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Semana da Moda de Paris: o melhor e o pior

A Semana da Moda de Paris já acabou e o Espalha-Factos dá-te a análise geral da semana. Houve um pouco de tudo: excentricidade, segurança, risco e especialmente muita cor.

No geral houve muita cor durante toda a semana. As cores base como o preto e o branco não desapareceram de cena, mas entraram em destaque os vermelhos e os azuis (fortes e marinho). O amarelo, o verde, o rosa foram aparecendo, sem esquecer os tons pastéis típicos das coleções primaveris.

Apesar de seguirem as tendências da paleta de cores, houve marcas que não se destacaram, como é o caso de Balenciaga, Stella Mccartney, Acne Studios e Lavin. Também Paco Rabanne ficou no meio termo, apesar de evidenciar bastante bem a figura feminina com o corte das suas peças. Apesar do desfile coerente, Céline ficou aquém das expectativas. Embora tenha usado bem a cor e se tenha destacado com as franjas, Nina Ricci também não surpreendeu.

Algumas marcas foram além do que se estava à espera para uma coleção ready to wear. Kenzo, Commes des Garçons e Vivienne Westwood ficaram marcados por desfiles excêntricos. Não faltou cor, nem padrão, nem formas. Havia um pouco de tudo, e questionamo-nos qual o uso das peças. Não tão excêntrico, mas sem grande furor foi o desfile de Balmain. A marca usou tecidos pouco práticos em algumas peças, contudo o seu padrão vichy em azul marinho foi o seu ponto alto.

Por outro lado, houve designers que jogaram pelo seguro. É o caso da marca Lacoste que nos apresentou aquilo a que nos tem habituado. Roupa com utilidade para o dia-a-dia, muita cor e sempre com um toque desportivo. Também Karl Lagerfeld, para a Chanel, mostrou um pouco mais do mesmo. A marca não fugiu ao emblemático tweed, mostrou um estilo clássico ao longo de todo o desfile com cores e cortes sóbrios. Só no final apareceram peças mais arriscadas, ainda assim o objetivo do desfile – harmonizar os tecidos e o espetáculo com a natureza – foi cumprido.

A maior parte dos desfiles foi bom, com peças diferentes, uso de vários tecidos e uma panóplia de peças por onde escolher. É o caso de Dior que faz muito uso do preto, não esquecendo a cor. Joga com o corte masculino e uma grande variedade de tecidos (tule, ganga, cabedal, entre outros).

Hermès teve um desfile muito sóbrio que pareceu saído das tradicionais sociedades escocesas devido à abundância dos quadrados. Marcado pelos beges, verdes, rosas e grenás, todas as cores combinam na perfeição com os cortes das peças.

Saint Laurent apresentou uma coleção de mulher muito sensual que trabalhou muito com o pelo, onde se destacam no final os vestidos em “balão”. A sua coleção de homem teve muito pouca cor e cortes muito definidos.

Ao contrário de Saint Laurent, Givenchy teve uma excelente coleção masculina, muito sóbria e com cor. Na secção feminina observámos cores, gangas e muita elegância e subtileza na introdução de padrões ou cores mais fortes.

Os olhos estavam postos em Chloé e na sua diretora criativa, Natacha Ramsay Levi. A marca impressionou com os cortes fluídos e os tons claros e terra. Muito primaveril e inspirado, possivelmente, na época hippie.

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Elie Saab fez-nos ir atrás no tempo com tanto padrão animal. Fora essas peças a coleção estava boa e o macacão comprido verde com transparências destacou-se. Também Louis Vuitton nos relembra o passo, ou como disse a Vogue “faz o passado parecer o futuro”. Os seus casacos elegantes misturam-se com várias silhuetas futuristas. O seu desfile foi diversificado, com vários cortes e padrões que se harmonizam entre si, não abandonando as cores.

Numa viagem ao passado temos também Alexander McQueen que nos apresentou uma mistura de romantismo com gótico e de barroco com rock. Muito baseado nos campos da Grã-Bretanha, misturam as grandes gabardines com vestidos delicados de chiffon.

O melhor desfile foi sem dúvida de Valentino. A paleta de cor foi muito completa e, consequentemente, o desfile também. Apresentou desde peças básicas, com utilidade e práticas a peças mais elegantes de ocasião. O destaque vai para o final do desfile com os seus vestidos de gala dignos de passadeira vermelha. Difícil de escolher a melhor peça, mas destaca-se o vestido rosa pastel com folhos a fechar o seu desfile.

Street Style: O melhor de Paris

Não há Semana da Moda sem público. Por este motivo, o Espalha-Factos não te poderia deixar de trazer os melhores do street style. Nas ruas de Paris a cor também foi um elemento forte. Cortes diferentes, uma grande variedade de tecidos, a rua é marcada pela irreverência sem se perder o clássico estilo parisiense.