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Dia Mundial do Cinema. As adaptações literárias mais surpreendentes

É comum, quase habitual, que um bom livro – ou um livro com uma história ou enredo interessante – seja adaptado ao grande (ou pequeno) ecrã. Muitas vezes, essas adaptações são óbvias, partilhando com a obra que a inspirou o mesmo título. Mas, por vezes, há filmes que, seja pela maestria da realização e adaptação do argumento ou pela diferença entre a matéria prima e o resultado final, o público pode andar anos – ou décadas – a assumir que se trata de uma história original. No Dia Mundial do Cinema, o Espalha-Factos traz-te uma lista de filmes que são, na verdade, adaptações de obras literárias – algumas bem célebres, outras nem tanto, mas que ficaram imortalizadas no grande ecrã, às vezes sem nós nos apercebermos.

Clueless (As Meninas de Beverly Hills), 1995

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Uma das comédias adolescentes mais icónicas dos anos 90, com Alicia Silverstone, Brittany Murphy, Stacey Dash e Paul RuddClueless é, na verdade, uma adaptação de Emma, de Jane Austen. O filme, no entanto, passa-se em Beverly Hills, onde vive Cher Horowitz, uma rica, bonita e popular estudante do secundário que trava amizade com Tai Frasier, e decide dar-lhe uma makeover e arranjar-lhe namorado. Muitas das personagens e momentos importantes da história tem paralelos com a obra literária: Cher é Emma, Tai Frasier é Harriet Smith, e Josh é Mr. Knightley, interpretado por Paul Rudd. O filme tornou-se um sucesso e é hoje um clássico de culto do género.

Jurassic Park, 1993

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A saga de ação e ficção científica que pôs os dinossauros na moda, cujos primeiros dois filmes foram realizados por Steven Spielberg, não é, na verdade, uma ideia original. Aliás, o estúdio terá comprado os direitos da obra ainda antes da sua publicação. Tanto o primeiro filme, Jurassic Park, como o segundo, The Lost World (1997), são adaptações dos livros do mesmo nome de Michael Crichton, publicados em 1990 e 1995, respetivamente. Crichton foi, aliás, co-autor do argumento de Jurassic Park juntamente com David Koepp. A história foi escrita como um aviso para os perigos da engenharia genética, e uma exemplificação da teoria matemática do caos.

Goodfellas (Tudo Bons Rapazes), 1990

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Considerado um dos melhores filmes de sempre, especialmente dentro do género, Goodfellas conta a história do mafioso Henry Hill e seus associados e família entre 1955 e 1980. Por muitos considerado a magnus opus de Martin Scorcese, o filme junta Robert de Niro, Joe Pesci – dupla que se voltou a reunir em O Irlandês -, Ray Liotta, Lorraine Bracco e Paul Sorvino, mas o que talvez não saibam é que o filme é uma adaptação do livro de não ficção Wiseguy, de Nicholas Pileggi, publicado em 1985. O repórter trabalhou diretamente com Scorsese na adaptação do livro, escrevendo o argumento, e foi consultado pelos atores para a construção das personagens. Inicialmente, o realizador tinha até pensado em manter o título, o que não acabou por acontecer. O filme acabou por ter seis nomeações para os Óscares, incluindo Melhor Filme, tendo vencido Joe Pesci como Melhor Ator Secundário.

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The Shawshank Redemption (Os Condenados de Shawshank), 1994

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Muitas obras de Stephen King foram já adaptadas ao cinema: IT, Carrie, The Shining, para citar só alguns. Mas muitos não sabem que este drama, protagonizado por Tim Robbins e Morgan Freeman, escrito e realizado por Frank Darabont, é também uma delas. The Shawshank Redemption é baseado no conto Rita Heyworth and the Shawshank Redemption, parte do livro Different Seasons, publicado em 1982, uma coleção de quatro contos – não de terror, mas dramáticos -, um para cada estação do ano. O subtítulo deste conto era, aliás, Hope Springs Eternal. Todos os contos da obra (menos um) já foram adaptados ao cinema.

Apocalypse Now, 1979

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Considerado um dos melhores filmes da história do cinema, Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, é uma adaptação da novela Heart of Darkness, o clássico vitoriano de Joseph Conrad, publicado em 1899, que explora os horrores – físicos e psicológicos – do colonialismo europeu em África. Coppola e John Millius, que colaboraram na escrita do argumento, transpuseram o cenário para os seus tempos e focaram-se na Guerra do Vietname e no intervencionismo norte-americano, mas a mensagem mantém-se. O que também ficou foi a personagem do Coronel Kurt e várias falas da obra, incluindo a eterna “O horror! O horror!”. Com Robert Duvall, Martin Sheen, Laurence FishborneHarrison Ford, Dennis Hopper e Marlon Brando, o filme contou com imensos problemas nas gravações, sofreu múltiplos atrasos durante a produção e edição, e acabou por estrear em Cannes inacabado, valendo a Coppola, mesmo assim, a Palma de Ouro.

Full Metal Jacket (Nascido para Matar), 1987

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E, para terminar, mais um filme de guerra passado durante a Guerra do Vietname. Full Metal Jacket, de Stanley Kubrick, é um dos vários filmes do grande realizador que são adaptações de livros, como The Shining (obra do mesmo título de Stephen King), Laranja Mecânica (livro homónimo de Anthony Burgess) e Dr. Strangelove (Red Alert, thriller de Peter George). Neste caso, a obra é The Short-Timers (1979), do veterano de guerra Gustav Hasford, baseado na sua experiência pessoal. O autor, juntamente com Kubrick e Michael Herr (autor de Dispatches), foram os responsáveis pelo argumento adaptado, que foi nomeado para o Óscar. A história segue um pelotão de soldados americanos enquanto estes treinam, nos EUA, e na frente de batalha, no Vietname.

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