A telenovela Viver a Vida muda de horário a partir desta segunda (23), numa movimentação de grelha que pode ser entendida como uma reação da SIC às recentes derrotas da telenovela Orgulho & Paixão, que chegou a ser ultrapassada por O Amor Acontece e Cristina ComVida nas últimas semanas.
Agora, e até ao final, a trama da autoria de Manoel Carlos, que entra agora em últimos episódios, passa a entrar no ar depois das 18h40, trocando de posição com a outra novela da Globo, que passa a arrancar às 18h15, logo após o final do programa Júlia.
Viver a Vida é uma reposição. Foi originalmente emitida pela SIC entre 2009 e 2010 no horário das 23h, em 180 capítulos. Protagonizada por Mateus Solano, Alinne Moraes, Taís Araújo, José Mayer e Lília Cabral, o autor desta história é o mesmo de grandes sucessos como Mulheres Apaixonadas e Páginas da Vida.
Orgulho & Paixão. A novela à la Jane Austen que ainda não arrebatou o público
Orgulho & Paixão, escolhida para substituir a bem-sucedida Êta Mundo Bom!, já teve 66 episódios emitidos pela estação de Paço de Arcos, e está com uma média de 6,1% de audiência média e 19,1% de share. É preciso recuar até 30 de julho para encontrar o último episódio com uma média superior a 20% de quota de mercado. Embora seja líder na globalidade das emissões, tem tido dificuldades em alcançar os resultados das antecessoras.
Lançada pela Globo em 2018, Orgulho & Paixão nunca tinha tido emissão em sinal aberto na televisão portuguesa, dado que a SIC optou por não a transmitir logo no ano de lançamento. Foi a Globo Portugal a assumir a estreia em Portugal. É a primeira telenovela do argumentista Marcos Bernstein, responsável por filmes como Central do Brasil e Meu Pé de Laranja Lima e é inspirada na obra de Jane Austen, de acordo com o próprio autor.
“Eu comecei a pensar quais seriam as obras de Jane Austen nas quais me poderia inspirar. Pensei logo em Orgulho e Preconceito, que foi a primeira grande trama que procurei como ponto de partida para contar esta história. A partir da história da mãe que quer casar as cinco filhas, de Orgulho e Preconceito, eu depois pude criar à minha maneira”, explicava o autor na altura da estreia, em declarações citadas pelo site Teledramaturgia.