Após sete anos numa corrida renhida com a líder Samsung em termos de smartphones distribuídos, a Apple foi posta em terceiro lugar pela Huawei no segundo trimestre de 2018. A velhinha Nokia dá sinais de estar de volta.
Segundo dados da IDC, que segue o mercado global de smartphones, a Huawei distribuiu 54,2 milhões de dispositivos, 40% mais do que em 2017. Isto corresponde a 15,8% de todos os smartphones distribuídos no último trimestre.
Apesar deste sucesso, a marca ainda não conseguiu entrar em grandes mercados como os Estados Unidos e Austrália, devido às suas alegadas ligações ao governo chinês e preocupações de segurança.
É de notar a dominância da marca no seu mercado natal, onde tem uma quota recorde de 27% dos envios do trimestre. Para comparação, a Apple distribuiu 41,3 milhões de iPhones, ligeiramente mais do que o mesmo período em 2017.
Vale a pena lembrar que o portfolio de produtos da Apple é bastante mais reduzido, e todos os dispositivos novos, salvo edições limitadas, saem no outono.
Isto corresponde à “época baixa”, em que quem esta interessado num iPhone topo de gama já está à espera dos próximos modelos.
A Apple também vende iPhones a um preço médio (cerca de 685 euros) bastante mais alto do que a concorrência (Um dispositivo Samsung custa, em média, 202,5 euros).
Por falar na Samsung, a empresa sul-coreana ainda mantém a liderança a uma distância considerável dos oponentes, com 71,5 milhões de dispositivos distribuídos, embora esse número tenha diminuído face ao ano passado.
Tal como a Apple, a Samsung também está entre lançamentos: o Galaxy S9 saiu em março e o Galaxy Note 9 está para ser revelado em breve.
Xiaomi em explosão, Nokia de volta aos rankings
Com um crescimento de quase 50% desde 2017, a Xiaomi tem-se expandido de forma agressiva na Europa, inclusive com lojas em Portugal. Para além destes novos mercados, continua a dominar a Índia, onde já ultrapassou a Samsung.
A Nokia, agora uma marca da empresa Finlandesa HMD Global, faz uma entrada surpresa em 9.º lugar, com 4.5 milhões de smartphones distribuídos e um crescimento de 782% desde 2017.