Cláudia Pascoal, a vencedora do Festival da Canção 2018, vai lançar, ainda este ano, um álbum “todo em português” por considerá-lo “mais direto e mais genuíno.”. Numa entrevista ao site Notícias ao Minuto, revelou vários aspetos sobre o disco de estreia e refletiu sobre o último ano, que ficou marcado pela sua participação na Eurovisão.
“O lançamento está previsto para setembro e tem várias participações. Não só a cantar, mas principalmente na composição. Literalmente peguei nesta oportunidade para convidar e para tomar cafés com as pessoas que eu mais adorava e admirava na indústria e no mundo da música e, felizmente, todas elas aceitaram”, revelou na entrevista.
Cláudia está a trabalhar com o músico português Tiago Bettencourt, na produção do álbum, e confessou que “este disco vai ter algumas surpresas, não vão ser só músicas bonitas, também vai ter a minha ‘parvalhice’ e alguns momentos humorísticos, espero que as pessoas entendam, porque eu sou um bocado estranha.”
“Uma das coisas que eu queria era que a minha primeira música tivesse um ukulele, porque sempre me apresentei com um ukulele nas mãos, sou eu, se me definisse num instrumento era um ukelele, sou pequenina, vou para todo o lado e sou divertida,” revela sobre Ter e não ter, o primeiro single do álbum, que foi apresentado ao vivo pela primeira vez na final do Festival da Canção 2019.
“As pessoas estavam sempre a comparar-me com o Salvador [Sobral] e, por vezes, preocupava-me”
Falando da sua experiência como representante de Portugal na Eurovisão, Cláudia admitiu que, profissionalmente, foi “das melhores coisas” que lhe aconteceu. “Nunca tive tanta exigência no meu trabalho mas também tanto orgulho. Representar um país é muito estranho, mas foi inacreditável em todos os sentidos,” acrescentou.
“Genuinamente achava que ia ser muito mais fácil. Não imaginava a quantidade de entrevistas e de horas que íamos passar em tantos sítios,” confessou sobre o nível de exigência que superou as suas expectativas.
Disse, também, que apesar de ter desmentido, foi “um peso muito grande. Acho que Portugal tinha esperança que fizéssemos a ‘dobradinha’ e era impossível. Um país ganhar duas vezes a Eurovisão dois anos seguidos era completamente impossível. Senti sempre um peso com isso e claro que as pessoas estavam sempre a comparar-me com o Salvador [Sobral] e, por vezes, preocupava-me. Mas fui sempre fiel a mim mesma.”
Sobre o resultado final da Eurovisão, onde Portugal acabou no último lugar da tabela com O Jardim, Cláudia descreve-o como “um misto. Senti que estava a desapontar, que estava a desiludir o meu país, foi horrível. Ao mesmo tempo foi um alívio tão grande perceber que já tinha acabado, que já tinha cumprido a minha missão, que tinha feito o que tinha de fazer.”
“De todas as músicas realmente a dele [de Conan Osíris] foi a que me fascinou mais“
Este ano, Cláudia Pascoal passou o testemunho a Conan Osíris, que vai representar Portugal na Eurovisão 2019, em Telavive. “Sou amiga de vários dos concorrentes [do Festival da Canção], mas de todas as músicas realmente a dele foi a que me fascinou mais, porque trazia algo tão genuíno e tão autêntico,” disse.
O músico português que vai levar Telemóveis a Israel será o décimo quinto a cantar na primeira semifinal do concurso, que se vai realizar no dia 14 de maio e será transmitida pela RTP, a partir das 20h00 portuguesas. A Grande Final está marcada para dia 18 de maio. O Espalha-Factos está a acompanhar a Eurovisão a par e passo e contará com dois enviados especiais a partir de Telavive.