A edição deste ano do Porto/Post/Doc será inaugurada com a exibição de Marianne & Leonard: Words Of Love, de Nick Broomfield. A sétima arte regressa à baixa do Porto de 23 de novembro a 1 de dezembro.
Dedicado à música e à cultura pop, o programa Transmission estreia o “badalado documentário sobre a relação de Leonard Cohen e uma das suas musas”, afirma a organização. A película de Nick Broomfield será projetada dia 23 de novembro, às 21h30, no Teatro Municipal do Porto – Rivoli.
Falecido em 2016 com 82 anos, Leonard Cohen alcançou notoriedade internacional com o tema Hallelujah, posteriormente celebrizado por vozes como Jeff Buckley ou Alexandra Burke. Para além de cantor, Cohen era também poeta e escritor, tendo algumas obras publicadas.
Destaque para Mike Christie
Naquela que é a sua sexta edição, o Porto/Post/Doc assume uma programação especial em torno do realizador britânico Mike Christie. Ao longo dos nove dias de festival serão exibidos, em estreia nacional, três dos seus mais recentes documentários.
O maior destaque vai para Hansa Studios: By The Wall 1976-90, que explora os “anos dourados de um dos mais conhecidos estúdios de gravação da cidade de Berlim”. Os restantes projetos, New Order: Decades e Suede: The Insatiable Ones, abordam as respetivas bandas.
O cinema internacional conta ainda com documentários de outros três realizadores. Haut Les Filles, de François Armanet, apresenta-se como um projeto “sobre figuras femininas da música rock francesa que conta com a participação de Charlotte Gainsbourg, Françoise Hardy ou Vanessa Paradis”. Obra de David Dietl, Berlin Bouncer, “propõe uma viagem pela cultura clubbing da cidade através das histórias de três seguranças de algumas das mais famosas discotecas da capital alemã”. Finalmente, Ryuichi Sakamoto: Coda, de Stephen Nomura Schible, aborda o compositor japonês.
Aposta no nacional
Para além dos destaques internacionais, o festival portuense abre espaço para produções portuguesas. O programa Transmission inclui também o filme de Rita Maia e Vasco Viana. Batida de Lisboa foi “rodado nos subúrbios da capital e procura dar a conhecer músicos e produtores de diferentes origens – de Angola a São Tomé, de Cabo Verde à Guiné Bissau –, bem como as suas batalhas identitárias”.
Um Punk Chamado Ribas e Punk’s Not Dread foram realizados este ano por Paulo Miguel Antunes e Tiago Afonso, respetivamente. Ambos abordam “duas das figuras mais carismáticas da cena punk portuguesa: João Ribas (Censurados, Tara Perdida) e Punkito”.
Um braço de ferro pelo cinema
Como forma de colmatar o encerramento de salas de cinema, um grupo de apaixonados pela cinematografia criou, a 26 de março de 2014, o Porto/Post/Doc. Na sua página oficial, o festival apresenta-se como sendo uma associação que “reúne pessoas de várias profissões, qualificações e idades, unidas na paixão pelo cinema”.
O seu principal objetivo prende-se com a dinamização do cinema na cidade Invicta a três níveis: “voltar a trazer o público às salas, estimular a nova produção e criar um novo festival internacional de cinema, com particular incidência na área do documentário”.
Recentemente, o festival anunciou que marcará presença no Festival de San Sebastian no âmbito de um estudo de caso sobre “Pequenos grandes festivais: As chaves para encontrar o que te faz único”. A organização destaca o “trabalho desenvolvido na cidade, com a comunidade local e com a comunidade artística”.
O Porto/Post/Doc 2019 decorre, para além do Teatro Municipal do Porto – Rivoli, no Cinema Passos Manuel e no Plenário do Porto. A edição deste ano estende-se também a Braga, com a apresentação de duas sessões no gnration a 27 e 28 de novembro.