O mês do pride está quase no fim, mas o Espalha-Factos não podia deixar de enumerar algumas das personagens mais marcantes e essenciais da televisão para a luta e representatividade da comunidade LGBTQ+.
Clarke (Eliza Taylor), The 100

Clarke é uma personagem guerreira desde o começo de The 100. Porém, quem acompanha a série sabe que ela se entregou totalmente a uma outra personagem, Lexa (Alycia Debnam-Carey).
Foi na relação amorosa com Lexa que percebemos o outro lado da protagonista. Afinal, é quando está com ela que Clarke se deixa levar, revela o seu “eu” e mostra a sua sensibilidade.
Clarke é uma personagem fundamental para a representação da comunidade LGBTQ+. Percebemos a naturalidade com que ela abraça a sua sexualidade, bem como todos à sua volta.
Vale lembrar que The 100 é uma série futurista. Será que são precisas milhares de gerações para que a comunidade LGBTQ+ tenha direitos iguais? Não sabemos. No entanto, é bom ver e imaginar um futuro de igualdade para todos.
Nomi (Jamie Clayton) e Amanita (Freema Agyeman), Sense 8
Nomi e Amanita interpretam um casal feliz de duas mulheres. Nomi é transsexual e Amanita apresenta-se como lésbica.
Tanto uma como outra são personagens fundamentais para a representatividade da comunidade LGBTQ+ na TV. A relação das duas é genuína e natural.
Sense 8 no seu todo é uma série fundamental, pois todas as personagens têm a mente bastante aberta a novas experiências, sobretudo devido à premissa principal da série. Todos são pessoas sensitivas e, portanto, ligam-se facilmente aos outros seja qual for o seu género ou identidade sexual.
Omar (Omar Ayuso), Elite

Omar vive uma personagem oprimida pela sua família e cultura, mostrando que a falta de entendimento por parte daqueles que são mais próximos é negativa para o desenvolvimento da pessoa.
Omar vive um rapaz gay que se apaixona por Ander (Arón Piper) e tem não só de o esconder da família, como também viver o dilema – seguir os ensinamentos que lhe deram e orgulhar a família, ou escolher o caminho que mais deseja e desapontar os pais. É esta angústia emocional que vemos a personagem enfrentar.
Esta personagem de Elite tem uma enorme importância, pois representa as consequências e o sofrimento que ainda muitos jovens têm de enfrentar por falta de compreensão dos familiares.
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Phoebe (Lisa Kudrow), Friends
Phoebe é uma personagem adorada por muitos dos fãs da clássica série Friends, porém só os mais atentos perceberam que a personagem é bissexual. Este facto é dado quase sempre de forma muito subtil, através de diálogos da personagem.
Uma mente aberta a todas as experiências define Phoebe e ela é essencial para mostrar que “sair do armário” não é algo obrigatório, nem necessário para quem está na comunidade LGBT+.
A vida deve ser encarada com leveza e sempre com um sorriso no rosto. Se possível, seguindo o mesmo caminho que Phoebe, tocando as nossas próprias melodias, por mais que os outros não as entendam.
Lito Rodriguez (Miguel Ángel Silvestre), Sense 8

Lito trata-se de uma personagem construída seguindo o estereótipo do que um homem deve ser, no seu estado máximo de masculinidade. Esta ideia é reforçada pelo facto de este ser um ator estrela admirado pelas mulheres e invejado pelos homens.
A carreira de Lito pode ficar em risco se a sua relação com Hernando (Alfonso Herrera) for descoberta, portanto até uma namorada falsa lhe é atribuído para não deixar que nada destrua a sua “boa fama”.
Lito é um exemplo que mostra até onde a pressão da sociedade pode ir e o quão isso afeta a vida da pessoa. No caso, Lito é obrigado a manter aparências falsas para não ter a sua carreira em risco.
Embora Lito tenha aceite a pressão por parte da sociedade, com receio de que a diferença fosse motivo de repúdio e não de adoração, ele acaba por libertar-se e aceitar quem é e a sua relação. Ensina-nos que o primeiro passo para não sofrer discriminação é não temer que ela exista. Cabeça levantada e agir com naturalidade, pois não há nada de errado em ser diferente. Na essência, somos todos iguais.
Mitchell Pritchett (Jesse Tyler Ferguson), Modern Family

Mitchell sempre soube a sua natureza verdadeira, mas sabia que não era essa a expectativa do pai (Ed O’Neill). Apesar de alguns traumas de infância, pois o pai queria fazer dele “um homem” que devia seguir as tendências e os gostos categorizados do género, Mitchell conseguiu superar tudo e mostrar ao pai o quão especial é.
Mitchell conquistar a aceitação do pai, encontrar um marido que ama e adotar um filha. Construiu uma família moderna e feliz.
Tanto a construção da personagem, como da própria família é fundamental. Mostra como no seio familiar, apesar das diferenças todos se devem apoiar e amar. Mostra como uma família, no caso, sem mãe, é também uma família funcional e perfeitamente normal.