Com o cerco cada vez mais apertado, os protagonistas de How To Get Away With Murder deixam-se afundar nos casos que os rodeiam, regressando a velhos hábitos – e velhas relações – de modo a encontrar refúgio. O novo episódio, intitulado Stay Strong Mama, estreou no canal ABC no dia 2 de novembro. Em Portugal, a série é exibida no AXN.
Sorte no jogo, azar no amor
Annalise (Viola Davis) continua a investir no seu caso de ação coletiva, embora Bonnie (Lisa Weil) e os restantes colegas continuem a fazer tudo para o destruir. O destaque desta semana é Claudia (Yolonda Ross), uma das colegas de prisão de Annalise, cujos filhos estão em risco de ser expulsos da casa graças à equipa de Bonnie.
A advogada consegue colocar o filho de Claudia em televisão, durante uma conferência de imprensa, salvando o caso. Enquanto isso, Bonnie é expulsa da investigação, sob o pretexto de estar emocionalmente ligada à sua oponente. O que eu continuo sem perceber é porque é que Bonnie tem de ser uma desmancha prazeres ao invés de se concentrar noutros casos.
A conquista de Annalise não teria sido possível sem a ajuda do seu novo parceiro, Connor (Jack Falahee). Aliás, a dinâmica entre estes dois no episódio foi preciosa. Connor está genuinamente feliz e já estava na altura de ver alguma coisa boa na sua vida que não girasse em torno de romance ou sexo.
Como costume, embora a vida profissional de Annalise esteja na ribalta, a sua vida pessoal continua complicada. Durante a terapia com Isaac (Jimmy Smits), ela confessa ter tentado suicídio após a morte do seu bebé, concluindo que toda a gente a vê como uma figura maternal ou uma salvadora, mas ela não consegue ser forte a toda a hora.
Isaac começa a ficar perturbado pelo caso, revelando até que ele próprio perdera uma filha quando ela estava nos seus anos de adolescência. No flash-forward para uma semana mais tarde, quando o terapeuta tenta contactar Annalise, ela encontra-se no banho, paralisada, a lavar sangue das suas roupas, o que nos leva a crer que Isaac está mais envolvido nos dramas dos protagonistas do que imaginamos.
E o resto do grupo?
Jorge Castillo (Esai Morales) está de volta à cidade, para anunciar à filha Laurel (Karla Souza), que a sua firma, Antares, irá torna-se pública, fazendo-a perceber de que o assassínio de Wes (Alfred Enoch) tem agora uma justificação – se Wes abrisse a boca acerca das mortes de Sam (Tom Verica) e Rebecca (Katie Findlay), a reputação da empresa iria por água abaixo, daí o pai de Laurel ter orquestrado o seu homicídio.
Enquanto isso, a Captain & Gold instala uma sala de segurança altamente protegida para a Antares, à qual apenas Tegan (Amirah Vann) e poucos mais têm acesso. Oliver (Conrad Ricamora) tenta convencer Michaela (Aja Naomi King) a roubar o cartão de Tegan mas ela recusa-se, pois está finalmente a criar uma relação de amizade com a chefe.
Como se estas novidades bombásticas não bastassem, foi a dinâmica entre as personagens que levou o troféu para casa esta semana. Primeiramente, Frank (Charlie Weber) continua a insistir que, independentemente do teste de paternidade, ele ama Laurel e está disposto a ser um bom pai para a criança.
Asher (Matt McGorry) descobre a verdade acerca da investigação do grupo e decide deixar Michaela, indo bater à porta de… Bonnie! Cada um afogado nas suas próprias mágoas, a dupla acaba por se abraçar. E de repente parece que estamos de volta à primeira temporada.
Asher e Bonnie a reatar uma relação? Frank e Laurel novamente juntos? Michaela a colocar o seu sucesso profissional acima de tudo o resto? A imprevisibilidade da série continua a surpreender e os nossos corações certamente não aguentam com tanta ansiedade.
NOTA: 9/10