A partir da meia-noite da passada quinta-feira (14), todas as salas de concertos encerraram, levando ao cancelamento dos concertos agendados. A ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou que todos os espetáculos cancelados devido ao novo período de confinamento terão de ser reagendados até 31 de março.
Esta medida corresponde à renovação do decreto-lei de março de 2020, que legislava sobre espetáculos cancelados ou reagendados entre fevereiro e setembro desse ano. Este novo decreto também prevê um apoio de até 50% aos trabalhos artísticos não realizados, com a possibilidade das entidades públicas pagarem até metade do valor.
A informação foi anunciada durante a conferência de imprensa da ministra da Cultura, onde foram apresentadas as medidas de apoio ao setor, entre as quais se destacaram o aumento da quota de música portuguesa nas rádios para 30% e os 42 milhões de euros a fundo perdido a serem distribuídos de forma universal e não concursal.
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Na mesma ocasião, Graça Fonseca reagiu à indignação manifestada por muitas pessoas nas redes sociais por ser possível assistir a uma missa mas não a um espetáculo, realçando que “em momento algum foi suspenso o direito à liberdade religiosa, não é possível pela Constituição. Não foi suspenso no anterior confinamento e não é agora. A liberdade religiosa não pode ser afetada em estado de emergência. Nunca foi suspensa e não pode ser suspensa nos termos da Constituição”.
A ministra da Cultura acrescentou também que, no último trimestre de 2020, Portugal foi dos poucos países que manteve os equipamentos culturais abertos. No entanto, e apesar de perceber a frustração causada pelo encerramento dos espaços culturais, sublinha que “a decisão do governo nesta matéria é que a regra é temos de ficar em casa”.
A revista Blitz resumiu todos os concertos cancelados ou adiados devido ao novo período de confinamento. Podes consultar essa lista aqui.