Quarto episódio da sexta temporada de Nashville, a mais badalada série country, e as coisas parecem estar a aquecer. Contudo, de modo a montar o nosso futuro, às vezes temos de enfrentar um passado que nem sempre é promissor. O novo episódio, intitulado That’s My Story, estreou no canal CMT no dia 25 de janeiro.
Scarlett (Clare Bowen) decidiu tirar umas férias pessoais. Esta semana, ela passou algum tempo num centro de terapia equina, de modo a ajudar alguns jovens com problemas. Uma boa maneira de compensar a sua atitude egoísta e coitadinha que tem sido demasiado evidente nas últimas temporadas.
Na escola, Daphne (Maisie Stella) e Jake (Myles Moore) parecem estar a passar bastante tempo juntos, embora ambos continuem a ser contra a união entre os respetivos pais – Deacon (Charles Esten) e Jessie (Kaitlin Doubleday).
Embora seja difícil de imaginar que ambas estas duplas se pudessem envolver (afinal, são família!), a relação entre Daphne e Jake tem sido desenvolvida de forma tão natural e inocente, chegando a ser uma lufada de ar fresco nos restantes dramas amorosos da série que se acabam por tornar repetitivos.
A nova banda sensação da cidade, composta pelo trio Avery (Jonathan Jackson), Gunnar (Sam Palladio) e Will (Chris Carmack), parece estar a arrasar em público. Nos bastidores, contudo, a história é outra: discordâncias sobre músicas e conflitos pessoais.
No entanto, o grupo decide tornar o sonho de muitas jovens realidade e acaba por fechar o episódio com uma cover interessante de Tearin’ Up My Heart, dos NSYNC, a famosa boys band dos anos 90. Embora estes três estejam claramente sem mais nada para fazer, é bom ver que a sua química em conjunto ainda não se perdeu.
O destaque do episódio vai, como costume, para Juliette (Hayden Panettiere). Na instituição de Darius (Josh Stamberg), chegou finalmente à altura de ela viajar ao seu passado e desbloquear as memórias que a tornaram na mulher que é hoje, como forma de resolver os seus conflitos e poder ser uma pessoa mais feliz no futuro.
O que Juliette acaba por encontrar, no entanto, não é o que ela esperava. Através de terapia, a protagonista acaba por desbloquear memórias dos seus 7 ou 8 anos de idade, quando a sua mãe recebia dinheiro de um milionário da cidade em troca da própria filha. Ou seja, Juliette era sexualmente abusada com frequência em criança.
Esta história parece fazer todo o sentido, à luz de todos os escândalos sexuais que têm surgido no mundo de Hollywood. Mais do que isto, contudo, foi a forma como Panettiere retratou o choque e o desespero perante tal revelação, destapando mais uma camada acerca de Juliette e tornando-a numa personagem ainda mais cativante do que sempre foi.
NOTA: 7/10