | 17,4% | 1,3 pp |
Média de 2021 até setembro | 19,5% | 17,1% | 2,4 pp |
RTP1 recupera do mínimo histórico, mas continua em baixo de forma
A RTP1 tem uma tímida recuperação de 9,9% para 10,4%. Dessa forma, sobe 0,5 pontos percentuais face àquele que foi o seu pior registo mensal de toda a histórica do canal. Ainda assim permanece como o segundo pior mês do ano para o canal público, que desta forma mantém-se abaixo da sua média anual, que é neste momento de 11,1% de share.
O segundo canal público abranda depois dos meses de verão mais fortes e recua de 1,4% para 1,1% de share em setembro. A RTP2 situa-se igualmente nos 1,1% de média anual.
Já a RTP3 registou um crescimento de 1,3% para 1,5% de quota de mercado. Dessa forma, setembro junta-se a janeiro como os dois melhores meses do ano para o canal noticioso, cuja média anual se fixa nos 1,4%.
Em sentido contrário esteve o canal da Cofina, que recuou 0,2 p.p. em setembro. A CMTV deslizou dos 4,6% para os 4,4% de share. A sua média anual é até hoje de 4,4% de quota de mercado.
Do lado dos restantes canais informativos, SIC Notícias e TVI 24 recuam uma décima cada um para os 2,0% e 1,3% de share respetivamente. O canal da Impresa tem uma média anual de 2,1%, longe dos 1,4% do informativo de Queluz.