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Mark Ruffalo em Zodíaco

Mark Ruffalo: uma carreira que vai muito além de Hulk

Mark Ruffalo completa 53 anos este domingo, dia 22 de novembro. O ator e cineasta é conhecido por vestir a pele de Bruce Banner, também conhecido como o Fantástico Hulk, nos filmes do Universo Marvel. No entanto, toda uma carreira se esconde por detrás do fantástico ser verde, por entre trabalhos que vão do suspense ao drama e à comédia. No dia do aniversário do ator, o Espalha-Factos recorda alguns dos principais papéis do artista que vão além da Marvel.

Nasceu a 22 de novembro de 1967 na cidade de Kenosha, no Wisconsin. Mark Ruffalo iniciou o percurso no ramo da representação quando se mudou para a universidade em San Diego, a um passo de Los Angeles, onde começou a ter aulas e foi cofundador do Orpheus Theatre Company. Apesar das dificuldades em despertar a atenção da indústria de televisão ou do cinema, em 2000 viu acender-se uma primeira luz ao fundo do túnel, com o filme Podes Contar Comigo, de Kenneth Lonergan. A partir daí, passou por várias produções nos mais variados géneros: ação, comédia, suspense, thriller e drama, sem nunca esquecer a grande paixão pelos filmes independentes. A lista que se segue apresenta alguns dos papéis que cunharam o nome do ator na indústria da Sétima Arte, além do de Hulk.

Terry, em Podes Contar Comigo

Mark Ruffalo em Podes Contar Comigo

No primeiro papel que lhe trouxe a atenção da indústria, Mark Ruffalo veste a pele de Terry, um órfão desde criança e adulto auto-destrutivo, desorganizado e temperamental. No entanto, tudo muda quando Terry tem de se reunir com a irmão, Sammy (Laura Linney), uma mulher organizada, que trabalha num banco e cuidas sozinha do filho de oito anos, na casa que os pais lhes deixaram. Sozinhos desde sempre, os dois vão ser obrigados a lidas com os defeitos um do outro para poderem finalmente formar a família que nunca tiveram. O filme de Kenneth Lonergan recebeu críticas altamente positivas dos críticos e várias de indicações a prémios do cinema, incluindo duas indicações aos Óscares.

David Abbot, em Enquanto Estiveres Aí

Em Enquanto Estiveres Aí, Mark Ruffalo é David Abbot, um homem com uma vida completamente normal, até que aluga um apartamento encantador em São Francisco. Inicialmente com a ideia de que iria viver sozinho, quando se começa a instalar, David é surpreendido pela aparição repentina de Elizabeth (Reese Witherspoon), uma rapariga teimosa que insiste que é a proprietária do apartamento. Rapidamente o homem começa a discutir o mal-entendido, mas Elizabeth desaparece tão misteriosamente como apareceu. David muda as fechaduras, mas nada para a rapariga, que passa a vida a repreendê-lo pela forma como trata o apartamento. O protagonista convence-se então de que a jovem não passa de um fantasma e tenta ajuda-la a “passar para o outro lado”. Contudo, Elizabeth está convencida que está viva e que não vai a lado nenhum e David passa a desejar que tal seja verdade quando a relação entre ambos se começa a transformar.

Inspetor Dave Toschi, em Zodíaco

Desta vez a trabalhar com David Fincher, o ator vai interpretar o inspetor Dave Toschi, do Departamento de Polícia de São Francisco. Tudo começa a 1 de agosto de 1969, quando três cartas diferentes são enviadas, pelo mesmo rementente, aos jornais San Francisco Chronicle, San Francisco Examiner e Vallejo Times-Herald. A carta enviada ao primeiro contém a confissão de um assassinato e as três juntas formam um código que supostamente revelaria a identidade do assassino. A exigência é apenas uma: que as cartas sejam publicadas, caso contrário mais pessoas morrem. O inspetor Dave Toschi vai ter então de descodificar a mensagem e descobrir a intenção do criminoso, para o apanhar, com a ajuda do tímido cartoonista Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal).

Chuck Aule, em Shutter Island

No filme de suspense psicológico de Martin Scorsese que remonta ao ano de 1954, o artista veste a pele de Chuck Aule, o parceiro do agente federal Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio). Os dois agentes viajam para o Hospital Ashecliffe para criminosos com doenças psiquiátricas, em Shutter Island, para investigar o desaparecimento da paciente Rachel Solando, presa por afogar os três filhos. No entanto, nem tudo vai ser assim tão fácil, uma vez que uma tempestade os impede de regressar durante dias e a única pista que têm é uma nota enigmática encontrada escondida no quarto de da paciente. “A lei de 4; quem é o 67?”, lê-se no bilhete que instala o caos.

Dylan Rhodes, em Mestres da Ilusão

Em Mestres da Ilusão, um grupo de quatro mágicos norte-americanos – J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merrit McKinney (Woody Harrelson), Henley Reeves (Isla Fisher) e Jack Wilder (Dave Franco) – apresenta um espectáculo de magia nunca antes visto. Tudo começa quando, em primeiro lugar, surpreendem a audiência ao roubar, em tempo real, um banco em França. Logo depois, dividem os lucros pelas contas bancárias de cada um dos espectadores. No meio de toda esta confusão, o Mark Ruffalo representa Dylan Hobbs, um agente do FBI que está determinado a punir o grupo pelos crimes e a deter todos os membros antes que consigam realizar o que promete ser um assalto de proporções absolutamente inesperadas. Aliado à agente da Interpol Alma Dray (Mélanie Laurent), ambos estão conscientes que a tarefa de antecipar a jogada do grupo para os apanhar não vai ser nada fácil.

Dan Mulligan, em Num Outro Tom

Num Outro Tom:

Na produção de John Carney, o intérprete é o produtor musical Dan Mulligan. O homem encontra-se num ciclo de desventuras: acabou de ser despedido, a sua ex-mulher e filha não têm qualquer consideração por ele e os problemas económicos são cada vez maiores. Porém, quando conhece Gretta (Keira Knightley) e ouve a música que a jovem compôs, Dan vê nela uma artista que o pode levar de volta ao sucesso. O que o protagonista não esperava era que, para além de mudar a sua carreira, Gretta vai também ajudá-lo com os restantes problemas da sua vida, enquanto vai também ela refletindo sobre os seus problemas pessoais.

Michael Rezendes, em O Caso Spotlight

O trabalho do realizador Thomas McCarthy apresenta a história verídica de uma equipa de jornalistas do The Boston Globe que, em 2002, expôs um escândalo de pedofilia na Igreja Católica, até então encoberto por altos dirigentes da instituição. No projeto, o ator interpreta um repórter incansável que é convincente de início ao fim, apesar de contrastar muito com a sobriedade dos colegas. O Caso Spotlight venceu em 2016 os Óscares de Melhor Filme e de Melhor Argumento Original. Mark Ruffalo esteve nomeado para o prémio de Melhor Ator Secundário, pela sua prestação.