A quarta temporada de How To Get Away With Murder não começou da melhor forma. Contudo, a série não nos desilude e cada episódio tem sido melhor que o anterior, e este terceiro teve um pouco de tudo: drama, rivalidades, surpresas e, acima de tudo, muita garra. It’s For The Greater Good estreou no canal ABC no dia 12 de outubro. Em Portugal, a série é exibida no AXN.
Annalise (Viola Davis) decide aceitar um novo caso controverso: um jovem coberto de tatuagens, acusado de matar a sua esposa após esta ter dado à luz a menina. O jovem jura a pés juntos estar inocente e a advogada acredita que a mulher se matou devido a depressão pós-parto, mas o tribunal ainda não está convencido.
Eis que entra em cena o pior par na história desta série, com as piores intenções: Nate (Billy Brown) e Bonnie (Lisa Weil) decidem manipular Oliver (Conrad Ricamora), de modo a que este descubra escutas no telemóvel de Annalise que fragilizem o que caso que ela está a defender. O pobre coitado cede à pressão.
Nate e Bonnie são mais dois no conjunto de ingratos da série, que preferem focar-se nos problemas causados pelo envolvimento com Annalise do que em tudo de bom que ela fez por eles. A única coisa boa que saiu disto foi um confronto no parque de estacionamento, no qual Annalise não se deixou e quase bateu em Bonnie. Dá-lhe, miúda!
Ao voltar a casa, a protagonista depara-se com uma entrega misteriosa, que revela uma gravação do salto da dita mulher da janela, provando que o seu marido está, de fato, inocente. Embora este caso não tenha sido tão bom quanto a semana passada, focou-se na típica lição de “não julgues um livro pela capa”.
Por falar no caso da semana passada, Annalise é eventualmente chamada à morgue e depara-se com o cadáver de Jasmine (L. Scott Caldwell), que aparentemente voltou ao mundo das drogas após sair da prisão. Em vez de se afundar nos copos, como costume, a advogada decide pegar na surpresa e transformá-la em força, como estímulo para ganhar o seu novo caso. E assim foi!
Decisões, decisões e mais decisões…
Os mais novos tiveram também as mãos cheias esta semana. Laurel (Karla Souza) continua a insistir pela ajuda de Michaela (Aja Naomi King) em destronar o seu pai, nomeadamente quando descobre provas de que o jacto privado do mesmo esteve na cidade na semana em que Wes (Alfred Enoch) foi assassinado.
No seu novo emprego, Michaela entra num concurso, que consiste num quiz de advocacia, de modo a apurar o “melhor estagiário”. Como é óbvio, a jovem acaba por ganhar, nomeadamente devido a ajuda de estudo por parte de Laurel. Como tal, ambas decidem unir forças e Michaela vai avante com o caso.
Para além disso, Laurel está desesperada por emprego e pede ajuda a Frank (Charlie Weber) para que este convença Bonnie a deixá-la estagiar com ela. Não sei quem é que alguma vez poderia querer estagiar com Bonnie, mas a verdade é que Laurel acaba por assegurar o lugar. Enfim, adiante.
Connor (Jack Falahee) também tem uma surpresa: decidiu pedir um reembolso e desistir do curso de faculdade. Nem uma intervenção por parte dos amigos consegue resolver a situação, até que os seus dois pais chegam à cidade para ajudar. Sim, Connor não só é gay como tem dois pais. Não sei o que sentir em relação a isto. Cliché? Previsível? Muito pouco original?
Nos últimos minutos do episódio, eis que saltamos novamente para o hospital, dois meses mais tarde, no qual Isaac (Jimmy Smits) continua à procura de Annalise. Ao invés, dá de caras com Michaela, com as mãos cobertas de sangue, a qual alega que o recém-nascido de Laurel está morto.
Um episódio bastante centrado em Michaela e na luta pessoal de Annalise, que parece estar cada vez mais sozinha. Os restantes personagens estão irritantes, previsíveis, ou ambos. Embora o poder feminino seja evidente na série, está na altura de começar a dar a volta às lontras de sofá que estão a mais.
NOTA: 7/10