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Curtas
Fonte: João Brites | Curtas Vila do Conde

29.ª edição do Curtas Vila do Conde conta com 17 filmes portugueses

A 29.ª edição do festival Curtas Vila do Conde conta com 17 filmes de realizadores portugueses no cartaz, afim de disputar a competição nacional. O evento realiza-se entre 16 e 25 de julho.

O cartaz conta com realizadores que regressam ao festival, como é o caso de Ana Moreira (Cassandra Bitter Tongue), Ico Costa (Timkat), Leonor Noivo (Madrugada), Eduardo Brito (Lethes) ou Paulo Patrício (O teu nome é), mas também com nomes novos, como Paolo Marinou-Blanco (Nada nas mãos) ou Filipe Melo (O Lobo Solitário).

Os filmes de Inês Melo (A Casa do Norte), Francisco Moura Relvas (Armazónia), António-Pedro (Carta Branca), Rosa Vale Cardoso (Se o que oiço é silêncio), Ana Mariz (Matilde olha para trás), Rodrigo Braz Teixeira (Miraflores), José Magro (Nha Sunhu), Bruno Lourenço (Oso), Mónica Martins Nunes (Sortes) e Mário Macedo (Terceiro Turno), também integram o cartaz da edição de 2021 das Curtas Vila do Conde.

Nas palavras da organização do festival, os 17 filmes que que constituem o cartaz completam “uma rota pelo cinema contemporâneo português: tradições coletivas e histórias individuais, a ruralidade e suas paisagens, a família e a intimidade, com as tensões sociais aí implícitas e com abordagens que desafiam quaisquer constrangimentos normativos ou de género”.

Ao todo, o festival conta com 236 filmes, que, segundo a organização, se encaixam num “olhar transversal sobre o cinema mundial, onde os filmes dilatam os tempos, expandem as temporalidades e declinam cronologias e efemérides”.

Curtas de Vila do Conde
Imagem: divulgação

Devido às contingências impostas pela pandemia de covid-19, a 29.ª edição do festival realiza-se em formato misto, tal como ano passado, com exibições em sala de espetáculo e nas plataformas digitais.

Hollywood Daydreams and Nightmares e o restante programa das Curtas Vila do Conde

Para além da competição nacional, o festival traz uma panóplia de atividades e programas que explora tanto cinema contemporâneo, como clássico.

No programa Hollywood Daydreams and Nightmares, o festival apresenta filmes como Mulholland Drive, de David Lynch, O Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder, Serenata à Chuva, de Gene Kelly e Stanley Donen, Cativos do Mal, de Vincente Minnelli, e Realité, de Quentin Dupieux.

Nesta edição, o Curtas Vila do Conde homenageia também o trabalho de quatro realizadores, a dupla iraniana Ali Asgari e Farnoosh Samadi, da grega Jacqueline Lentzou e do português Jorge Jácome, que, nas palavras da organização, “revelam uma abordagem contemporânea e vanguardista, pontualmente disruptiva, que atravessa as fronteiras dos géneros e ousa experimentar os limites da linguagem cinematográfica”.

Assim, os filmes destes quatro autores, que “abrem uma porta de entrada para o pensamento contemporâneo de uma nova geração de cineastas que, a par da relevância estética, levantam novas leituras para problemáticas políticas”, fazem parte da componente não competitiva do festival.

Mantendo a linha de edições anteriores, mesmo com as limitações impostas pela pandemia, o festival continua com programas destinados ao público familiar e mais jovem, denominados Curtinhas e My Generation, que integram tanto uma seleção de curtas contemporâneas e o clássico O Garoto, de Charles Chaplin.

A 29.ª edição do Curtas Vila do Conde continua também com o programa Take One!, que dá oportunidade a realizadores de cinema ainda estudantes, tanto nacionais como internacionais, de mostrarem os seus trabalhos.

Este ano estará também presente a aposta na pluralidade e complementaridade das artes, com a Solar – Galeria de Arte Cinemática, que traz  uma exposição individual do realizador e artista português Diogo Costa Amarante.