Desde o dia em que a relação entre Meghan Markle e o príncipe Harry foi anunciada, a vida da atriz e modelo deu uma volta radical. A celebrar 39 anos nesta terça-feira (4), contamos-te quem era Meghan antes do título de Duquesa de Sussex e a sua jornada como membro da família real britânica.
No dia 4 de agosto de 1981 nasceu em Los Angeles aquela que viria a ser uma das maiores rolemodels da nossa geração. Criada em Hollywood, Meghan Markle frequentou escolas privadas, incluindo o ensino superior, onde se juntou a uma fraternidade e participou em vários eventos de solidariedade enquanto tirava o curso de Comunicação e Teatro, terminado em 2003.
A vida antes da família real
Influenciada pelo pai, Thomas Markle, que trabalhava na indústria do entretenimento, Meghan vivia de perto a realidade da representação e acabou por desenvolver interesse por esse mundo. Ainda antes de terminar o curso, foi descoberta por um agente que viu a sua participação num filme da faculdade, e conseguiu o seu primeiro trabalho num episódio de General Hospital.
Nos anos seguintes, para além de manifestar a sua vontade de lutar para que todas as mulheres tenham uma voz, chegando a escrever uma carta a Hillary Clinton sobre as dificuldades que sentiu enquanto crescia num ambiente racista, a atriz participou em vários episódios de 90201, CSI: Nova Iorque, Fringe e Without a Trace.
Essas aparições rapidamente a tornaram numa estrela em ascensão, até que surgiu Suits, um projeto mais consistente em que interpretou um dos papéis principais. Rachel Zane é assistente no escritório de advogados Pearson Hardman e trabalha diretamente com Mike Ross (Patrick J. Adams). Determinada e de carácter forte, a personagem tem grandes semelhanças com a própria personalidade de Meghan.
A vida corria-lhe de feição. A singrar no mundo da representação e entre vários trabalhos como modelo, foi em 2016 que a atriz conheceu quem viria a mudar a sua vida para sempre – o príncipe Harry.
Rumores, especulações e ataques constantes
Assim que assumiram o namoro, em 2016, Meghan e Harry viram a sua vida pessoal nas bocas do mundo e confrontaram-se com comentários verdadeiramente desagradáveis, que tiveram Meghan como principal alvo. Dado o passado da atriz, não faltava quem a criticasse pela sua carreira ou por ser uma mulher divorciada.
Sabemos que Meghan Markle foi casada com Trevor Engelson, uma relação que durou cinco anos, incluindo dois de casamento, e terminou em 2013. Segundo o protocolo real, esta era uma situação caricata que não foi bem aceite pelos mais conservadores.
Aquando do pedido de casamento de Harry, em 2017, os media pareceram unir-se para descobrir os “podres” da vida de Meghan e poderem escrutiná-la em praça pública. Sob constantes ataques por parte da comunicação social, o mundo começou a mostrar interesse em saber mais sobre aquela que viria a ser a esposa do príncipe Harry.
Surgiram assim os rumores de que Meghan havia cortado relações com o pai e essa seria a razão pela qual a futura Duquesa iria deixá-lo fora da lista de convidados do casamento. O mesmo motivo foi usado para Doria Ragland, a mãe de Meghan e ex-mulher de Thomas.
News flash: claro que era mentira. A razão por detrás da ausência de Thomas no casamento deveu-se a um ataque cardíaco. Mais tarde, soube-se que Thomas mantinha um acordo com um paparazzi a quem garantia informações privilegiadas e, assim que recuperou, não perdeu tempo em dizer que a cerimónia tinha sido um erro e que conseguia ver que a filha não estava feliz.
Para compensar a falta de uma figura paternal no dia do seu casamento, Meghan pediu ao príncipe Carlos que a levasse até ao altar da Capela de São Jorge, um momento ternurento que atenuou a má disposição dos britânicos quanto ao número de regras que Meghan já tinha quebrado relativamente à cerimónia.
Pelo lado maternal, Doria foi a única figura familiar de Meghan presente no seu casamento com Harry. Doria acompanhou a filha em cada segundo desta jornada, revelando uma relação próxima entre as duas.
Após todos os festejos, começaram a ser noticiadas as demissões dos assistentes pessoais de Meghan nos tablóides e a comunicação social não deixou passar o assunto em branco. Além de não perceberem que, apesar de Duquesa, Meghan é apenas uma mulher normal que gosta de acordar às cinco da manhã para fazer yoga, acusam-na de ser superficial e caprichosa.
A gota de água deu-se quando o casal decidiu deixar a Rainha Isabel II, William e Kate Middleton e se mudaram do Castelo de Windsor para a Frogmore Cottage. Se privacidade não fosse uma razão mais que óbvia, Meghan foi acusada de forçar Harry a afastar-se dos seus amigos e família.
Já foram tornadas públicas várias declarações do príncipe Harry que comparam o comportamento que a imprensa tem com Meghan com a maneira como tratavam a sua mãe, princesa Diana, que via o seu ativismo e vida privada constantemente criticados.
Assim, em janeiro de 2020, os Duques de Sussex anunciaram o seu afastamento da família real e mudaram-se para o Canadá com o filho Archie.
Meghan pode ter quebrado regras, mas também mudou mentalidades
Apesar de os britânicos mais aficionados pelas tradições do país não acharem piada às inúmeras vezes que Meghan e Harry quebraram o protocolo real, uma coisa é certa: aos olhos do mundo, a Duquesa passou a transmitir a imagem de uma mulher real, mais acessível, cumpridora de regras mas com liberdade suficiente para as alterar de forma a se sentir bem consigo própria.
Tudo o que vai além de um simples beijo ou braço dado em público deve ser evitado, mas Harry e Meghan vão além disso (nunca excessivamente) e não poupam nas demonstrações de carinho. Nos seus votos de casamento, Meghan não incluiu obedecer ao marido como uma das promessas.
Baby showers não são uma tradição britânica, muito menos da família real, mas Meghan fez questão de organizar uma festa com os amigos mais próximos nos Estados Unidos para celebrar a chegada do filho. O casal anunciou o nascimento do filho Archie através da conta de Instagram dos Duques de Sussex, quando o comunicado oficial deveria ter sido feito pelo Palácio de Buckingham.
Quando casam, por norma, os príncipes reais nunca usam alianças, mas Harry é uma exceção e a partir do momento em que Meghan lha colocou no dedo, ele continua a usá-la até hoje.
Em 2017, Meghan passou férias com Harry e a família real enquanto ainda era apenas noiva do príncipe, o que só deve acontecer depois do casamento. Quando compareceu ao seu primeiro evento sozinha como Duquesa de Sussex, Meghan não esperou que o motorista lhe abrisse a porta, como manda a regra.
Os integrantes da família real não devem usar roupa preta durante o dia, a não ser num funeral ou evento formal, mas numa visita a Cardiff, Meghan usou um outfit totalmente preto e ainda brincos diferentes em cada orelha.
Todas as mulheres a realeza devem usar collants mas Meghan quebrou essa regra pela primeira vez durante o anúncio do seu noivado com Harry e umas dezenas de vezes depois disso. A duquesa usou vários vestidos mais curtos do que a tradição real requer e violou o protocolo ao sentar-se com as pernas cruzadas.
Saias e vestidos são a indumentaria obrigatória para mulheres da família real, mas Meghan é fotografada várias vezes a usar calças de ganga ou fatos.A cor do verniz de unhas deve ter sempre tons leves ou apenas um toque de cor mas Meghan já usou cores bastante escuras, incluindo preto.
Membros da realeza não devem dar autógrafos nem ter contacto físico com os fãs, mas Meghan faz questão de tirar fotografias, beijar e abraçar quantas mais pessoas pode.
Todas as vezes que Meghan homenageou Diana através das suas roupas
Tal como a princesa Diana, Meghan Markle tornou-se num símbolo de beleza e moda. Foram várias as ocasiões em que Meghan se inspirou nas cores, silhuetas e acessórios que Diana de Gales usou e trouxe o estilo da mãe de Harry para os dias de hoje, prestando sempre bonitas homenagens à princesa do povo.