O filme Mosquito, do realizador português João Nuno Pinto, levou para casa o prémio de Melhor Fotografia e Melhor Banda Sonora na Mostra de Valência – Cinema Del Mediterrani, em Espanha.
A produção portuguesa saiu com dois prémios: O galardão de Melhor Fotografia para o diretor de fotografia, Adolpho Veloso, e Melhor Banda Sonora para o músico Justin Melland.
Mosquito é uma longa-metragem da Leopardo Filmes em coprodução com a francesa Alfama Films Production. A APM Produções (Portugal), a Delicatessen (Brasil) e a Mapiko Filmes (Moçambique) fizeram também parte do processo de coprodução da obra.
O filme do realizador português conta já com um vasto currículo, tendo sido “escolhido como o Filme de Abertura da 49º. edição do IFFR – International Film Festival Rotterdam” (Alemanha), afirma a nota de imprensa. No Festival, Mosquito integrou também a Seleção Oficial – Big Screen Competition.
Desde então a película tem percorrido vários cantos do mundo e “já foi selecionada para cerca de duas dezenas de festivais (na Europa, Ásia e América do Sul)”. O filme de João Nuno Pinto “estreou em Portugal e em França (com grandes elogios críticos), e tem também assegurada distribuição no Brasil, entre outros países”, acrescenta o comunicado.
Em nota enviada à Agência Lusa é dito que o filme “foi, recentemente, nomeado com o candidato português aos Prémios Goya”, para a edição do próximo ano, que contará com 16 candidatos e se realizará em Espanha.
A obra do realizador português aborda a jornada de um soldado jovem Português sedento por viver grandes aventuras heróicas durante a Primeira Guerra Mundial. Zacarias é enviado para Moçambique e vê-se abandonado pelo seu pelotão e parte numa longa odisseia mato adentro, à procura da guerra e dos seus sonhos de glória.
João Nuno Pinto afirma que o filme “vai buscar uma história do passado para nos confrontar com as escolhas do presente”. A história de Zacarias é uma história onde “somos confrontados com o horror da guerra e a subjugação dos povos africanos pelos europeus através do domínio colonial”, acrescenta.
O autor do filme acredita que quem o vê acabe por conhecer um pouco melhor “um pedaço esquecido da nossa história, a Primeira Grande Guerra em África, obrigando-nos a refletir sobre um período muito maior que foi o nosso direito em subjugar e “civilizar” outros povos que, convenientemente, considerávamos inferiores”.