Vencedor de um Pulitzer (1998) e um dos mais conceituados escritores do mundo, Philip Roth, de 85 anos, morreu na passada terça-feira, dia 22 de maio, deixando entre outras obras Pastoral Americana (1997) e Indignação (2008).
O escritor norte-americano Philip Roth morreu na terça-feira à noite, em Nova Iorque, de insuficiência cardíaca. A notícia foi avançada pelo agente literário do romancista, Andrew Wylie.
O autor
Philip Milton Roth nasceu em 1933 na cidade norte-americana de Newark, Nova Jérsia, e era o segundo filho de dois judeus de classe média. Assumidamente ateu, a sua educação judaica acabaria por ficar estampada em muitas das suas obras.
O escritor estreou-se com o livro de contos Adeus, Columbus (1959), prestígio que consolidou com O Complexo de Portnoy, de 1969. Este último é uma fantasia sexual narrada pelo protagonista, Alexander Portnoy, que desconstrói os mitos judeus acerca do corpo.
Com mais de 30 livros publicados ao longo de quase 60 anos, Roth é o autor de livros como O Complexo de Portnoy (1969), O Escritor Fantasma (1979) e A Mancha Humana (2000).
Foi com a obra Pastoral Americana , de 1997, que venceu o prémio Pulitzer de ficção no ano seguinte, a maior distinção de excelência não só no jornalismo, mas também em áreas como a música ou a ficção. Apesar de ser anualmente apontado com um dos favoritos ao Nobel da Literatura, nunca chegou a receber essa distinção.
“Desde o início da sua longa e prestigiada carreira, a ficção de Philip Roth tem frequentemente explorado a necessidade humana de demolir, de contestar, de resistir, e de se separar”.
Comité Prémio Pulitzer
A este prémio, juntam-se também outros. Recebeu três vezes o importante galardão norte-americano Pen/Faulkner Award, o National Book Award dos EUA e ainda o Man Booker International Prize.
Em 2012, Roth anunciou que o seu último livro, Nemesis. E foi mesmo o último. Ainda publicou em 2017 um livro de ensaios escritos entre 1960 e 2013, Why Write?.