A Universal Pictures foi o primeiro grande estúdio a embarcar no 4 percent challenge, desafio proposto pelo The Annenberg Inclusion Initiative e pelo movimento Time’s Up, com o intuito de incluir mais mulheres na área da realização.
Ao aceitar o desafio, o estúdio compromete-se a trabalhar com, pelo menos, uma realizadora nos próximos 18 meses, um pequeno passo que pode fazer toda a diferença no aumento da diversidade na indústria cinematográfica.
O objetivo principal desta iniciativa é a inclusão de mais mulheres atrás das câmaras, dando especial atenção às realizadoras de minorias raciais e étnicas.
A decisão foi anunciada via Twitter em nome do presidente da Universal Peter Kramer, juntamente com Peter Kujawski, diretor da produtora Focus Features, e Margie Cohn, presidente dos estúdios de animação DreamWorks.
? BIG NEWS ?
Universal Filmed Entertainment Group just became the first major studio to sign on to the #4PercentChallenge!! This includes Universal Pictures, Focus Features & Dreamworks Animation. Thanks for leading the way. @Inclusionists #TIMESUPX2 https://t.co/k4ZkilmgRS
— TIME'S UP (@TIMESUPNOW) 29 de janeiro de 2019
“É com orgulho que nos juntamos aos nossos colegas espalhados pela indústria na aceitação do #TimesUp #4PercentChallenge”, pode ler-se na conta oficial da Universal Studios.
Em resposta, o Time’s Up emitiu um comunicado a agradecer ao estúdio pelo seu apoio, incentivando mais grandes empresas a aderir.
“Esperamos que este compromisso inspire mais produtores de conteúdo a empenharem-se e a trabalhar com realizadoras. Não só temos uma mão cheia de cineastas conceituados a anunciarem o seu compromisso para com o 4% challenge, como muitos já demonstram apoio ao trabalhar diariamente com realizadoras, e o estúdio vai continuar a incentivar esses esforços”, declarou o movimento.

Lê também: NENHUM DOS 10 FILMES MAIS LUCRATIVOS DE 2018 FOI REALIZADO POR UMA MULHER
O 4 percent challenge foi anunciado oficialmente no festival Sundance e alude à percentagem de filmes que foram realizados por mulheres na última década. O facto de apenas 4% das grandes obras cinematográficas serem em nome feminino constitui um forte indicador das acentuadas assimetrias de género, num setor maioritariamente dominado por homens.
Janet Mock, Paul Feig, Natasha Rothwell, Amy Schumer, e Franklin Leonard são apenas alguns nomes sonantes que apoiaram de imediato a iniciativa, associada à campanha TIMESUPx2.
I accept @TIMESUPNOW’s #4percentChallenge as a director, producer & alumna of @MrRPMurphy’s HALF Initiative. Who’s with me in working w women directors this year? @katemara @StevenCanals @IndyaMoore @BFalchuk @ninajacobson @JSim07 https://t.co/Ep1LPRuc3B
— Janet Mock (@janetmock) 27 de janeiro de 2019
???? you already KNOW I’m here for the @TIMESUPNOW #4percentChallenge. Systemic change starts with the individual. What say you? @GBerlanti @tylerperry @KevinHart4real @TheRock @RedHourBen @channingtatum https://t.co/xCsuBSJJZ9
— Natasha Rothwell (@natasharothwell) 27 de janeiro de 2019
Projetos como o Time’s Up e The Annenberg Inclusion Initiative têm sido pioneiros na consciencialização do grande público para enormes problemas escondidos pela glamorosa fachada de Hollywood, tendo já alcançado inúmeros progressos no combate às desigualdades e ao assédio sexual.