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Mário Ferreira
Fotografia: Douro Azul

Mário Ferreira queixa-se à ERC de “ataques” da Cofina

O empresário Mário Ferreira apresentou esta segunda-feira (28) na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) uma queixa contra a Cofina. O acionista da Media Capital justificou a denúncia com os “ataques” de que considera ser alvo por parte das publicações do grupo.

No seu entender, o objetivo da dona da CMTV e de publicações como o Correio da Manhã, a Sábado ou o Jornal de Negócios é o de “condicionar decisões da ERC e CMVM [Comissão de Mercados e Valores Mobiliários]” acerca da sua entrada no capital da dona da TVI e da Rádio Comercial.

“Ao longo de meses temos sido vítimas de ataques, notícias do grupo Cofina e das suas diversas publicações, que são já mais de 250 — e essas só relacionadas à minha pessoa, para não falar sobre as notícias da Media Capital”, queixou-se o empresário em declarações à TSF. Mário Ferreira conclui que “há uma clara perseguição e tentativa de manipulação dos mercados com o objetivo de baixar preços, afastar potenciais investidores e comprar ao desbarato”.

Mário Ferreira diz ter optado pelo silêncio, “respeitando as competências do regulador para ver se teriam alguma intervenção”, mas como essa intervenção “não aconteceu”, decidiu pedir uma “intervenção urgente da ERC na adoção de medidas que assegurem as regras legais, éticas e deontológicas que regem o exercício da liberdade de imprensa, que a Cofina optou por não usar”.

Para o dono da Douro Azul, as notícias que visam o empresário e a Media Capital são publicadas porque “os acionistas da Cofina querem ainda, em total desespero, comprar o remanescente das ações da Prisa, que detinha a Media Capital”.

Recorde-se que a 14 de maio o empresário, através da Pluris Investments, comprou 30,22% da Media Capital por 10,5 milhões de euros. Mário Ferreira manifestou entretanto a intenção de vender toda a participação que ainda detinha na Cofina, e que rondava os 2,5%.

Cofina

Cofina defende-se das críticas e mantém interesse na Media Capital

A Cofina defendeu-se esta terça-feira (29) das acusações de Mário Ferreira. Em declarações à agência Lusa, uma fonte oficial assegurou que o grupo liderado por Paulo Fernandes pauta a sua atuação “pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis”.

“A Cofina, sendo um grupo admitido à negociação em bolsa e que atua num setor objeto de apurada regulação e visibilidade social, encontra-se sujeita a um permanente escrutínio no exercício da respetiva atividade”, argumentou a fonte oficial da empresa, que garante guiar-se pelas “diretrizes das autoridades competentes”.

Apesar das várias reviravoltas no processo de compra da Media Capital, a Cofina reafirma que ainda não desistiu do negócio. “Conforme é do conhecimento público, a Cofina anunciou uma oferta pública de aquisição sobre a Media Capital, que se encontra atualmente a correr os seus termos, e no âmbito da qual a Cofina obteve já autorização da ERC e a não oposição da Autoridade da Concorrência”, prosseguiu a mesma fonte.

A Cofina mantém assim o objetivo de “por via da integração no respetivo grupo, promover o desenvolvimento empresarial da Media Capital, valorizando-a enquanto meio de comunicação de elevado interesse público”.

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