O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
Dalila Carmo Rui Vilhena Na Corda Bamba
Fotografia: Reprodução/Instagram

Autor da novela ‘Na Corda Bamba’ critica estratégia da TVI

Na Corda Bamba, novela de Rui Vilhena que a TVI alinhou para disputar o horário nobre na rentrée tem apenas averbado derrotas e, até agora, segue com valores inferiores à antecessora Amar Depois de Amar. O autor responsabiliza a estratégia da estação pelos maus resultados.

Numa entrevista ao Diário de Notícias afirma que a trama que assina “parece uma série da Netflix” e podia ser apresentada em qualquer lugar do mundo, ilibando-se de responsabilidades. “É um produto que tem tudo para ser um sucesso, e se não é, alguma coisa não está a correr bem…“, deixa escapar o argumentista.

Na mesma conversa, elogia o trabalho de Daniel Oliveira e compara a aposta em Ninguém Como Tu, também da sua autoria e que arrancou numa altura em que a TVI perdia para a SIC no horário nobre, com aquela que tem sido adotada para Na Corda Bamba.

Lê também: ‘Stranger Things’ bate novo recorde na Netflix

A novela começava logo a seguir ao Jornal Nacional e cinco minutos antes da concorrência, não havia publicidade. E o que se passa com Na Corda Bamba desde o dia em que se estreou: a 15 de setembro? Ela começa 15 minutos depois de a concorrência já ter estreado, com publicidade entre o jornal e a novela. Corda Bamba é a novela certa no horário errado“, afirma.

Marketing também falhou

Vai mais longe e diz que “nada na TVI hoje resulta“, explicando que o problema não é da telenovela. “Não é porque a novela não resulta, ela está no pacote. Mas se se está a perder, é preciso ser mais agressivo. Em Ninguém Como Tu resultou ao contrário…“, assevera.

Recusando-se a criticar diretamente a direção de programas dirigida por Felipa Garnel, não esconde que não há diálogo com os responsáveis pela grelha do canal e que, se “a concorrência está a vencer, então está a fazer um trabalho mais bem feito“.

Rui Vilhena deixou ainda reparos à estratégia de promoção. “Enviei e-mails antes de a novela se estrear sobre o marketing da produção que, como se sabe, começou uma semana antes de arrancar”, atira. Para, logo a seguir, dizer que “dois meses antes, a D. Palmira do café já sabia o que era Nazaré [novela concorrente da SIC]. A minha novela ficou sem título 200 mil anos. Isto é um erro. Eu olho hoje para a SIC e vejo que a estratégia que usam é a da Globo“.