A Mostra de Teatro Universitário (MTU) está de regresso ao Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra. Esta edição do evento decorre entre 30 de maio e 11 de junho e presenteará a cidade com atuações de quatro grupos e uma oficina.

Três grupos locais e um grupo da cidade invicta
Realizada desde 2002, a MTU conta, este ano, com a presença de três grupos locais – Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC), Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC) e Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) – e o grupo de Teatro Universitário do Porto (TUP).
Os desafios perante os quais os grupos universitários têm de responder
Na apresentação da MTU, o diretor do TAGV, Fernando Matos de Oliveira falou acerca dos desafios que pretendem colocar aos grupos de teatro, no sentido de lhes ampliarem as experiências e de os fazerem questionar relativamente ao modo como hoje, em que “as práticas de criação são mais amplas do que nunca”, se faz teatro.
O contexto atual lança, de acordo com o responsável, novos desafios aos grupos teatrais. Fernando Oliveira aponta para o caso do TUP, que traz “um contexto de criação que tem mais a ver com a performance“.
O diretor acredita que a Mostra de Coimbra representa a diversidade de conteúdos e linguagens existentes no mundo do teatro contemporâneo.

A programação da MTU
A Mostra inicia-se quinta-feira, dia 30 de maio, com a apresentação da peça do CITAC, “Alba. E nela é que espelhou o Céu”. Segue-se, dia 5 de junho, “De Lá Para Cá: Cantando e Andando”, um espetáculo do GEFAC dedicado “aos ofícios e vidas das pessoas que lhes dão voz“.
A 6 de junho, o TUP apresenta “Disciplina”, um texto dirigido por Daniela Araújo Braga. Dia 7 é apresentado “Stabat Mater”, um trabalho desenvolvido pelo TEUC, que tem como base um texto de António Tarantino acerca da história de uma mulher que procura o seu filho desparecido.
A oitava edição termina no dia 11 de junho com leituras encenadas de teatro popular mirandês, realizadas pelo GEFAC.
“O Corpo em Estado de Presença e Escuta”
Durante o festival de teatro será realizada uma oficina a cargo do brasileiro Júnior Lima, de nome “Corpo em Estado de Presença e Escuta”. Esta oficina tem como principal interesse investigar os processos de construção e criação do estado de presença no corpo cénico.