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Impresa SIC
Fotografia: Grupo Impresa

Impresa nega “falência técnica” e leva jornal ‘Nascer do Sol’ a tribunal

A Impresa vai avançar com um processo judicial contra o jornal Nascer do Sol, que noticiou na sua última edição a alegada “falência técnica” do grupo que detém a SIC e o Expresso, bem como a existência de “400 milhões de dívidas à banca”.

Em comunicado, o grupo Impresa anunciou esta segunda-feira (31) que “exercerá o seu direito de resposta e retificação, nos termos da lei, e avançará com um processo judicial”.

Na edição do passado sábado, 29 de maio, o Nascer do Sol fez manchete como título “Grupo de Balsemão em falência técnica”, na sequência da nova emissão obrigacionista lançada pela Impresa este mês. A operação financeira, no montante global de até 30 milhões de euros, permitirá ao grupo substituir parte da sua dívida com vencimento em 2022 por dívida com reembolsos de capital em 2025, a uma taxa de juro mais baixa.

A notícia, publicada também nas edições digitais do Nascer do Sol e do Inevitável, duas publicações do grupo Newsplex, referia também a existência de dívidas à banca a rondar os 400 milhões de euros.

A Impresa garante que as notícias são “falsas e lesivas da reputação económica do grupo”. No mesmo comunicado, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão sublinha que “reforçou, sim, a solidez verificada em 2019, registando, em 2020, uma autonomia financeira de 36,8%” e a dívida líquida total à banca “no final de 2020 era de 152,8 milhões de euros, sendo este o valor mais baixo desde 2005”.

Nascer do Sol publica retificação

Entretanto, o antigo jornal Sol publicou esta segunda-feira (31) na sua versão digital uma nota, onde retifica a parte da notícia referente à dívida da Impresa aos bancos. “Referiu-se, por lapso, que a dívida à banca ronda os 400 milhões de euros. Ora, de acordo com o comunicado hoje emitido pela Impresa, a dívida à banca no final de dezembro era de cerca de 152 milhões de euros”, pode ler-se na retificação.

O semanário dirigido por Mário Ramires reconhece ainda que “o que ronda os 400 milhões de euros (391 milhões) é o capital próprio e o passivo total (curto, médio e longo prazo) do Grupo, que apresenta uma goodwill de 268 milhões de euros”.