Patty Jenkins partilhou a sua opinião sobre o lançamento de filmes em plataformas de streaming, durante o quarto dia (26) da CinemaCon. Em Las Vegas, a realizadora da sequela Wonder Woman 1984 (2020) lamentou que o seu filme tivesse seguido o modelo híbrido de estreias, implementado pela HBOMax no ano passado.
Segundo a Deadline, Jenkins descreveu o sucedido como “uma experiência de partir o coração” e “a melhor escolha entre um monte de más escolhas”.
“Foi muito prejudicial para o filme. Acho que não é igual em versão streaming nunca”, afirmou.
As declarações surgem depois da HBOMax ter colocado todo o seu catálogo de 2021 a estrear em cinemas e em streaming simultaneamente, devido à pandemia de Covid-19. Wonder Woman 1984 foi o primeiro filme a ser lançado nestes moldes em dezembro de 2020.
“Não sou fã do modelo híbrido e espero evitá-lo para sempre. Eu faço filmes para a experiência do grande ecrã”, acrescentou a realizadora.
De facto, as receitas de bilheteira de Wonder Woman 1984 apresentaram um decréscimo significativo. A longa-metragem arrecadou cerca de 140 milhões de euros a nível mundial, contrastando com as impressionantes receitas do original Wonder Woman (2017), estimadas em 700 milhões de euros.
Embora tenha trabalhado anteriormente em séries televisivas, Jenkins rejeita, assim, a possibilidade de alguma vez vir a trabalhar num filme em parceria com a Netflix.
“Eu gosto de trabalhar na Netflix para televisão, mas não faria nenhum filme com eles ou com qualquer outro serviço de streaming nestes termos. É difícil promover um filme quando este tem um lançamento limitado”, concluiu.
De momento, Patty Jenkins está envolvida na produção de Star Wars: Rogue Squadron, com estreia agendada para 2023. Wonder Woman 3 e uma versão cinematográfica de Cleopatra encontram-se também entre os seus próximos projetos.