A primeira exposição antológica da pintora e escritora portuguesa Teresa Balté, que percorre 50 anos de atividade artística, vai ser inaugurada no próximo dia 12, na Perve Galeria, em Lisboa.
A exposição vai reunir cerca de 90 obras, entre desenho e pintura, produzidas por Teresa Balté a partir da década de 1960. As obras, que durante muitos anos se mantiveram longe do olhar do público, advêm da coleção privada do pintor e poeta surrealista Cruzeiro Seixas.
«A mostra, com o sub-título ’50 anos depois – das palavras à pintura revelada’, proporciona ao público desenhos e pinturas intuitivas, com uma forte expressividade nas cores e nas formas dos fantasmas, máscaras, bichos, homens, mulheres, estrelas e flores que coabitam o imaginário de surrealismo lírico da artista», lê-se na página oficial da galeria lisbonense.
Apesar de visionada, ao longo dos anos, em exposições (Exposição Nacional de Artes Plásticas de Pequeno Formato, de 1985) ou livros (‘Melancolismos’, de José Oliveira), trata-se da primeira exposição antológica da faceta artística de Teresa Balté, conhecida maioritariamente pela sua poesia.
A exposição, de entrada livre, pode ser visitada até 9 de junho, de terça-feira a sábado entre as 14h e as 20h.
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Uma vida dedicada à escrita e à pintura
Licenciada em Filologia Germânica, Teresa Balté estreou-se no mundo literário em 1967, com a publicação do livro de poemas Estações, confinado a 500 exemplares. Para além de poesia, escreveu dois livros infantis, nomeadamente A Abelha Zulmira (1979) e O País Azul (1990).
Em 2009, assinou o livro Hein Semke – A Coragem de Ser Rosto, uma das obras biográficas mais completas dedicadas ao artista plástico alemão e seu falecido marido.