Celebram-se quase três anos desde que Glee, a aclamada série musical da FOX, criada por Ryan Murphy, Brad Falchuck e Ian Brennan, chegou ao seu fim, após 121 episódios num total de seis temporadas.
Embora a série tenha tido os seus altos e baixos e ainda hoje continue a gerar controvérsia — nomeadamente com as mortes por overdose de Cory Monteith e por suicídio de Mark Salling — o Espalha-Factos decidiu regressar um pouco atrás no tempo e contar os cinco melhores episódios da série que fez as delícias de miúdos e graúdos.
Asian F (temporada 3, episódio 3)
Com o último ano do ensino secundário em curso e as audições para o musical West Side Story, as tensões entre os protagonistas estiveram ao rubro neste episódio. Aqui, tivemos direito a tudo, sobretudo a algum destaque para personagens por vezes negligenciadas: a guerra entre Rachel (Lea Michele) e Mercedes (Amber Riley) pelo papel principal, a exploração do sonho de vida de Mike (Harry Shum Jr.) e a introdução dos pais de Emma (Jayma Mays).
Estes quarenta minutos destacam-se não só pela maravilhosa escolha de reportório, incluindo Out Here On My Own (Fame), Fix You (Coldplay) e It’s All Over (Dreamgirls), como também por ter um ambiente mais terra-a-terra, focado nos sacrifícios agridoces de cada uma das personagens, que muitas vezes faltava à série, a qual sempre foi conhecida por sonhar demasiado alto.
The Sue Sylvester Shuffle (temporada 2, episódio 11)
Pressionados pelos professores, os membros do clube Glee e da equipa masculina de futebol americano tentam dar-se bem, pelo menos durante uma semana. No entanto, quando Sue (Jane Lynch) retira a sua claque do espetáculo a meio de uma competição, todos os restantes vêm uma oportunidade para unir forças e aproveitar a vaga.
Este episódio teve momentos absolutamente preciosos: monólogos arrasadores por parte de Sue; a união entre os vários grupos da escola; e quem poderia esquecer o fantástico mashup entre Thriller (Michael Jackson) e Heads Will Roll (Yeah Yeah Yeahs)? Uma das melhores atuações da série.
Preggers (temporada 1, episódio 4)
Na sua temporada júnior, a série começava a introduzir uma quantidade de enredos-chave, que iriam ser cruciais de então em diante. Este episódio viu o nascimento de muitos deles: a confissão da homossexualidade de Kurt (Chris Colfer); a descoberta de que Quinn (Dianna Agron) estava grávida; e uma das primeiras tentativas por parte de Sue de destruir o clube musical.
Embora alguns destes enredos tenham mais tarde sido negligenciados (alguns anos depois, Quinn parecia já nem lembrar-se de que tinha uma filha), todos eles foram fundamentais para nos apaixonarmos por este grupo tão diverso de personagens.
Blame It On The Alcohol (temporada 2, episódio 14)
Glee sempre foi conhecida como uma série cujo céu era o limite. Construída por personagens-tipo, com sonhos grandiosos de fama e sucesso, a série por vezes esquecia-se de colocar um pouco os pés na terra e lidar com certos assuntos que assaltam qualquer adolescente nos dias que correm.
Este episódio cumpriu esse dever da forma mais hilariante possível. Com a casa vazia, Rachel decide dar uma festa para os seus colegas e amigos, a qual se torna rapidamente num caos devido ao excesso de álcool. Um momento de descontração que colocou de lado as mil rivalidades e dramas amorosos que sempre existiram na série.
I Kissed a Girl (temporada 3, episódio 7)
Com os membros do clube separados em dois grupos diferentes, este episódio fez que todos unissem forças para apoiar a viagem de Santana (Naya Rivera), que se assumiu como lésbica ao longo desta temporada. E já estava na altura de uma personagem tão icónica ter um episódio que lhe fez justiça!
Para além deste enredo, o episódio incluiu a corrida entre Sue e Burt (Mike O’Malley) pelo secretariado da cidade, bem como a oposição entre Kurt e Brittany (Heather Morris) pela posição de Presidente de Alunos – esta última acabando por ter um desfecho inesperado.