Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald estreia em Portugal dia 15 de novembro. É o segundo dos cinco filmes que vão compor mais um capítulo no mundo mágico criado por J.K Rowling.
Este segundo filme acompanha a fuga de Geller Grindelwald (Johnny Depp) e os planos que tem para criar uma legião de seguidores que controle os seres não mágicos.
Para parar Grindelwald temos um Dumbledore muito mais jovem do que aquele a que nos habituámos interpretado por Jude Law, que pede ajuda a Newt Scamander (Eddie Redmayne). Este por sua vez conta com o apoio dos parceiros do primeiro filme e de muitos monstros fantásticos.
O filme conta-nos ainda a história de origem de Nagini, uma personagem bem conhecida da saga Harry Potter. Aqui é interpretada por Claudia Kim, e a maledictus vai-se tornar um pilar importante na vida de Credence (Ezra Miller), o obscurial que conhecemos na primeira parte desta história.
Num filme com tanta magia à mistura, o Espalha-Factos revela-te alguns dos truques por detrás das câmaras e curiosidades sobre quem o traz às salas de cinema:
1 – Paris… Mas não tanto
Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald tem como pano de fundo a cidade das luzes, mas na verdade o filme foi gravado quase na íntegra nos estúdios de Leavesden da Warner Brothers, que recebe o universo mágico de J. K. Rowling há quase 20 anos… no Reino Unido.
Uma das excepções é a Abadia de Lacock. Construída em 1229, fica na zona de Wiltshire em Inglaterra. Foi utilizada em alguns capítulos de Harry Potter, e volta a representar partes de Hogwarts neste filme.
2 – Regresso a casa
Ao contrário daquilo que aconteceu em Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, vamos todos poder voltar a Hogwarts. Uma vez que a escola de magia sempre teve um ar austero, não houve grandes mudanças de cenário e os originais foram mantidos sempre que possível.
Porém, o Salão Principal de Hogwarts ficou reduzido a escombros após a batalha final de Harry Potter e os Talismãs da Morte – Parte 2 e era necessário neste filme. Uma vez que a cena em que aparecia era demasiado curta para todo o trabalho que a reconstrução implicava, a equipa optou por recriá-lo digitalmente.
Vamos ainda poder conhecer novos cantos à casa. Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald mostra um pequeno armário nunca antes visto, que Newt transformou em refúgio para os seus monstros antes de ser expulso de Hogwarts.
3 – Uma questão de perspectiva
Uma das cenas mais emblemáticas do filme passa-se no Anfiteatro Stuart, um anfiteatro subterrâneo em estilo romano. Este cenário foi construído para ser tão grande que nunca coubesse na totalidade em nenhuma objetiva.
Assim, construíram cerca de 25% do mesmo onde couberam mais de 600 figurantes. Tudo o resto foi feito digitalmente. Apostamos em como não vais dar pelos efeitos especiais que criaram os 75% do anfiteatro quando vires o filme.
4 – Trazer os monstros fantásticos para a realidade
Fantoches e muitos efeitos especiais são a receita para dar vida aos monstros do imaginário de J. K. Rowling. Os ventríloquos estão inclusive encarregues de mostrarem ao elenco como é suposto as criaturas moverem-se para tornar a performance mais orgânica.
Para criar o tão querido Niffler (que desta vez vem com companhia) é preciso apenas um saco de feijão, mas no caso de Zouwu foram necessários três profissionais para mover o protótipo.
5 – À terceira nem sempre é de vez
Para criar esta nova criatura de que falámos no ponto anterior – o Zouwu – foram necessárias mais de 100 tentativas. Fazer com que os monstros se tornem realidade é sempre um desafio, e neste caso começaram por ter um felino convencional até o transformarem em algo mais fantástico.
Depois destas 100 versões, Zouwu continua a manter a estatura de um elefante, sendo um felino demasiado grande para ser verdade, e tem ainda uma cauda bastante peculiar cheia de cores.
6 – O peso da responsabilidade
A responsável pela caraterização de todos os personagens de Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald afirmou que todas as roupas utilizadas refletem a responsabilidade e maturidade acrescidas que têm neste segundo filme.
No caso de Tina Goldstein, uma vez que foi reintegrada como Auror no MACUSA (Congresso Mágico dos EUA), passa a ter um ar mais austero, dado pelo casaco de pele azul. O problema? O peso do mesmo.
“Aquela coisa [o casaco] pesava muito; vesti-lo já era exercício físico”, diz Katherine Waterson, a atriz que dá vida a Tina na fita.
7 – Varinhas fantásticas e como usá-las
Todos os atores que interpretaram feiticeiros pela primeira vez neste filme tiveram um curso sobre como manejar a sua varinha de forma correta.
Receber a sua varinha é um momento que todos os atores recordam com muito carinho.
“O desejo de infância por excelência é ser bruxa ou feiticeiro. Todo o mundo da magia é fascinante e é algo que ainda acredito que existe. Darem-te a tua própria varinha, poderes lançar um feitiço e dizê-lo com convicção já como adulto é incrível”, disse Zoë Kravitz sobre o assunto.
8 – Talento musical no elenco
Com tanta queda para a música entre os atores, este poderia ser um musical. E se assim fosse Dan Fogler (Jacob Kowalski) estaria na sua praia já que o ator detém um Tony pela sua performance na peça The 25th Annual Putnam County Spelling Bee.
9 – O segredo de Dumbledore
Este é o segundo de cinco filmes e todos sabemos que J. K. Rowling não dá ponto sem nó. Há muito por descobrir sobre a vida de Dumbledore antes de se tornar o professor que todos aprendemos a admirar.
Porém, por agora apenas Jude Law sabe estes segredos, já que Rowling achou que era importante para a forma como o ator interpreta a personagem.
“Achei que era importante o Jude saber qual o fardo que Dumbledore carrega. Sem esse conhecimento ele estaria a interpretar alguém que parece estar a brincar com a vida das pessoas, e essa não é a pessoa que Dumbledore é. Ele nunca quer magoar ninguém”, explica a autora.
10 – Equipa que ganha não mexe
O produtor de Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é o mesmo de todos os filmes baseados nos livros de J. K. Rowling. Esta dupla de sucesso começou ainda antes de se formar, já que David Heyman leu o primeiro livro antes de ser publicado e viu na história potencial cinematográfico.
Sobre o filme em causa Heyman diz: “Tem uma grande componente narrativa sobre escolhas – escolher um lado ou não – e o impacto que isso tem, não só a nível individual como para toda a gente que o/a rodeia. Estas são ideias com as quais todos nos podemos identificar e que transcendem qualquer tempo ou espaço. Por isso, ainda que a história se passe num mundo mágico é como olhar-nos ao espelho.”