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Nashville

Nashville 6×07: os perigos e as mágoas do fanatismo religioso

Músicas pouco Country e reviravoltas que pouco sentido fazem têm caraterizado esta sexta e última temporada de Nashville, e o último episódio deixa-nos a questionar se o rumo que a série está a tomar é o mais acertado. Can’t Help But Wonder Where I’m Bound estreou no canal CMT no dia 15 de fevereiro.

Numa das maiores mansões da cidade, continua a ser tempo de família. Deacon (Charles Esten) e Jessie (Kaitlin Doubleday) assistem a um concerto escolar dos seus filhos. Daphne (Maisie Stella) impressiona toda a gente com a sua voz maravilhosa (nem se esperaria outra casa), enquanto Jake (Myles Moore) fala sobre o ressentimento que tem com o seu pai.

Deacon consegue conquistar o coração deste último ao dizer que não há vergonha em expressar os sentimentos e que o importante é resolvê-los da maneira mais saudável. Por consequência, também Jessie fica caída pelos seus encantos. Parece que esta família improvável está lentamente a compor-se.

Enquanto isso, Daphne recebe uma proposta de trabalho por parte do pai de Jake. À semelhança da família, ela sempre aspirou em fazer carreira na música mas Deacon insiste que ela é demasiado nova. É o mesmo drama que passámos com a irmã mais velha e só rezo para que não estraguem a essência pura de Daphne com isto.

Por falar na irmã, Maddie (Lennon Stella) está em Miami para atuar num dos concertos de Jonah (Nic Luken). Embora a atuação corra às mil maravilhas, a rapariga fica desagradada quando o jovem sai de cena abruptamente, deixando-a com os seus amigos. Contudo, como se costuma dizer, há males que vêm por bem.

Maddie acaba por ter umas horas extraordinários com Twig (Dylan Arnold), inclusive quando ele e o restante grupo decidem experimentar cogumelos mágicos e ela fica encarregue de cuidar dele. Twig confessa que, sendo o filho mais velho da família e tendo uma mãe ausente, sempre teve grandes responsabilidades e não gosta de fugir ao controlo.

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Antes que a situação se possa arrastar, Jonah está de volta para arruinar o momento. Não é difícil de perceber que Twig é uma escolha muito mais acertada para Maddie e estou neste momento a contar os minutos para que Jonah faça as malas e saia de cena.

De volta a Nashville, Gunnar (Sam Palladio) continua encantado com Alannah (Rainee Lyleson), ao ponto de querer algo sério com ela. O problema é que a cantora apenas quer manter uma relação casual e sem compromissos. Ouch!

No resto da banda, os problemas também não são poucos. Alannah torna-se a cara do grupo, dando entrevistas em nome de todos, o que desagrada bastante a Will (Chris Carmack), que acredita que o trio deveria voltar ao seu formato original e manter as atuações por pura diversão. Isto é típico da série: algo que começou com grande potencial está rapidamente a entrar na ruína.

E quanto a Avery (Jonathan Jackson)? Visto que Juliette (Hayden Panettiere) ainda não voltou da Bolívia e se encontra incontactável, ele decide viajar até lá. Numa espécie de instituto religioso, Avery encontra Juliette desprovida de quaisquer riquezas, a habitar um quarto que mais parece uma cela.

Ela acredita que viveu a sua vida toda à mercê dos outros e está finalmente pronta para se livrar de velhos hábitos e começar a viver uma vida mais simples. O pior é que isto significa deixar tudo para trás, incluindo o marido e a filha. Embora Avery implore em lágrimas pelo contrário, Juliette acaba por ficar.

Esta foi provavelmente uma das piores decisões que a série alguma vez tomou. Juliette é suposto ser a grande diva, pronta para a sua redenção e para arrasar com os palcos e os públicos até ao final da temporada. Em vez disso, tornam-na na nova vilã, uma autêntica fanática religiosa sem escrúpulos. Terrível.

NOTA: 2/10