Letitia Wright, atriz de Black Panther, apagou a sua conta do Twitter e Instagram depois das reações negativas que recebeu após ter partilhado um vídeo que levanta dúvidas quanto à vacina contra a Covid-19.
Dias antes de ter apagado a sua conta no Twitter, a partilha do vídeo de 70 minutos causou discussão no Twitter, onde os utilizadores e seguidores da atriz na rede social suspeitaram que a atriz partilharia a mesma opinião. No vídeo, o apresentador de On The Table, Tomi Arayomi – um “profeta e diretor da Prophetic Voice TV“, como diz na sua página oficial de Facebook – questiona a vacina produzida pela Pfizer, recentemente aprovada no Reino Unido, onde começará a ser administrada esta semana. No entanto, o apresentar admite não ter qualquer entendimento sobre a ciência que está por detrás da mesma, estando a dar somente a sua opinião.
Depois das críticas, a atriz publicou no Twitter, em resposta, que “se não se conformam com opiniões populares, mas fazem perguntas e pensam por vocês mesmos… são canceladas“, fazendo referência à cancel culture, que acusa de “cancelar” celebridades com base nos seus atos ou opiniões, nomeadamente online.
Na conta apagada no Twitter, Letitia Wright continuou a defender a partilha. “A minha intenção não é ofender ninguém, a minha ÚNICA intenção em partilhar o vídeo é levantar as minhas preocupações sobre o que a vacina contém e o que estamos a meter nos nossos corpos. Nada mais“.
No vídeo, Tomi Arayomi diz que “não sabe” se confia “nesta vacina“, acrescentando que espera, “por Deus”, que a vacina “não faça crescer membros adicionais” às pessoas que tomarem a vacina. Don Cheadle, que contracenou com Wright em vários filmes da Marvel, descreveu o vídeo como “lixo viral“.
“Os tweets de Letitia Wright são a ponta do icebergue“
No entanto, a partilha de conteúdo enganosos não se limita a Wright e Arayomi. O jornal britânico Evening Standart, publicou um artigo onde afirma que 36% do povo britânico está incerto, ou contra, o plano de vacinação. Esta posição é preocupante, pois os estudos da academia britânica e o grupo SET-C da The Royal Society concluem que é preciso que 80% da população receba pelo menos uma dose da vacina para ter imunidade de grupo.
Várias organizações de saúde combatem movimentos antivacina há décadas. Contudo, na era digital, onde a desinformação – e teorias da conspiração – se espalha rapidamente, este combate torna-se mais complicado. Por isso, o NHS, serviço nacional de saúde inglês, está a preparar um painel de caras famosas “bastante sensíveis” para encorajar à vacinação.