Apenas um ano e quatro meses depois do lançamento, a Disney+ atingiu um marco histórico no crescimento de uma plataforma de streaming. O serviço ultrapassou os 100 milhões de subscritores a nível global, anunciou a gigante norte-americana esta terça-feira (9).
Os números, revelados pelo CEO cessante Bob Chapek num evento para investidores da Disney e noticiados pela imprensa especializada dos EUA, apontam um crescimento raro para uma plataforma semelhante. Em termo de comparação, a Netflix, que opera no mercado desde a última década e tem-se expandido para o mundo ao longo dos últimos anos, anunciou em janeiro ter ultrapassado os 200 milhões de subscritores.
O serviço da Disney, lançado oficialmente em novembro de 2019, solidifica a sua posição como vice-líder no setor dos SVoD (Subscription Video on Demand), com a Netflix ainda na primeira posição. Em fevereiro, a companhia anunciava um total de 94 milhões registados até ao início de janeiro.
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Embora a companhia não tenha revelado um número exato e dados concretos sobre o que terá contribuído para este aumento, a fichas caem sobre WandaVision, série da Marvel que se tornou num dos produtos televisivos mais populares nos primeiros meses de 2021. O lançamento da animação Raya e o Último Dragão através da funcionalidade Premier Access (também em Portugal) em grande parte dos mercados onde opera, assim como lançamento da aba Star, em fevereiro, com produções dos outros estúdios detidos pela empresa, também terão sido fulcrais para esta subida em poucos meses.
No ano passado, o lançamento de sucessos como Soul – Uma Aventura Com Alma exclusivamente na plataforma também aumentaram as contas. Para este ano, está previsto o lançamento de diversas séries e filmes originais – com a próxima grande aposta a estar em O Falcão e o Soldado do Inverno, da Marvel, a estrear a 19 de março – e a atualização constante do catálogo da Star.
Estes números, no entanto, são a junção de apostas distintas em diferentes mercados. Nos EUA, os valores poderão ser ainda maiores, uma vez adicionados os dados respetivos às adesões a plataformas como a Hulu e a ESPN+, normalmente publicitadas através de bundles conjuntos. O mesmo acontece na Índia, com a versão Disney+ HotStar, uma junção da plataforma com um serviço já existente que agrega centenas de conteúdos nacionais e internacionais, da Disney e de dezenas de outras produtoras; o país é o segundo maior consumidor de televisão paga do mundo, apenas atrás da China.
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Devido ao sucesso da plataforma, o presidente-executivo da Disney anunciou um objetivo para o lançamento de mais de 100 novos títulos por ano, incluindo produtos de animação, live-action e séries e filmes da Marvel, Star Wars e National Gepgraphic. “O negócio direto para o consumidor é a principal prioridade da companhia e o nosso robusto alinhamento de conteúdos vai continuar a ver o seu crescimento potenciado”, disse Bob Chapek.
Lançado em 2019 em países como os Estados Unidos, Austrália, Países Baixos e o Canadá, continuou a sua expansão ao longo de 2020 com a chegada a países da Europa e da América Latina. A Disney+ chegou a Portugal em setembro do ano passado e será, atualmente, a quarta plataforma de streaming com mais utilizadores no país.