O início do fim de The 100 começa a 25 de maio na Netflix, mas já estreou na CW na quarta-feira (20). Faltam apenas 16 episódios para nos despedirmos desta série que nos tem acompanhado desde 2014. Curiosamente, o drama terá um total de 100 episódios. Soube-se, em agosto de 2019, que a sétima temporada seria a derradeira.
Desenvolvida por Jason Rothenberg, The 100 decorre 97 anos depois de uma guerra nuclear que dizimou quase toda a vida na Terra. Os sobreviventes foram viver para estações espaciais, com recursos escassos e leis rígidas. Após os sistemas de suporte de vida falharem, 100 prisioneiros com menos de 18 anos foram enviados para a Terra, na tentativa de determinar se é novamente habitável. Qual não é o espanto quando percebem que afinal há vida humana na Terra. A história é baseada no livro homónimo de Kass Morgan.
Quem estará de volta para a nova temporada?

Para além do número de episódios com que poderemos contar, sabemos quais as caras que iremos rever. Como não poderia deixar de ser, teremos os protagonistas de volta: Eliza Taylor trará de volta a líder Clarke Griffin, Bob Morley o encantador Bellamy Blake, a sua irmã, Octavia Blake, retornará como sempre interpretada por Marie Avgeropoulos, e Lindsey Morgan continuará Raven Reyes. Para além destes, mataremos as saudades de John Murphy (Richard Harmon), Emori (Luisa d’Oliveira), Madi Griffin (Lola Flanery), Echo (Tasya Teles), Gaia (Tati Gabrielle), Miller (Jarod Joseph), Indra (por Adina Porter), Jackson (Sachin Sahel), Niylah (Jessica Harmon), Russell Lightbourne VII (JR Bourne), Diyoza (Ivana Milicevic) e Gabriel Santiago (Chuku Modu).
Shannon Kook, que interpreta Jordan, filho dos falecidos Monty e Harper, também estará de volta, desta vez enquanto parte do elenco regular. Também Shelby Flannery, que nos foi apresentada enquanto Hope Diyoza, foi promovida ao elenco principal. Pelo contrário, Henry Ian Cusick (que interpretava Marcus Kane) e Paige Turco (que retratava Abby Griffin), não farão qualquer participação nesta temporada, depois da morte das suas personagens na temporada passada.
Podemos contar com algumas caras novas?
Como se os problemas não fossem suficientes no Sanctum, vão surgir algumas personagens novas, nomeadamente os prisioneiros a bordo da Eligius IV, que terão finalmente acordado do sono criogénico.
De acordo com o TV Line, o ator Chad Rook (The Flash, Siren) interpretará Hatch, “um recluso charmoso da Eligius, determinado a conseguir uma vida melhor para aqueles que ama”.

Segundo o Deadline, Alaina Huffman (Smallville) irá interpretar uma prisioneira chamada Nikki, descrita como “uma assaltante de bancos, assassina em série, que é tão imprevisível quanto destemida. Irá desempenhar um papel de liderança, em prol do seu povo, no novo e complicado mundo do Sanctum.”

O que aconteceu na temporada passada?
A sexta temporada ficou marcada pela chegada dos 100 (que já são muito menos que isso) ao planeta Alpha. Supostamente, tratava-se de um paraíso — que merecia o nome pelo simples facto de ser habitável. Contudo, e porque não estamos a acompanhar um conto de fadas, desde cedo se apercebem que há algo de errado com este planeta: a Anomalia. Radiações, animais mutantes, eclipses que levam qualquer um à loucura. De certeza que te lembras disto.
O Sanctum, à primeira vista, parecia um santuário onde alguns humanos coexistem pacificamente. Ainda assim, porque nada corre bem, revela-se, afinal, um culto de fanáticos que acreditam na reencarnação e em deuses. Como em qualquer planeta digno desse nome, tinha de existir pelo menos uma facção rival. Neste caso, trata-se dos Filhos de Gabriel (Children of Gabriel), um grupo minoritário, mas com crenças mais razoáveis.
Os novos anfitriões descobrem o segredo de Clarke — que ela possui nightblood — e vem mesmo a calhar. É precisamente com esta substância que conseguem efetivar a reencarnação (que não passa de implantar uma espécie de cartão de memória em pessoas inocentes, cujos corpos serão habitados pelos seus entes-queridos). É mais fácil ver do que explicar.
Clarke acaba por ser alvo da implantação de uma dessas drives, mas, com a sua força de vontade, consegue lutar contra a nova alma que não pediu. Este enredo oferece-nos algumas interações deliciosas entre ela e Bellamy, que não esconde o seu desgosto ao imaginar que a vida da sua companheira teria chegado ao fim. Felizmente, não é o caso, o que nos permite reencontros, abraços, olhares e sorrisos que nos fazem pedir por mais.

Os irmãos Blake estão, mais uma vez, chateados, e Octavia, aventureira e imprudente desde sempre, decide entrar na Anomalia — como qualquer pessoa sã não faria (afinal, trata-se de nuvens verdes e com péssimo aspeto…). Surpreendentemente, sai de lá quase ilesa. Para já, as únicas consequências foram umas marcas estranhas pelo corpo e a perda da memória acerca daquilo que lá aconteceu. Útil.
Irrompe toda uma luta entre os 100 e os habitantes do Sanctum, que, talvez porque nós merecíamos um final feliz, é ganha pelos nossos. Os fanáticos procuravam reaver o poder e estavam, entretanto, a treinar as suas reencarnações com base em transplantes de medula espinal. Vejo aqui uma tendência (cof Mount Weather cof).
O cliffhanger que não poderia faltar é quando Octavia é esfaqueada por Hope Diyoza, por uma razão que desconhecemos. Vale a pena relembrar ainda que os criminosos da Eligius estão agora acordados… e não devem estar muito contentes.
Qual será o foco desta última temporada?
Jason Rothenberg fez várias declarações acerca do que podemos esperar para os 16 episódios restantes. Em primeiro lugar, ficámos a saber que a história retomará a partir do momento em que ficámos, não havendo qualquer salto no tempo. Quanto ao tema principal, será a Anomalia, que já fazia parte da temporada passada, mas da qual sabemos muito pouco. Percebemos, graças a Hope Diyoza, que há algo de errado, pois Hope entrou na Anomalia enquanto feto e, três dias depois, estava na casa dos 20.
À Entertainment Weekly, Rothenberg afirmou que estão a “tentar dizer algo mais com a sétima temporada. O final de uma história é sempre a moral da história. Ainda temos de a revelar, mas será revelada na sétima temporada.” Apesar de ainda não ter sido revelado, o produtor descartou a hipótese de se tratar de algo como “as pessoas são horríveis, não prestamos, estamos dispostos a matar tudo e todos e a fazer de tudo para sobreviver.” Assegura, em vez disso, que “há um propósito maior“.
Quanto ao final, esclarece que “será a nossa versão de um final feliz” e que está grato por “conseguir terminá-la de acordo com os nossos próprios termos”. Disse ainda ao TV Guide que espera “que os fãs fiquem satisfeitos”, acrescentando: “Eu estou satisfeito. Acho que é um final bastante poderoso e emocional“. Além disso, assegura que o final já tinha sido planeado previamente: “Já há algum tempo que sei, no que toca ao tema, como quero que seja o final. Sabia como queria que se sentissem, sabia o que queria dizer. Foi tudo uma questão de obter garantias por parte da plataforma de que poderia efetivamente contar a história quando quisesse.”
Quanto à decisão de acabar The 100 na sétima temporada, disse não achar “que se trate de uma série que dure dez temporadas. Mas adoro tanto estas personagens e este mundo que todos os anos é algo revitalizante.” Para evitar a monotonia, contam “uma história diferente a cada ano para que não nos fartemos“.
E porque custa dizer adeus, já está a ser desenvolvida uma prequela de The 100. Confirmada em outubro de 2019 e produzida por Rothenberg, deve mostrar os eventos 97 anos antes de The 100, começando, então, com a guerra nuclear.