O Espalha-Factos terminou. Sabe mais aqui.
Cume

Ilha Terceira: o guia mais completo de sempre

Dizem que as viagens são a única coisa que compramos e com as quais ficamos mais ricos. Foi com este cliché em mente que o Espalha-Factos se rendeu às riquezas do arquipélago açoreano. Descobrimos e encantámo-nos com a Ilha Terceira. Agora, dizemos-te o que não podes mesmo perder.

Visitas Obrigatórias

Terra

Algar do Carvão
Fonte: SIMECQ.CULTURA

Localizado na Caldeira Guilherme Moniz, este vulcão adormecido não deixa ninguém indiferente e talvez por isso seja considerado umas das sete maravilhas naturais de Portugal. Visitável desde 1968, é um lugar único e quase mágico.

As paredes são presença viva da atividade vulcânica no arquipélago. Depois de descer o túnel, construído pelos Montanheiros, deparamo-nos com um cenário de tirar o fôlego. Percorrendo as paredes férteis da chaminé vulcânica, cobertas de verde, o olhar alcança o céu e a vista é inesquecível.

Gruta do Natal
Fonte: SIMECQ.CULTURA

Tem este nome porque lá foi celebrada a missa do dia 25 de dezembro de 1969, marcando a sua inauguração ao público. A gruta está integrada na Reserva Florestal Natural da Serra de Santa Bárbara e Mistérios Negros e sobre ela encontramos uma lagoa.

Sentir-te-ás um verdadeiro geólogo a descobrir as entranhas da terra. Escavada pela lava, esta gruta com 697 metros de comprimento, em que se podem observar as mais variadas estruturas geológicas, como estalagmites, lava encordoada, escoriada ou escoriácea, não será um local estranho a quem já estudou estas manifestações vulcânicas.

Furnas do Enxofre

Aqui vês a terra a respirar. Enquanto percorres um caminho de madeira construído sobre a bagacina, consegues observar os gases, vestígios de atividade vulcânica bem presente.

Monte Brasil
Fonte: O Meu Escritório É Lá Fora

Quando os navegadores dos Descobrimentos chegaram à Baía de Angra, encontraram semelhanças entre esta península e o ´Pão de Açúcar do Rio de Janeiro, tendo apelidado este local de Monte Brasil. Quem sobe até Pico das Cruzinhas, onde se encontra o monumento do V Centenário do Povoamento da Terceira (1432), delicia-se com a vista panorâmica do miradouro sobre toda a cidade.

A sensação é semelhante a estar fora da ilha, num olhar exterior, a um nível superior. O local é ainda ideal para caminhadas e, se o tempo convidar, a um piquenique na Reserva Florestal de Recreio, na companhia de veados, faisões, pavões e outras espécies que povoam o Monte Brasil.

Lagoa das Patas
Fonte: Olhares

Nasceu Lagoa da Falca, mas as patas que as gentes da ilha para lá levaram mudaram o nome porque é conhecida. Rodeada de altas criptomérias, é o local ideal para passar o dia, fazer piqueniques e aproveitar as sombras para ler um bom livro. Os mais aventureiros podem fazer um dos trilhos pela linha de cascatas junto a esta lagoa.

Mata da Serreta

Esta é a zona de lazer mais antiga da ilha e certamente uma das mais cobiçadas no verão. A vegetação envolvente, composta por eucaliptos, pinheiros arbóreos e  metrosideros, remete-nos para cenários idílicos. O local dispõe de grelhadores, mesas, um parque para crianças e uma casa de abrigo.

Miradouros

Raminho
Fonte: Serenela Moreira

Deste miradouro se avistavam as baleias, que há muitos anos eram caçadas pelos baleeiros. Felizmente que essa prática terminou, o que não nos impede de apreciar a vista sobre o mar e, no horizonte, as ilhas Graciosa e São Jorge.

Serra do Cume
Fonte: Olhares

Quando se sobe até aos miradouros da Serra do Cume, situados a mais de 500 metros de altitude, é impossível não ficar impressionado. A gigante “manta de retalhos”, criada pela divisão dos cerrados com muros de pedra, parece ser infinita. É preciso parar para absorver o que está diante dos nossos olhos, um mar de verde relaxante.

Serra do Facho
Fonte: Jornal da Praia

Do alto do miradouro do Facho, a Praia da Vitória surge em vista panorâmica. Além da paisagem envolvente, há ainda um monumento em honra ao Sagrado Coração de Maria.

São Bartolomeu

Ao fazer o caminho Angra – Biscoitos, os miradouros são em abundância. Neste em particular, avistam-se na perfeição as ilhas de São Jorge e Pico.

Mar

Biscoitos
Fonte: Turismo Azores

São muitas as praias e piscinas naturais criadas de rocha basáltica. No verão, turistas e terceirenses enchem estes pequenos paraísos, desfrutando dos benefícios da água salgada. A “calheta dos Biscoitos”, nome pelo qual é conhecida entre o habitantes da ilha, é uma das zonas balneares mais populares na época de verão.

Esta é a maior piscina natural da ilha Terceira, embora o Negrito, a Silveira, a Salga e o Porto Martins sejam boas opções.

Marina de Angra do Heroísmo
Fonte: TripAdvisor

Durante séculos ancoraram nesta baía centenas de naus e galeões. Angra era paragem obrigatória para as frotas que chegavam de África e das Índias e que mais tarde lhe conferiram o estatuto de cidade, associado à atividade marítima. A partir do Pátio da Alfândega sentimos a grandeza do passado e somos transportados para tempos áureos da cidade.

Praia da Vitória
Fonte: Visit Portugal

Ancorada na baía da cidade da Praia da Vitória, esta orgulha-se de ser a única praia de areia clara da ilha. Cobiçada assim por todos os habitantes e turistas que aqui se deleitam com as brincadeiras na areia, oportunidade exclusiva num sítio onde o basalto toma conta da paisagem.

Mergulho
Fonte: Mergulho Visita Azores

Mergulhar na Terceira é mergulhar no passado. É encontrar, na profundidade das águas, milhares de riquezas com séculos de existência. Os amantes de História deliciar-se-ão com os navios naufragados na baía de Angra e os cemitérios de âncoras.

Já os apaixonados pela natureza não vão querer perder a oportunidade de ver as grutas submarinas, os cardumes, tubarões, atuns, mantas e o Banco Dom João de Castro, um monte submarino que se ergue a mil metros da profundidade.

Observação de cetáceos
Fonte: Aqua Açores

Partindo do cais da marina de Angra, esta será uma experiência única, como tantas outras que se podem ter na ilha. Uma viagem de 2 a 3 horas levar-te-á a conhecer baleias, golfinhos e outros animais marinhos.

Os Açores fazem parte da rota de migração de cetáceos e maio é o mês ideal para os fascinados pelas gigantes espécies que povoam os mares se aventurarem nesta viagem. Durante o resto do verão, o passeio de barco será animado pelos brincalhões golfinhos e os majestosos cachalotes (baleia residente dos Açores).

Património Material

Memória a D.Pedro IV/ Jardim Duque da Terceira
Fonte: Guia da Cidade

No coração da cidade encontramos este pequeno oásis, comparável a um jardim botânico. Aqui convivem as espécies autóctones da ilha com outras tropicais, em comunhão quase perfeita. No centro, um coreto centenário e um lago saltam à vista.

As enormes escadas ao fundo não convidam a uma subida, mas a paisagem lá de cima vale a pena. É lá que se encontra o obelisco da Memória, erguido em honra a D. Pedro IV. Do cimo da Memória vislumbramos o Monte Brasil, os ilhéus das cabras e toda a malha arquitetónica da cidade, Património Mundial da UNESCO desde 1984.

Igreja do Santíssimo Salvador da Sé
Fonte: Rurality

A Igreja do Santíssimo Salvador da Sé foi erguida em 1461 segundo os modelos arquitetónicos filipinos. Está dividida em três naves, destacando-se a abóbada de pedraria e a coleção de pintura e escultura religiosa.

Convento e Igreja de São Francisco/ Museu de Angra do Heroísmo
Fonte: Visit Azores

Este convento é uma construção da segunda metade do século XVII e é lá que se encontra a Igreja de Nossa Senhora da Guia, que integra o Museu de Angra. É neste local que estão sepultados centenas de angrenses e estrangeiros, nomeadamente Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama que adoeceu à vinda das Índias e ali faleceu.

O museu, por sua vez, ocupou este convento em 1957 e elucida os seus visitantes sobre a história de Angra do Heroísmo, da Terceira e das suas relações regionais, nacionais e internacionais.

Impérios
Fonte: Açores Quiosques Turismo

Os turistas adoram tirar fotografias junto a estas “casinhas coloridas”. São 68, remontam quase todos ao séc. XIX e são palco das festividades do Espírito Santo, o que justifica que tenham todos no seu topo uma coroa ou pomba que o evoca. No seu interior existe um altar onde são colocadas as coroas destas festas religiosas.

Património Imaterial

Festas do Espírito Santo
Fonte: Açores Quiosques Turismo

Esta é uma tradição muito valorizada pela população, repleta de rituais e ofertas, de tal forma que só um terceirense consegue entender verdadeiramente o simbolismo que carregam consigo. A tradição surge como agradecimento às dádivas de Deus. O terço é rezado durante todos os dias da semana em que o “imperador” tem a coroa na sua casa. Nos domingos de Pentecostes e da Santíssima Trindade, celebram-se os bodos, distribuindo-se pão e vinho.

Festas da Praia
Fonte: Sky Scraper City

Festas de Verão da Cidade da Praia da Vitória, híbrido entre o profano e o religioso.

Festas Sanjoaninas
Fonte: Visit Portugal

S.João é o padroeiro destas festas, as maiores dos Açores. Acontecem no final do mês de junho e incluem cortejos, marchas, exposições, concertos e touradas à corda.

Touradas à Corda
Fonte: Tertúlia Terceirense

Apesar da sua origem ser desconhecida, esta é uma tradição muito amada pelas gentes da Terceira. De maio a outubro, estas festas bravas fazem movimentar as ruas e a economia da ilha. São “corridos” quatro touros atados a uma corda, segura por 6 “pastores”,  pelas ruas, o “arraial”.

Carnaval
Fonte: My Top

Os terceirenses orgulham-se de dizer que esta é a maior mostra de teatro popular em língua portuguesa do Mundo. De dia e de noite, durante quatro dias, a ilha vive em função do Carnaval. São dezenas de grupos que correm as sociedades recreativas da ilha, com os seus mestres de pandeiro ou espada. O enredo, a parte teatralizada, retrata temas caricatos do dia a dia da população. A música anima as mostras que, normalmente, duram 45 minutos.

Artigo escrito por Inês de Freitas e Serenela Moreira.

Foto de destaque da autoria de Luís Godinho.

  1. Boa tarde!

    Poderia-me contactar por favor, porque na sequência de uma Unidade Curricular de Jornalismo pretendia ter a honra de entrevistar o criador da “Cerveja templária”, o senhor Gildo Forte. Como é de conhecimento geral que o seu criador deu uma entrevista a este site
    Seria possível contactar-me de forma a poder contactar de forma mais rápida e eficaz o senhor Gildo Fortes?
    Peço desculpa por qualquer incómodo causado!

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