O jornal digital The Pudding lançou um projeto de Mike Lacher e Matt Daniels, que avalia quão mau é o teu Spotify. O projeto ganhou popularidade em dezembro deste ano, depois do habitual Spotify Wrapped.
Enquanto Lacher é um escritor freelancer, Daniels é um digital creator, que diz perseguir a fama na internet desde 2014. Assim, os dois juntaram-se para criar uma aplicação para The Pudding. Segundo a aplicação, esta foi “treinada seguindo uma base de dois milhões de indicadores de música objetivamente boa”. Ou seja, nesta lista constam publicações como a Pitcfork, Stereogum, BrooklynVegan, e o youtuber Anhtony Fantano, crítico de música.
Assim, esta aplicação é uma paródia do Spotify Wrapperd, que todos os anos revela aos utilizadores o que estes mais ouviram nos últimos meses. Então, na página principal da aplicação, vê-se versões modificadas das playlists criadas automaticamente pelo Spotify. Ou seja, temos “Pior de 2020“, ao invés de “Melhor de 2020“, ou “Isto é o Básico”.
Depois de fazer log-in com o Spotify, a aplicação avisa que a plataforma limita a quantidade de utilizadores que podem fazer o teste. Então, pode demorar algum tempo até ser permitido.
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Assim que o acesso é permitido, somos bombardeados com comentários pretensiosos. Por exemplo, “A sério que ouves a ‘Make You Feel My Love‘ do Bob Dylan?“. Depois, seguem-se opções de resposta, como “Sim“, “Não” e “Partilho a minha conta com outra pessoa“. No entanto, nada impede os comentários condescendente da aplicação.
Por fim, o bot atribui uma descrição cheia de adjetivos para caraterizar o gosto de cada utilizador. Estes podem ser “k-pop-for-breakfast-wet-ass-kombucha-brewing bad“, por exemplo. O bot também informa quão “básico” o gosto musical de cada um é. Contudo, por mais baixa que seja a percentagem, prosseguem comentáros como “não estás a enganar ninguém“.
No entanto, The Pudding é um jornal on-line, independente desta aplicação. O jornal diz “explicar ideias debatidas culturalmente, a partir de vídeo-ensaios“. Assim, o projeto salienta que “os vídeo-ensaios são uma nova forma emergente de jornalismo“, pois “as histórias visuais tornam as ideias mais acessíveis“.